P.V. Layla Barrett– Vou com você sim! – não deixo espaço para discussão. – Chega de me deixar por escanteio e ficar me excluindo das coisas. Somos parceiros agora, por que é tão difícil de entender?Peguei o par de brincos no porta-joias e os coloquei, sem muita delicadeza. Enquanto eu fazia isso, Daniel apareceu na porta do closet, arrumando a gravata em seu pescoço. Olhei para ele através do espelho.– Que tal você lembrar dessa parte de que somos parceiros quando o assunto é você vem morar com a sua família? – O tom irônico me incomoda.Mais uma vez, voltamos a esse assunto. Revirei os olhos e passei a mão pelo corpo, ajeitando o vestido.
Um grande momento estava sendo feito sobre os Cameron não está sabendo lidar com os seus negócios, tudo começou quando imagens da filha com a arma em mãos apontada para mim foi divulgada na internet. Não tenho nada a ver com isso, mas em questão de seus negócios indo de mal a pior acredito que o meu marido tenha uma participação quanto a isso. Não questionei os métodos que o delegado Taylor usou, apenas queria que a verdade fosse dita.E dessa vez tendo a verdade ao nosso lado entramos pela porta da frente sem fugir das câmeras. Daniel me ajudou a sair do carro e segurou minha mão com mais força quando por um momento me vi fraquejar diante de tantas câmeras e flash, deveria ser uma audiência privada assim como todas as outras, mas por incrível que pareça sempre descobriram a data e hora. Como tudo estava a favor dos Cameron, alguma coisa no fundo, me dizia que eles tinham a ver com isso. Agora me questiono quem realmente está lucrando em cima de ambas as famílias.As pessoas gritavam
– Daniel, espera. – Cathleen pediu e apressou os passos para tentar alcançar o seu filho.Daniel a ignorou como tem feito desde que saímos do carro. Assim como fomos para o tribunal em caso de separados, voltamos. Daniel não fazia questão de falar com a sua mãe ou melhor com seus pais até porque Jeffrey sabia que sobre Cathleen ter compactuado com a volta da Sophia. Porém, ao contrário da sua esposa, ele não insistia em falar com seu filho.– Papai Daniel? – Melinda sentada no chão ao lado de Elijah, o chamou.Daniel passou direto indo para o andar de cima. Ela me olhou sem entender. Cathleen abraçou o próprio corpo e aparentemente abalada com a reação do seu filho.– Querida, porque você não sobe e tenta contar uma piada para animar o papai Daniel? – Sugeri.Sei que quando ela está com Elijah, o meu irmão ensina ela umas piadas bem ruins, mas sei que a risada é garantida entre os dois. Melinda concordou com a cabeça e fez um sinal de positivo com a mão, a menina se apressou em ir par
P.V. Daniel HartSentei na cama apoiando os cotovelos na perna. Passei os dedos pelo meu rosto, fechando os meus olhos e tentando desligar a minha mente completamente. O silêncio era o que queria. Uma grande parte dos meus problemas foi embora hoje, mas é claro que deveriam existir outros. Gostaria que viessem em um prazo mais longo. Os problemas vieram aumentar depois que comecei a me envolver com a Layla, parecia que tudo e todos estavam contra nós. Não imaginei que até minha família lutaria contra. A porta foi aberta e suspirei.– Layla, não quero conversar agora.Sei que ela quer o meu bem, mas estou em busca do silêncio. Não impediria se quisesse ficar aqui no quarto comigo. Uma vez na vida só quero ter o prazer de ter o silêncio. É possível, não é? A porta foi fechada. Passei a mão pelo rosto, sentindo a minha cabeça se contrair com a dor. Tinha alguma coisa presa na minha garganta.– A mamãe Layla pediu para ficar com você. – Levei um leve susto ao ouvir a voz da Melinda.Lembr
Layla olhou para minha mãe e caminhou até a mim, com uma mão em meu ombro ela ergueu o seu corpo para beijar minha bochecha.– Vou apressar Melinda e iremos quando você quiser. – Sorriu.Devolvi o sorriso, inclinando o meu corpo para frente dando um beijo rápido em seus lábios. Layla se afastou e escutei a troca de cumprimento entre as duas, antes que a minha esposa saísse. Continuei de costas para minha mãe sentindo o seu olhar em mim. Guardei o meu relógio e afrouxei a gravata e meu pescoço a tirando de vez. Desabotoei o botão nas mangas tirando o broche com a inicial do meu sobrenome, deixando em sua caixinha. Subir as mangas até a altura dos cotovelos.– Daniel…– Fiz questão de te ligar naquela noite e contar que estava mal, porque não sabia onde encontrar Layla e o que você me falou?A questiono no dia em que estava em Los Angeles e Layla foi se encontrar com a amiga de uma família amigos de seus pais, até então não sabíamos que essa amiga era Perry. Layla me ligou desesperada d
P.V. Layla Barrett– Melinda, não vamos levar Apolo para Paris. – Disse uma vez e parecia que não entrava na cabeça da menina.Junto com a Matilde coloquei algumas roupas em cima da cama, no cronograma ficaremos no máximo uma semana. Agora estamos indo dois dias antes e dizem que criança se suja muito, então estou sendo bem seletiva com as suas roupas. Claro que dinheiro não é um problema e qualquer coisa que falte podemos comprar em Paris, mas não tem porque ficar gastando dinheiro sem necessidade. Melinda tudo que precisar aqui e levaremos o necessário.– Alguém precisa cuidar dele…– Matilde ficará com Apolo.– Mas ele vai sentir saudade de mim. – Balança de um lado para o outro em cima da cama.– E quando você voltar matará a saudade. – Sorri, informando o óbvio para a criança teimosa.Faz 10 minutos que a Melinda está tentando convencer a levar Apolo.– Mas…– Ei, pequena. – Matilde chama a atenção dela. – Deixe o Apolo aqui comigo, cuidarei dele muito bem e assim não ficarei soz
P.V. Layla BarrettParis sem dúvidas é um lugar incrível, a iluminação da cidade me encanta, mas a torre Eiffel sempre chamou a minha atenção. Melinda dormiu durante o voo e a carranca em seu rosto sumiu ao chegar na cidade. A sua curiosidade era perceptível, Daniel só soltou a mão da menina quando chegamos no condomínio onde alugamos uma casa para ficar nesse tempo que estaremos em Paris. Nossas coisas foram levadas para os quartos e devidamente arrumados. Havia um chefe de cozinha disponível para nós.Ao sair da cozinha vejo Daniel sentando no sofá, finalmente podendo relaxar. Entreguei a ele a taça de vinho e olhei ao redor, à procura da Melinda.– Onde está a Melinda?A casa está silenciosa demais. Daniel me perguntou como que eu gostaria da casa e com muita insistência falei que queria algo pequeno já que seria nós três. Ele parecia ter ouvido tudo ao contrário, a casa é gigante composta por quatro cinco, sete banheiros, uma garagem que cabe cinco carros e uma grande área interna
Havia um longo tapete sobre a escada e Melinda me ajudou a tirá-lo, fomos até a área interna da casa à procura de uma corda. Encontramos um lugar com algumas ferramentas de jardinagem e assim contamos dois pedaços de corda que seria o suficiente para o que queria fazer. Agora seria preciso achar um bom colchão para que fizéssemos a nossa aventura. Optei por pegar o colchão de um quarto vazio e por sorte esse colchão nos lados tinha uma alça personalizada para caso quisessem tirar o colchão do lugar.Com ajuda da Melinda levamos o colchão até a casa principal que seria feita de escorregador. Peguei outro colchão e deixei que a Melinda empurrasse escada abaixo, ele seria o nosso apoio para que não passassem direto. Mas claro que um colchão não seria suficiente para nos barrar, com a ajuda da Melinda movemos o sofá para o meio da sala e de frente para grande escada tomando uma certa distância para não recebermos o impacto muito grande.Amarrei as cordas na alça do colchão. Coloquei bem p