P.V. Layla BarrettDaniel se sentia totalmente à vontade com as câmeras, como se convivesse com elas constantemente. Ele acabou se acostumando com essa vida que leva e não é de hoje, lembrando dos paparazzi que de vez em outra estão atrás dele. Ao seu lado, me senti muito confiante, seu olhar em mim quando precisava fazer alguns takes sozinha me animava bastante. O sorriso em seu rosto em minha direção era sem dúvida um combustível para não travar. Daniel vivia me apoiando na faculdade e agora, como sua esposa, ele continua sendo aquele homem que eu conheci no corredor da faculdade onde estava prestes a apanhar do Gabe.Totalizando sete meses desde que nos conhecemos, hoje ele é meu marido. Foi uma loucura atrás de loucura, cada tempestade que passamos até aqui e hoje depois de fazer toda a gravação para o lançamento da sua linha de carro. Daniel está por trás das câmeras ao lado da nossa pequena Melinda, que pediu para que Daniel a pegasse no colo para poder me ver melhor. Sempre que
P.V. Layla Barrett– Vou com você sim! – não deixo espaço para discussão. – Chega de me deixar por escanteio e ficar me excluindo das coisas. Somos parceiros agora, por que é tão difícil de entender?Peguei o par de brincos no porta-joias e os coloquei, sem muita delicadeza. Enquanto eu fazia isso, Daniel apareceu na porta do closet, arrumando a gravata em seu pescoço. Olhei para ele através do espelho.– Que tal você lembrar dessa parte de que somos parceiros quando o assunto é você vem morar com a sua família? – O tom irônico me incomoda.Mais uma vez, voltamos a esse assunto. Revirei os olhos e passei a mão pelo corpo, ajeitando o vestido.
Um grande momento estava sendo feito sobre os Cameron não está sabendo lidar com os seus negócios, tudo começou quando imagens da filha com a arma em mãos apontada para mim foi divulgada na internet. Não tenho nada a ver com isso, mas em questão de seus negócios indo de mal a pior acredito que o meu marido tenha uma participação quanto a isso. Não questionei os métodos que o delegado Taylor usou, apenas queria que a verdade fosse dita.E dessa vez tendo a verdade ao nosso lado entramos pela porta da frente sem fugir das câmeras. Daniel me ajudou a sair do carro e segurou minha mão com mais força quando por um momento me vi fraquejar diante de tantas câmeras e flash, deveria ser uma audiência privada assim como todas as outras, mas por incrível que pareça sempre descobriram a data e hora. Como tudo estava a favor dos Cameron, alguma coisa no fundo, me dizia que eles tinham a ver com isso. Agora me questiono quem realmente está lucrando em cima de ambas as famílias.As pessoas gritavam
– Daniel, espera. – Cathleen pediu e apressou os passos para tentar alcançar o seu filho.Daniel a ignorou como tem feito desde que saímos do carro. Assim como fomos para o tribunal em caso de separados, voltamos. Daniel não fazia questão de falar com a sua mãe ou melhor com seus pais até porque Jeffrey sabia que sobre Cathleen ter compactuado com a volta da Sophia. Porém, ao contrário da sua esposa, ele não insistia em falar com seu filho.– Papai Daniel? – Melinda sentada no chão ao lado de Elijah, o chamou.Daniel passou direto indo para o andar de cima. Ela me olhou sem entender. Cathleen abraçou o próprio corpo e aparentemente abalada com a reação do seu filho.– Querida, porque você não sobe e tenta contar uma piada para animar o papai Daniel? – Sugeri.Sei que quando ela está com Elijah, o meu irmão ensina ela umas piadas bem ruins, mas sei que a risada é garantida entre os dois. Melinda concordou com a cabeça e fez um sinal de positivo com a mão, a menina se apressou em ir par
P.V. Daniel HartSentei na cama apoiando os cotovelos na perna. Passei os dedos pelo meu rosto, fechando os meus olhos e tentando desligar a minha mente completamente. O silêncio era o que queria. Uma grande parte dos meus problemas foi embora hoje, mas é claro que deveriam existir outros. Gostaria que viessem em um prazo mais longo. Os problemas vieram aumentar depois que comecei a me envolver com a Layla, parecia que tudo e todos estavam contra nós. Não imaginei que até minha família lutaria contra. A porta foi aberta e suspirei.– Layla, não quero conversar agora.Sei que ela quer o meu bem, mas estou em busca do silêncio. Não impediria se quisesse ficar aqui no quarto comigo. Uma vez na vida só quero ter o prazer de ter o silêncio. É possível, não é? A porta foi fechada. Passei a mão pelo rosto, sentindo a minha cabeça se contrair com a dor. Tinha alguma coisa presa na minha garganta.– A mamãe Layla pediu para ficar com você. – Levei um leve susto ao ouvir a voz da Melinda.Lembr
Layla olhou para minha mãe e caminhou até a mim, com uma mão em meu ombro ela ergueu o seu corpo para beijar minha bochecha.– Vou apressar Melinda e iremos quando você quiser. – Sorriu.Devolvi o sorriso, inclinando o meu corpo para frente dando um beijo rápido em seus lábios. Layla se afastou e escutei a troca de cumprimento entre as duas, antes que a minha esposa saísse. Continuei de costas para minha mãe sentindo o seu olhar em mim. Guardei o meu relógio e afrouxei a gravata e meu pescoço a tirando de vez. Desabotoei o botão nas mangas tirando o broche com a inicial do meu sobrenome, deixando em sua caixinha. Subir as mangas até a altura dos cotovelos.– Daniel…– Fiz questão de te ligar naquela noite e contar que estava mal, porque não sabia onde encontrar Layla e o que você me falou?A questiono no dia em que estava em Los Angeles e Layla foi se encontrar com a amiga de uma família amigos de seus pais, até então não sabíamos que essa amiga era Perry. Layla me ligou desesperada d
P.V. Layla Barrett– Melinda, não vamos levar Apolo para Paris. – Disse uma vez e parecia que não entrava na cabeça da menina.Junto com a Matilde coloquei algumas roupas em cima da cama, no cronograma ficaremos no máximo uma semana. Agora estamos indo dois dias antes e dizem que criança se suja muito, então estou sendo bem seletiva com as suas roupas. Claro que dinheiro não é um problema e qualquer coisa que falte podemos comprar em Paris, mas não tem porque ficar gastando dinheiro sem necessidade. Melinda tudo que precisar aqui e levaremos o necessário.– Alguém precisa cuidar dele…– Matilde ficará com Apolo.– Mas ele vai sentir saudade de mim. – Balança de um lado para o outro em cima da cama.– E quando você voltar matará a saudade. – Sorri, informando o óbvio para a criança teimosa.Faz 10 minutos que a Melinda está tentando convencer a levar Apolo.– Mas…– Ei, pequena. – Matilde chama a atenção dela. – Deixe o Apolo aqui comigo, cuidarei dele muito bem e assim não ficarei soz
P.V. Layla BarrettParis sem dúvidas é um lugar incrível, a iluminação da cidade me encanta, mas a torre Eiffel sempre chamou a minha atenção. Melinda dormiu durante o voo e a carranca em seu rosto sumiu ao chegar na cidade. A sua curiosidade era perceptível, Daniel só soltou a mão da menina quando chegamos no condomínio onde alugamos uma casa para ficar nesse tempo que estaremos em Paris. Nossas coisas foram levadas para os quartos e devidamente arrumados. Havia um chefe de cozinha disponível para nós.Ao sair da cozinha vejo Daniel sentando no sofá, finalmente podendo relaxar. Entreguei a ele a taça de vinho e olhei ao redor, à procura da Melinda.– Onde está a Melinda?A casa está silenciosa demais. Daniel me perguntou como que eu gostaria da casa e com muita insistência falei que queria algo pequeno já que seria nós três. Ele parecia ter ouvido tudo ao contrário, a casa é gigante composta por quatro cinco, sete banheiros, uma garagem que cabe cinco carros e uma grande área interna