Pensei que Melinda fosse demorar a se acostumar conosco. A menina de longos cabelos negros estava sentada no chão com Daniel sentado no sofá tentando pentear o cabelo dela. Melinda Estava dando bolo escondido para Apolo e ao ser pega no flagra acabou se sujando toda com um pedaço de bolo que ainda estava em suas mãos. Então foi preciso de outro banho e mesmo sendo mulher entendo toda a experiência de cuidado, agora com uma criança parecia algo impossível.Fiz todo um discurso convencendo Daniel a arrumar o cabelo dela, mas agora estou me arrependendo amargamente. As expressões do seu rosto pareciam de dor e não uma simples careta por não estar conseguindo amarrar o cabelo dela.– Ah, quer saber? – tirou a presilha do cabelo da Melinda e deixou ao seu lado no sofá. – Deixa solto mesmo. Li em algum lugar que dormir com cabelo preso no outro dia amanhece careca.Melinda arregalou os olhos e olhou para ele. Bati com a mão contra a testa não acreditando que o Daniel falou isso.– Melinda,
Hoje de manhã deixamos Melinda na casa do Daniel com o Apolo, e seguimos para a delegacia, onde dei o meu depoimento sobre o que havia acontecido naquele dia no bar e sobre a visita da Beatrice Cameron no meu ateliê. Elijah já havia dado o seu depoimento e só estava na cidade no momento, porque está em contato com um fornecedor. Os Cameron pareciam estar ocupados procurando um novo lugar para morar, havia um novo comprador para o condomínio onde morava e pediu a casa. Com o resto do tempo da parte da manhã que me restou decidi não ir para a empresa de Daniel. Vou direto para sua casa, pegar a Melinda e ir comprar as coisas do seu quarto e mais roupas. – Toma. – Daniel me entregou um cartão preto. Arregalei os olhos vendo o meu nome no cartão. O famoso cartão Black sem limites. – Gente, esse cartão é um sonho de qualquer mulher. – Comentei, gostando do designer do cartão. Daniel negou com a cabeça e entregou outro cartão. – Ei, até ela terá? Não acha que é um pouco nova para ter um
“Você desligou a chamada só porque não gostei do vestido?” – Daniel.Não respondi e bloqueei o celular. Não se deve brincar com os sentimentos de uma mãe de primeira viagem.– Está linda! – Vou tela segura em seu braço fazendo ela rodar. – Mas experimenta o outro.Fiz uma careta, não deixarei usar qualquer coisa. Não gostei desses detalhes rosas. Com o passar do tempo percebi Melinda se soltando mais comigo, a parte boa que em nenhum momento perguntou pelo Daniel mesmo quando ouviu a voz dele na chamada. Estamos na praça de alimentação, compramos a parte decorativa para o quarto e algumas roupas. Fizemos o pedido do lanche e aproveitei esse momento para pegar o meu celular e responder alguns
P.V. Daniel HartMassageie as têmporas. Com o cotovelo apoiado em minha mesa, fechei os meus olhos e respirei fundo. Minha cabeça doía desde que cheguei na empresa, os problemas pareciam brotar no chão e vim em minha direção. Perdi uma hora conversando com Jefferson que passaria todo planejamento para Layla, realoquei uma equipe para trabalhar em uma das empresas terceirizadas e nisso foi umas duas horas nesse mesmo assunto. E agora estou perdendo uma hora e meia do meu tempo ouvindo a minha mãe me dizer que os Cameron podem ter ligação com os homens que sequestraram a Laila levando para aquele hotel e divulgou as fotos. Uma coisa que já sabia.– Me diz algo novo, Sra. Hart? – Olhei para Cathleen não escondendo o meu cansaço.Ontem ao ir para o apartamento da Layla com Melinda, acabamos todos dormindo à tarde e não finalizei a noite como queria. Depois de ter levado uma joelhada entre as pernas, não tinha como pensar em qualquer coisa, apenas queria que a dor passasse.– Ainda não tiv
P.V. Daniel Hart– Cara, me diz o que seria de você sem o seu cunhado aqui? – Elijah passou o braço pelo meu ombro.Olhei para ele, o mesmo ficou sem graça e se afastou. Ajeitei o terno em meu corpo, olhando para Apolo que corria pela casa como se nada tivesse acontecido. Layla saiu mais cedo dizendo ter uma reunião com seus primeiros fornecedores e deixou claro que não queria me ver por lá.Tinha mais coisas para fazer em vez de ir no seu atual ateliê, o lugar que sugeri e foi a melhor coisa que fez da sua vida, porque de negócios eu entendo. E mesmo entendendo de negócios e ela tem uma chance maravilhosa de ter um marido como eu podendo me levar junto e auxiliar nas negociações, Layla prefere me ver longe.Antes que eu pudesse expressar toda a minha insatisfação, o cachorro começou a apresentar comportamento estranho, e percebi que não poderia ir trabalhar, pois sabia que se algo acontecesse com ele, Layla me mataria. Após a saída de Layla, fui me arrumar, mas quase no momento de sa
– Estive com Benjamin, – Bruce sentou na cadeira à minha da minha mesa, mexendo de um lado para o outro. – Ele prefere não fazer contato por agora para não levantar mais pistas. Parece que o senhor Cameron andou pesquisando sobre o novo dono do condomínio onde morava e fez algumas perguntas.– Ele está associando a compra a mim. – Concluí. Vou até a pequena área de bebida que tem no escritório e eu enchi nossos copos. Ofereci ao Nick e ele se negou. – E a empresa?Entreguei o copo para o Bruce.– Os prejuízos começaram como você queria. – Bruce deu um gole no seu whisky. – É questão de tempo para culparem você também. Mas me parece que eles estão usando métodos mais agressivos. Porra, você podia está morto agora.Bruce me olhava desacreditado. Nick que se levantou e começou a andar pelo espaço, ele anda pensativo e culpado desde a fatalidade de hoje mais cedo.– Não poderia ter acontecido, aquele carro…– Nick, você é um humano. – Já havíamos conversado antes e exceto se ele tenha imp
P.V. Layla Barrett “Fiquei sabendo do seu novo brinquedinho com o Hart.” – Número desconhecido. “Sempre pensei que se Daniel pudesse escolher o sexo do seu filho seria um menininho. Um herdeiro homem para seguir seus passos” – Número desconhecido. “Não pode gerar uma criança, Layla? Que patética!” – Número desconhecido. “Ficou sabendo que seu diploma será cancelado? É tão fácil comprar as pessoas." – Número desconhecido. Essas são as mensagens que venho recebendo desde que acordei. Ao mesmo tempo que elas aparecem, elas desaparecem no mesmo instante. Meu celular foi hackeado aparentemente, a única coisa anormais são essas mensagens aparecendo e ao mesmo tempo desaparecendo. Sempre as mesmas mensagens. "Você sentirá a dor de perder sua filha." – Número desconhecido. A última mensagem foi a que me fez ter certeza de quem estava me atormentando. Poderia mostrar as mensagens para Daniel e acabar com essa atormentação, mas cansei. Cansei de ficar no escuro e decidi agir. Me tornei o
Era a primeira vez que entrava na delegacia por livre espontânea vontade. Lembro do meu pequeno momento de terror em Los Angeles, nada com que sinta falta. Conseguia ouvir o som dos meus saltos contra o piso do local, sendo guiada por um policial até a sala do delegado. Estou começando a me acostumar com os olhares que recebo, prefiro acreditar que a minha beleza é grandiosa e por isso chamou atenção.A autoestima anda bem alta ultimamente. Delegado Oscar Taylor com seus 50 anos está nesse mundo policial desde os seus 20 anos quando deu iniciativa. Resolveu casos muito importantes, levando ele a se tornar delegado antes do tempo. Recusou o cargo por muitas vezes até que se rendeu e é delegado de umas das principais delegacias de Nova York a 10 anos. Remexeu em sua cadeira desconfortável me ver ali, ao ameaçar se levantar ninguém com a cabeça e sorrir.– Não se dê trabalho. Suspirando, fez um gesto silencioso para que o policial que me acompanhou pudesse sair.– O que me dá a honra d