P.V. Layla Barrett– Aqui estão seus novos documentos. – Rodolfo entregou um dos envelopes que está em suas mãos. – Nessa certidão de casamento de vocês. – Entregou o outro envelope para Daniel.Estou sentada na cadeira de Daniel que me cedeu o lugar quando entrei em seu escritório. Cathleen está ocupando uma das cadeiras a nossa frente e Rodolfo está em pé ao seu lado.– Com a antecipação do lançamento dos carros e a estreia da EstillLay. – Cathleen começou a falar, seus cotovelos apoiados no descanso da cadeira. Ela tem um olhar pensativo. – Será bom anunciar oficialmente que estão casados. Eventualmente podemos ver a data que vão casar.Fiquei confusa com as suas palavras.– Mas já não estamos casados?Engolir em seco com o olhar que recebi. Daniel colocou sua mão em meu ombro com um leve sorriso no rosto, só ele mesmo para estar acostumado com uma mãe como ela. O temperamento é igual ao da Cathleen, a aparência do Jeffrey e o jeito silencioso também. Peguei-me pensando em Melinda
– Não queria que ficasse um clima ruim com a sua mãe. – Ajudei Daniel a afastar edredom da cama. Estamos nos preparando para dormir. – Juro…– Layla, é o que mais vai acontecer. – Daniel umedeceu os lábios. – Entendo o seu lado, como também entendo o dela. Fiquei preocupado. Poderia pelo menos ter falado comigo.Abaixei a cabeça chateada comigo menos, vacilei nessa parte. Estava tão focada na Cathleen e não querendo causar mais briga que ao voltar foi o mesmo que nada.– Desculpe. – Olhei para ele. – Estou tentando evitar agir por impulso, mas não está adiantando muito.Daniel soba na cama e estende a mão para mim. Ao segurar, ele me p
P.V. Daniel HartOs dias foram se passando tão lentamente. Foi composto por uma mistura de ansiedade encabulada da parte da minha esposa que por mais que tentasse ter calma e disfarçar seus sentimentos tenebrosos, principalmente perto da Melinda. Não conseguiu esconder por muito tempo perto de mim, Layla me contou quem estava atrapalhando o andamento do processo do Cameron contra mim. Um misto de sentimento de raiva e chateado por nunca ter desconfiado do delegado Taylor.Layla me contou a sua teoria e como chegou a essa conclusão. Ela me explicou como havia sido a conversa e questionava o motivo de estar demorando tanto para as coisas se concretizarem. Era um fato que ele não poderia revelar todas as peças de uma vez, pois isso levantaria muitas suspeitas e perguntas sobre como ele havia deixado essas coisas passarem despercebidas. Problemas com o sistema das câmeras e cortes de vídeo aqui e ali foram as desculpas do delegado Taylor durante todo esse tempo, mas ontem ele finalmente c
P.V. Layla BarrettDaniel se sentia totalmente à vontade com as câmeras, como se convivesse com elas constantemente. Ele acabou se acostumando com essa vida que leva e não é de hoje, lembrando dos paparazzi que de vez em outra estão atrás dele. Ao seu lado, me senti muito confiante, seu olhar em mim quando precisava fazer alguns takes sozinha me animava bastante. O sorriso em seu rosto em minha direção era sem dúvida um combustível para não travar. Daniel vivia me apoiando na faculdade e agora, como sua esposa, ele continua sendo aquele homem que eu conheci no corredor da faculdade onde estava prestes a apanhar do Gabe.Totalizando sete meses desde que nos conhecemos, hoje ele é meu marido. Foi uma loucura atrás de loucura, cada tempestade que passamos até aqui e hoje depois de fazer toda a gravação para o lançamento da sua linha de carro. Daniel está por trás das câmeras ao lado da nossa pequena Melinda, que pediu para que Daniel a pegasse no colo para poder me ver melhor. Sempre que
P.V. Layla Barrett– Vou com você sim! – não deixo espaço para discussão. – Chega de me deixar por escanteio e ficar me excluindo das coisas. Somos parceiros agora, por que é tão difícil de entender?Peguei o par de brincos no porta-joias e os coloquei, sem muita delicadeza. Enquanto eu fazia isso, Daniel apareceu na porta do closet, arrumando a gravata em seu pescoço. Olhei para ele através do espelho.– Que tal você lembrar dessa parte de que somos parceiros quando o assunto é você vem morar com a sua família? – O tom irônico me incomoda.Mais uma vez, voltamos a esse assunto. Revirei os olhos e passei a mão pelo corpo, ajeitando o vestido.
Um grande momento estava sendo feito sobre os Cameron não está sabendo lidar com os seus negócios, tudo começou quando imagens da filha com a arma em mãos apontada para mim foi divulgada na internet. Não tenho nada a ver com isso, mas em questão de seus negócios indo de mal a pior acredito que o meu marido tenha uma participação quanto a isso. Não questionei os métodos que o delegado Taylor usou, apenas queria que a verdade fosse dita.E dessa vez tendo a verdade ao nosso lado entramos pela porta da frente sem fugir das câmeras. Daniel me ajudou a sair do carro e segurou minha mão com mais força quando por um momento me vi fraquejar diante de tantas câmeras e flash, deveria ser uma audiência privada assim como todas as outras, mas por incrível que pareça sempre descobriram a data e hora. Como tudo estava a favor dos Cameron, alguma coisa no fundo, me dizia que eles tinham a ver com isso. Agora me questiono quem realmente está lucrando em cima de ambas as famílias.As pessoas gritavam
– Daniel, espera. – Cathleen pediu e apressou os passos para tentar alcançar o seu filho.Daniel a ignorou como tem feito desde que saímos do carro. Assim como fomos para o tribunal em caso de separados, voltamos. Daniel não fazia questão de falar com a sua mãe ou melhor com seus pais até porque Jeffrey sabia que sobre Cathleen ter compactuado com a volta da Sophia. Porém, ao contrário da sua esposa, ele não insistia em falar com seu filho.– Papai Daniel? – Melinda sentada no chão ao lado de Elijah, o chamou.Daniel passou direto indo para o andar de cima. Ela me olhou sem entender. Cathleen abraçou o próprio corpo e aparentemente abalada com a reação do seu filho.– Querida, porque você não sobe e tenta contar uma piada para animar o papai Daniel? – Sugeri.Sei que quando ela está com Elijah, o meu irmão ensina ela umas piadas bem ruins, mas sei que a risada é garantida entre os dois. Melinda concordou com a cabeça e fez um sinal de positivo com a mão, a menina se apressou em ir par
P.V. Daniel HartSentei na cama apoiando os cotovelos na perna. Passei os dedos pelo meu rosto, fechando os meus olhos e tentando desligar a minha mente completamente. O silêncio era o que queria. Uma grande parte dos meus problemas foi embora hoje, mas é claro que deveriam existir outros. Gostaria que viessem em um prazo mais longo. Os problemas vieram aumentar depois que comecei a me envolver com a Layla, parecia que tudo e todos estavam contra nós. Não imaginei que até minha família lutaria contra. A porta foi aberta e suspirei.– Layla, não quero conversar agora.Sei que ela quer o meu bem, mas estou em busca do silêncio. Não impediria se quisesse ficar aqui no quarto comigo. Uma vez na vida só quero ter o prazer de ter o silêncio. É possível, não é? A porta foi fechada. Passei a mão pelo rosto, sentindo a minha cabeça se contrair com a dor. Tinha alguma coisa presa na minha garganta.– A mamãe Layla pediu para ficar com você. – Levei um leve susto ao ouvir a voz da Melinda.Lembr