P.V. Daniel Hart
– Tenho que concordar com você, Ben. – Bruce finalizou o seu jantar, elogiando mais uma vez a comida. – Na próxima não irei ouvir Daniel e me hospedar nesse hotel. Essa comida é a melhor que já comi em Boston.
Relaxei em minha cadeira aproveitando a bela vista que temos.
– É engraçado como você menospreza o seu próprio hotel. – Olhei para Bruce e Benjamin riu.
Bruce e eu estamos hospedados em um dos seus hotéis, a pedido do Benjamin viemos para o hotel onde ele está hospedado. A comida realmente é boa, mas nada supera a comida da Matilde.
– Ah, é mesmo. – Bruce faz gra&ccedi
A blusa azul que usava tinha alguns buracos e não parece ter tomado banho desde a última vez que a vi, o cheiro era insuportável. Sua bermuda estava desgastada, assim como o chinelo. Mesmo com o cabelo preso parecia que fizeram uma tentativa de arrumá-la a deixando mais apresentável possível sem usar um pente. Seus olhinhos brilhavam com lágrimas e mais uma vez ela se enxugou o rosto com as costas da mão e sorriu para mim. Sorriu, mesmo não conseguindo entender as suas lágrimas de vim novamente.– Ela é minha filha! – O desconhecido diz.Me despertei daquela menina e percebi que Bruce e o homem discutiam.– E você a trata desse jeito?! – Bruce olha para ele com desgosto. – É só uma criança e não a sua escrava.– Faço o que bem-quiser. – O homem tinha medo que Bruce por está mais perto batesse nele, mas fazia o máximo possível para fingir.Bruce não faria nem questão de socar a cara desse homem. Não mudaria quem ele é e muito menos seria um pai melhor. Porém, não era preciso muito para
P.V. Layla Barrett Mexi os meus dedos sentindo a dormência pelo meu corpo, abrir os olhos com dificuldade. O vento batia no rosto como se dançasse pela minha pele, aos poucos as imagens foram ficando nítidas e pude ver a cortina balançando conforme o vento entrava. Está noite. Estou deitada em algo macio, balancei a minha perna e senti o lençol roçar na minha perna nua. Estranhei. Estava vestindo uma calça jeans, não teria como sentir o lençol desse jeito. Como que consegui chegar em casa? Não lembro quando cheguei, muito menos troquei de roupa.Tentei levantar e arregalei os olhos ao sentir alguma coisa em cima da minha barriga. Todo sono e dormência deixou meu corpo, tinha alguém deitado comigo. Com a minha mão que estava por debaixo do lençol, comecei a tocar no meu corpo percebendo que estava nua. Meu Deus, não posso ter dormido com meu próprio irmão! Por favor, que seja Daniel ao meu lado. Não sei como, mas que seja ele! Virei meu rosto lentamente e quase que meus olhos saem do
P.V. Daniel Hart– Você precisa entrar nesse jatinho. – Apontei para trás de mim. – Preciso voltar para Nova York!– Daniel, calma…A menina na minha frente cruzou os seus bracinhos e fez bico. Essa garota achando, o quê? Dona do próprio nariz? É um pingo de gente que eu nem sei se realmente sabe falar.– Você por acaso quer ficar aqui? – Cruza os meus braços na altura do peito fazendo o mesmo que ela. Ignorei Bruce. – Quer ficar aqui com aquele homem? Sabe, aquele que diz que é o seu pai?Ela desviou o olhar e abaixou um pouco a cabeça. Essa menina só precisa entrar no avião, resumindo a foto só precisa fazer o que eu mandar. Mexer meus ombros desconfortáveis, não que eu vá fazer ela trabalhar como uma escrava igual o seu genitor estava fazendo. Nem sei o que fazer com essa menina. Ela continua em silêncio e isso me irrita.– Ei, garota? – Estalei o dedo no ar duas vezes e ela me olhou. – Ninguém aqui vai te machucar. Se quer voltar com ele, tudo bem? Agora você quer ter uma vida com
O meu olhar recaiu em Layla novamente. Seu cabelo está solto e não há nenhum vestígio de maquiagem, uma coisa que ela vem se acostumando a cada dia. Quando viajei para Boston nunca imaginei a loucura que iria acontecer em Nova York quando voltasse.– Um dia e meio. – Layla ia se aproximando de Rodolfo a cada palavra que eu dizia. – Apenas um dia fora e você conseguiu deixar Nova York de pernas para o ar, Layla Barrett.– E-eu… – Sua voz falhou e ela desistiu de falar.– Olha, em minha defesa…– Cala a sua boca! – Apontei na direção do Elijah e fechei meus olhos. – É só o tempo de conseguir chegar perto de você para cumprir o que prometi.
P.V. Layla Barrett– Não foi para Boston fazer negócios? – Pisquei algumas vezes tentando entender toda aquela conversa.Estamos ocupando a sala, seria muita gente no escritório de Daniel. E ele não queria correr risco de sujar o seu querido do escritório, Matilde providenciou algumas coisas para comer e beber. Tivemos uma pequena pausa, a menina que até agora não sabemos o nome demonstrava sinal de sono. Matilde se ofereceu para levar a menina ao quarto e fazer ela dormir.A garota se negou e agarrou a perna do Daniel, única pessoa que ela deixou se aproximar além do Daniel, foi o Bruce. E aos gritos os dois foram fazer a menina dormir. Ambos discutindo em Como fazer uma criança dormir e aparentemente aos risos a menina desconhecida dormiu. Na sala Elijah por ela ficar bem longe de Daniel e por enquanto seria melhor assim.– Não. – Daniel evitou meu olhar. – Não os negócios que você pensa.– Daniel…– E onde a garota entra nisso? – Cathleen me interrompeu. Ao lado do seu marido ela t
P.V. Layla Barrett– Layla para de chorar. – Daniel pediu, sua voz é baixa e continuava com a mão no rosto.Com certeza mergulhado em um poço de estresse e cansaço, nenhum de nós dois imaginamos que com a sua volta teríamos mais problemas do que soluções. Voltava pouco para umas 10 horas da noite, só não é uma coisa que não existia para mim no momento. Não que tivesse com energia para dar e vender, mas existem tantos pontos de interrogação nesse momento que seria impossível dormir.– Queria ter um momento com Elijah sem ter que ficar relembrando do passado ou ficar disputando o quão ruim nosso pai foi. – Comecei a explicar em meio ao choro. Vai que Daniel fica com pena de mim, mas também estou chorando de raiva. Se pudesse voltar no tempo não teria nem saído do prédio. Continuaria trabalhando e voltarei para minha casa onde estaria segura e salva dessas pessoas maldosas. – Beber foi a primeira coisa que pensei e as chances de ter lágrimas seriam mínimas. A única coisa que esperava no
– Cathleen, onde você está querendo chegar com essa conversa? – Passei a mão pelo cabelo tentando conter o meu nervosismo. – Talvez essa esteja sendo a conversa mais longa que tivemos desde que você chegou em Nova York. E pela primeira vez não estou conseguindo entender as suas intenções.É a primeira vez que jantamos juntas e tive a oportunidade de conhecer os meus sogros, fizeram questão de expor os meus podres ali na mesa antes de realmente ter uma conversa amigável. Um jantar interrompido e no final da noite Daniel indo para meu apartamento e anunciando que ficaria comigo ali. Nunca chegamos a conversar novamente sobre aquele jantar, é óbvio que me sentia muito culpada por essa briga deles. Era como se eu não tivesse dado o meu melhor para fazer os meus sogros gostarem de mim.
Por fim a menina sentou na mesa. Olhando para seus dedos em seu colo, ela parecia sem jeito e triste. Me levantei da cama e me aproximei um pouco mais, talvez ela quisesse ter uma nova identidade. Não consigo imaginar tudo que essa menina passou até que encontrasse com Daniel. Crianças não deveriam ter uma vida infeliz.– Melinda. – Sussurrou. – É assim que me chamavam. – Ela olhou para Daniel. – Tenho 6 anos.– Viu que não foi difícil dizer o seu nome?– Daniel. – Jeffrey repreende seu filho com um olhar. – Ela precisava de tempo…– Tempo que não temos. – Ele olha para a menina. – Se quer uma coisa precisa falar. Não tenho bola de cristal para saber o que você pensa ou o que quer. – a pequena Melinda revirou os olhos de um jeito dramático. Daniel agitou o dedo no ar se segurando para não falar alguma coisa. Melinda sorriu novamente.– Porque acho que existe uma conversa interna entre vocês dois sobre esse revirar dos olhos. – Olhei do Daniel para a Melinda. – Quer compartilhar conosc