– Cathleen, onde você está querendo chegar com essa conversa? – Passei a mão pelo cabelo tentando conter o meu nervosismo. – Talvez essa esteja sendo a conversa mais longa que tivemos desde que você chegou em Nova York. E pela primeira vez não estou conseguindo entender as suas intenções.
É a primeira vez que jantamos juntas e tive a oportunidade de conhecer os meus sogros, fizeram questão de expor os meus podres ali na mesa antes de realmente ter uma conversa amigável. Um jantar interrompido e no final da noite Daniel indo para meu apartamento e anunciando que ficaria comigo ali. Nunca chegamos a conversar novamente sobre aquele jantar, é óbvio que me sentia muito culpada por essa briga deles. Era como se eu não tivesse dado o meu melhor para fazer os meus sogros gostarem de mim.
Por fim a menina sentou na mesa. Olhando para seus dedos em seu colo, ela parecia sem jeito e triste. Me levantei da cama e me aproximei um pouco mais, talvez ela quisesse ter uma nova identidade. Não consigo imaginar tudo que essa menina passou até que encontrasse com Daniel. Crianças não deveriam ter uma vida infeliz.– Melinda. – Sussurrou. – É assim que me chamavam. – Ela olhou para Daniel. – Tenho 6 anos.– Viu que não foi difícil dizer o seu nome?– Daniel. – Jeffrey repreende seu filho com um olhar. – Ela precisava de tempo…– Tempo que não temos. – Ele olha para a menina. – Se quer uma coisa precisa falar. Não tenho bola de cristal para saber o que você pensa ou o que quer. – a pequena Melinda revirou os olhos de um jeito dramático. Daniel agitou o dedo no ar se segurando para não falar alguma coisa. Melinda sorriu novamente.– Porque acho que existe uma conversa interna entre vocês dois sobre esse revirar dos olhos. – Olhei do Daniel para a Melinda. – Quer compartilhar conosc
– Você não precisava me deixar aqui. – Olhei ao redor e sorri para algumas pessoas que passavam por nós.– Eu só queria ter certeza de que você ficaria segura. – Daniel olhou a hora em seu pulso.– Daniel, estamos em frente à sala do Jeff! – Falei entre dente. – Estou dentro da sua empresa. Tem como ficar mais segura do que isso?Ele deu de ombros.– Não queria arriscar.Daniel me rouba um beijo rápido fazendo ficar envergonhada e ele sorriu logo em seguida, piscando para mim.– Tenha um bom trabalho e nada de ir para um bar no meio do expediente. – Revirei os olhos mais uma vez roubou um beijo meu.– Daniel!– Continua revirando os olhos e logo, logo teremos uma plateia para o beijo de cinema que daria em você. – Ameaçou.Estreitei os olhos em sua direção.– Parece que acordou animado hoje, Sr. Hart.Daniel ficou sério e eu sorri. Com seu típico terno preto e feito sob medida Daniel está devidamente arrumado e pronto para mais um dia de trabalho não se nada tivesse acontecido. É clar
Corria pelos corredores da MecHa, quase afundei o botão para chamar o elevador. Todos me olhavam sem entender o motivo da minha correria, apenas as secretarias de Daniel. Elas me avisaram que Daniele estava a caminho do estacionamento, porque tinha um compromisso fora da empresa.O elevador parecia mais lendo que o normal. Batia com o meu pé respetivamente e notei que isso incomodava as pessoas que estavam dividindo o mesmo ambiente que eu. Não me importei! Era o que me acalmava no momento. Tem dois elevadores para o estacionamento, Daniel estava em um e bem mais adiantado que eu. A cada andar que parava sentia vontade de matar um.Quase tropeçando em meus próprios pés segurei os papeis com força em minhas mãos e consegui sair daquele elevador. Olhei de um lado para o outro, lembrando onde Daniel havia estacionado o carro. Corri mais uma vez e gritei Daniel ao vê-lo se aproximar do carro com seus seguranças. Daniel se virar surpreso por me ver ali, ofegante me aproximo dele.– Preciso
P.V. Daniel HartAo abrir a porta de casa era como se o peso do cansaço do dia de hoje fosse maior ainda ao perceber que faltava tão pouco para poder deitar em minha cama. Fechei a porta atrás de mim, o click da fechadura chamou atenção da Melinda que estava sentada no chão com a Matilde. Ao me ver ela se levantou e veio correndo até mim, abraçando as minhas pernas acariciei a sua cabeça, bagunçando seu cabelo. Ela riu.– Você sempre demora para voltar? – Melinda se afastou um pouco, mas sempre me olhando com atenção.– Às vezes.Hoje tive mais dor de cabeça, não tive muitos problemas, mas a conversa se desenrolou de um jeito positivo. Além de terem recebido a notícia de que pegaram mais um dos homens que levaram a Layla para aquele hotel e sabem quem foi que liberou a entrada deles compactuando com o crime. – Deixa te ajudar. – Melinda pegou a minha pasta, abraçando contra seu corpo.A pequena caminho até o sofá mais próximo deixando a pasta de lado. Matilde olhava a cena, sorrindo.
P.V. Daniel HartColoquei a ligação no viva voz.– Oi, amor. – Layla atendeu no segundo toque.– Boa noite, meu amor. Posso saber o que faz nesse exato momento?Cathleen que está mais próxima agora revirou os olhos e cruzou seus braços. Estou enrolando de propósito e ela sabe, minha mãe me conhece perfeitamente.– Estou arrumando a cama para dormir. Elijah acabou de sair daqui.– Ah, é? – Não gostei muito de saber. Com o olhar severo de Cathleen teria que deixar esse assunto para depois. – Depois falamos sobre isso. Amor, lembra dos papéis que você me pediu para assinar hoje à tarde?Ouvir um silêncio do outro lado da linha.– Sim. – Essa foi a única resposta.– Então, meu amor, estou em um momento desagradável com a sua sogra. – tenho a certeza de que Layla gostaria de abrir um buraco no chão e enfiar a cabeça. – Porque ela descobriu primeiro do que eu do que se tratava os papéis e ela não acreditou em mim quando disse que não sabia de nada. Ah, a ligação está no viva voz e seus sogr
P.V. Layla BarrettA estranha vontade de chorar ao ver Elijah foi embora dissipou rapidamente quando me lembrei dos papéis que Daniel assinou mais cedo. Rapidamente, expliquei o motivo inesperado do casamento, evitando assim qualquer conflito com Cathleen. Deixei claro que Daniel não leu os papéis por escolha própria, e ele teve a audácia de desligar a ligação. Estou curiosa para saber o que está acontecendo naquela casa.Mas também não seria louca de ligar para saber. De um jeito ou de outro saberia e se for algo ruim posso esperar até amanhã.Após um banho demorado, tentei evitar pensar em Elijah. Desejava que ele ficasse, não sabia como abordá-lo. Ainda não éramos os melhores irmãos do mundo, mas não queria que nossa relação acabasse tão cedo. Caminhei pelo apartamento indo até o saco de ração de Apolo. Meu bebê me acompanhou por todo o percurso. Olhei para ele.– Por que você não pediu para que ele ficasse? – Apolo sentou. – Não me olha com essa cara, sei que gostou dele. Não vai
Pensei que Melinda fosse demorar a se acostumar conosco. A menina de longos cabelos negros estava sentada no chão com Daniel sentado no sofá tentando pentear o cabelo dela. Melinda Estava dando bolo escondido para Apolo e ao ser pega no flagra acabou se sujando toda com um pedaço de bolo que ainda estava em suas mãos. Então foi preciso de outro banho e mesmo sendo mulher entendo toda a experiência de cuidado, agora com uma criança parecia algo impossível.Fiz todo um discurso convencendo Daniel a arrumar o cabelo dela, mas agora estou me arrependendo amargamente. As expressões do seu rosto pareciam de dor e não uma simples careta por não estar conseguindo amarrar o cabelo dela.– Ah, quer saber? – tirou a presilha do cabelo da Melinda e deixou ao seu lado no sofá. – Deixa solto mesmo. Li em algum lugar que dormir com cabelo preso no outro dia amanhece careca.Melinda arregalou os olhos e olhou para ele. Bati com a mão contra a testa não acreditando que o Daniel falou isso.– Melinda,
Hoje de manhã deixamos Melinda na casa do Daniel com o Apolo, e seguimos para a delegacia, onde dei o meu depoimento sobre o que havia acontecido naquele dia no bar e sobre a visita da Beatrice Cameron no meu ateliê. Elijah já havia dado o seu depoimento e só estava na cidade no momento, porque está em contato com um fornecedor. Os Cameron pareciam estar ocupados procurando um novo lugar para morar, havia um novo comprador para o condomínio onde morava e pediu a casa. Com o resto do tempo da parte da manhã que me restou decidi não ir para a empresa de Daniel. Vou direto para sua casa, pegar a Melinda e ir comprar as coisas do seu quarto e mais roupas. – Toma. – Daniel me entregou um cartão preto. Arregalei os olhos vendo o meu nome no cartão. O famoso cartão Black sem limites. – Gente, esse cartão é um sonho de qualquer mulher. – Comentei, gostando do designer do cartão. Daniel negou com a cabeça e entregou outro cartão. – Ei, até ela terá? Não acha que é um pouco nova para ter um