P.V. Layla BarrettA estranha vontade de chorar ao ver Elijah foi embora dissipou rapidamente quando me lembrei dos papéis que Daniel assinou mais cedo. Rapidamente, expliquei o motivo inesperado do casamento, evitando assim qualquer conflito com Cathleen. Deixei claro que Daniel não leu os papéis por escolha própria, e ele teve a audácia de desligar a ligação. Estou curiosa para saber o que está acontecendo naquela casa.Mas também não seria louca de ligar para saber. De um jeito ou de outro saberia e se for algo ruim posso esperar até amanhã.Após um banho demorado, tentei evitar pensar em Elijah. Desejava que ele ficasse, não sabia como abordá-lo. Ainda não éramos os melhores irmãos do mundo, mas não queria que nossa relação acabasse tão cedo. Caminhei pelo apartamento indo até o saco de ração de Apolo. Meu bebê me acompanhou por todo o percurso. Olhei para ele.– Por que você não pediu para que ele ficasse? – Apolo sentou. – Não me olha com essa cara, sei que gostou dele. Não vai
Pensei que Melinda fosse demorar a se acostumar conosco. A menina de longos cabelos negros estava sentada no chão com Daniel sentado no sofá tentando pentear o cabelo dela. Melinda Estava dando bolo escondido para Apolo e ao ser pega no flagra acabou se sujando toda com um pedaço de bolo que ainda estava em suas mãos. Então foi preciso de outro banho e mesmo sendo mulher entendo toda a experiência de cuidado, agora com uma criança parecia algo impossível.Fiz todo um discurso convencendo Daniel a arrumar o cabelo dela, mas agora estou me arrependendo amargamente. As expressões do seu rosto pareciam de dor e não uma simples careta por não estar conseguindo amarrar o cabelo dela.– Ah, quer saber? – tirou a presilha do cabelo da Melinda e deixou ao seu lado no sofá. – Deixa solto mesmo. Li em algum lugar que dormir com cabelo preso no outro dia amanhece careca.Melinda arregalou os olhos e olhou para ele. Bati com a mão contra a testa não acreditando que o Daniel falou isso.– Melinda,
Hoje de manhã deixamos Melinda na casa do Daniel com o Apolo, e seguimos para a delegacia, onde dei o meu depoimento sobre o que havia acontecido naquele dia no bar e sobre a visita da Beatrice Cameron no meu ateliê. Elijah já havia dado o seu depoimento e só estava na cidade no momento, porque está em contato com um fornecedor. Os Cameron pareciam estar ocupados procurando um novo lugar para morar, havia um novo comprador para o condomínio onde morava e pediu a casa. Com o resto do tempo da parte da manhã que me restou decidi não ir para a empresa de Daniel. Vou direto para sua casa, pegar a Melinda e ir comprar as coisas do seu quarto e mais roupas. – Toma. – Daniel me entregou um cartão preto. Arregalei os olhos vendo o meu nome no cartão. O famoso cartão Black sem limites. – Gente, esse cartão é um sonho de qualquer mulher. – Comentei, gostando do designer do cartão. Daniel negou com a cabeça e entregou outro cartão. – Ei, até ela terá? Não acha que é um pouco nova para ter um
“Você desligou a chamada só porque não gostei do vestido?” – Daniel.Não respondi e bloqueei o celular. Não se deve brincar com os sentimentos de uma mãe de primeira viagem.– Está linda! – Vou tela segura em seu braço fazendo ela rodar. – Mas experimenta o outro.Fiz uma careta, não deixarei usar qualquer coisa. Não gostei desses detalhes rosas. Com o passar do tempo percebi Melinda se soltando mais comigo, a parte boa que em nenhum momento perguntou pelo Daniel mesmo quando ouviu a voz dele na chamada. Estamos na praça de alimentação, compramos a parte decorativa para o quarto e algumas roupas. Fizemos o pedido do lanche e aproveitei esse momento para pegar o meu celular e responder alguns
P.V. Daniel HartMassageie as têmporas. Com o cotovelo apoiado em minha mesa, fechei os meus olhos e respirei fundo. Minha cabeça doía desde que cheguei na empresa, os problemas pareciam brotar no chão e vim em minha direção. Perdi uma hora conversando com Jefferson que passaria todo planejamento para Layla, realoquei uma equipe para trabalhar em uma das empresas terceirizadas e nisso foi umas duas horas nesse mesmo assunto. E agora estou perdendo uma hora e meia do meu tempo ouvindo a minha mãe me dizer que os Cameron podem ter ligação com os homens que sequestraram a Laila levando para aquele hotel e divulgou as fotos. Uma coisa que já sabia.– Me diz algo novo, Sra. Hart? – Olhei para Cathleen não escondendo o meu cansaço.Ontem ao ir para o apartamento da Layla com Melinda, acabamos todos dormindo à tarde e não finalizei a noite como queria. Depois de ter levado uma joelhada entre as pernas, não tinha como pensar em qualquer coisa, apenas queria que a dor passasse.– Ainda não tiv
P.V. Daniel Hart– Cara, me diz o que seria de você sem o seu cunhado aqui? – Elijah passou o braço pelo meu ombro.Olhei para ele, o mesmo ficou sem graça e se afastou. Ajeitei o terno em meu corpo, olhando para Apolo que corria pela casa como se nada tivesse acontecido. Layla saiu mais cedo dizendo ter uma reunião com seus primeiros fornecedores e deixou claro que não queria me ver por lá.Tinha mais coisas para fazer em vez de ir no seu atual ateliê, o lugar que sugeri e foi a melhor coisa que fez da sua vida, porque de negócios eu entendo. E mesmo entendendo de negócios e ela tem uma chance maravilhosa de ter um marido como eu podendo me levar junto e auxiliar nas negociações, Layla prefere me ver longe.Antes que eu pudesse expressar toda a minha insatisfação, o cachorro começou a apresentar comportamento estranho, e percebi que não poderia ir trabalhar, pois sabia que se algo acontecesse com ele, Layla me mataria. Após a saída de Layla, fui me arrumar, mas quase no momento de sa
– Estive com Benjamin, – Bruce sentou na cadeira à minha da minha mesa, mexendo de um lado para o outro. – Ele prefere não fazer contato por agora para não levantar mais pistas. Parece que o senhor Cameron andou pesquisando sobre o novo dono do condomínio onde morava e fez algumas perguntas.– Ele está associando a compra a mim. – Concluí. Vou até a pequena área de bebida que tem no escritório e eu enchi nossos copos. Ofereci ao Nick e ele se negou. – E a empresa?Entreguei o copo para o Bruce.– Os prejuízos começaram como você queria. – Bruce deu um gole no seu whisky. – É questão de tempo para culparem você também. Mas me parece que eles estão usando métodos mais agressivos. Porra, você podia está morto agora.Bruce me olhava desacreditado. Nick que se levantou e começou a andar pelo espaço, ele anda pensativo e culpado desde a fatalidade de hoje mais cedo.– Não poderia ter acontecido, aquele carro…– Nick, você é um humano. – Já havíamos conversado antes e exceto se ele tenha imp
P.V. Layla Barrett “Fiquei sabendo do seu novo brinquedinho com o Hart.” – Número desconhecido. “Sempre pensei que se Daniel pudesse escolher o sexo do seu filho seria um menininho. Um herdeiro homem para seguir seus passos” – Número desconhecido. “Não pode gerar uma criança, Layla? Que patética!” – Número desconhecido. “Ficou sabendo que seu diploma será cancelado? É tão fácil comprar as pessoas." – Número desconhecido. Essas são as mensagens que venho recebendo desde que acordei. Ao mesmo tempo que elas aparecem, elas desaparecem no mesmo instante. Meu celular foi hackeado aparentemente, a única coisa anormais são essas mensagens aparecendo e ao mesmo tempo desaparecendo. Sempre as mesmas mensagens. "Você sentirá a dor de perder sua filha." – Número desconhecido. A última mensagem foi a que me fez ter certeza de quem estava me atormentando. Poderia mostrar as mensagens para Daniel e acabar com essa atormentação, mas cansei. Cansei de ficar no escuro e decidi agir. Me tornei o