Eu sei, eu sumi mas voltei. Espiritualmente melhor. Amo vcs, maravilhas!
Estou sentada em uma sala fria, sozinha, as lágrimas escorrendo pelo meu rosto enquanto abraço meu ventre. Minhas mãos tremem e minha mente está um turbilhão. Acabei de gritar com Amélia, a ex-cunhada de Karl, depois de receber a notícia devastadora de que meu filho de poucas semanas tem uma condição chamada descolamento prematuro de placenta, que pode prejudicar a continuidade da gestação. O medo me consome e cada movimento parece um risco enorme. Meus soluços ecoam na sala vazia, e sinto como se o mundo estivesse desmoronando ao meu redor. A porta se abre e vejo Karl entrando, sua expressão grave e preocupada. Ele se aproxima lentamente, tentando controlar sua própria ansiedade. – Emily, podemos dialogar melhor agora? – pergunta ele, sua voz firme, mas carregada de preocupação. Eu respiro fundo, tentando acalmar meu coração acelerado. Karl se senta ao meu lado, sua presença forte e reconfortante. Ele olha para mim com uma mistura de determinação e cuidado, um brilho de posse em se
Dirigir por Old Forest Hill com Adam ao meu lado me traz uma sensação de nostalgia misturada com a esperança do futuro. Estamos à procura de casas, e essa tarefa, embora prática, parece carregada. Densa. Eu estou sem paz.– Sabe, Karl, você está realmente levando a sério isso de ser pai de novo. Chega a dar orgulho – Adam comenta, olhando para as casas luxuosas ao redor.– Não tem como não levar a sério, Adam. É a vida de um ser humano que está em jogo – respondo, mantendo os olhos na estrada, mas sentindo a verdade das minhas palavras.Adam sorri, um sorriso conhecedor, e balança a cabeça.– Nunca pensei que você estaria aqui de novo, procurando casas, se preparando para ser pai – ele diz, a voz carregada de camaradagem. – Depois de tudo com Thereza, achei que tinha desistido. Sexo, amor, casamento...Eu solto um suspiro profundo, lembranças dolorosas invadindo minha mente. Thereza e eu tivemos nosso tempo, nosso amor, mas as coisas não funcionaram como planejado. A perda dos nossos
Estou no segundo mês de gestação, quase entrando no terceiro. A casa em Old Forest Hill é um sonho, mas me sinto como uma estranha nesse palácio. Karl e Samuel se ignoram como se fossem invisíveis um para o outro, e Samuel parece estar aumentando a frequência na mansão, o que só adiciona uma camada extra de climão aqui.O descanso imposto pela gravidez é um saco. Sinto saudade do meu apartamento aconchegante, aquele que eu conseguia chamar de lar. Me adaptar a essa mansão imponente me deixa insegura. Não que ela não seja linda, mas saber que meu filho vai herdar isso um dia... Bem, isso deveria me trazer confiança, certo? Hoje de manhã, acordei e peguei meu celular. Abri o aplicativo de semana de gestação e vi que faltam apenas algumas semanas para saber o sexo do bebê. Meu coração deu um pulo de alegria. Comecei a pensar nos nomes que tinha escolhido. Para um menino, gostava de nomes como "Liam," "Ethan," ou "Noah." E para uma menina, "Ava," "Sofia," ou "Mia." Minha cliente foi pas
Minha mente ainda vagava pelo corpo curvilíneo de Emily, seu gosto que sinto falta, os batimentos cardíacos aumentando a cada segundo que se passava comigo entre suas pernas, provocando gritos de prazer. Meu membro endurece no simples pensar sobre ela, mas então vejo um vulto passar no vidro da minha sala. Cabelos da cor do diabo.Não me surpreende sair da sala e ver a diaba da minha ex-esposa sentada no corredor, olhando suas unhas. Os mesmos malditos brincos de pérola. Eu a admirava tanto, agora ela quer tirar minhas duas razões de respirar.Me sento ao seu lado, ela nota minha presença soltando uma bufada rouca. Provavelmente está fumando novamente.– Thereza, o que você quer agora?Ela levanta os olhos lentamente, um olhar frio e calculista que uma vez achei cativante, mas agora só me enoja.– Karl, querido, você realmente acha que pode simplesmente seguir em frente e esquecer do passado?– O passado é passado, Thereza. Você deveria aprender a deixá-lo ir.Ela ri, um som amargo e s
A campainha toca e, apesar da minha condição, corro um pouco. Minha vista embaça ao abrir a porta e ver minha mãe com lágrimas nos olhos e as mãos juntas, me olhando com desesperança. Seu olhar cai sobre a minha barriga saliente, e seus olhos se arregalam.— Mãe!— Então é verdade? Emily…Ela dá um passo à frente, hesitando antes de me envolver em um abraço apertado. Seu toque é quente, mas há uma sensação subjacente em seus braços, como se estivesse tentando compreender a situação mas nada contente. Eu sinto um nó na garganta, sem saber como começar a explicar tudo o que tem acontecido.— Mãe, eu... — começo, mas minha voz falha.Ela se afasta um pouco, segurando meus ombros e me olhando nos olhos, procurando por respostas. Seu rosto é uma preocupação, tristeza e algo mais que eu não consigo decifrar completamente.— Como isso aconteceu? — Ela pergunta, a voz tremendo. — Você estava tão bem, tinha uma carreira promissora, um futuro brilhante… E Samuel?Eu respiro fundo, tentando acal
Quando ouvi a porta se abrir, estava apenas começando a relaxar. Tinha passado o dia tentando consolar Emily após a visita tumultuada de sua mãe. O cansaço nos venceu e acabamos adormecendo no sofá. Mas agora, ao ver Samuel parado na entrada da sala, percebi que o descanso acabou.Emily e eu nos endireitamos imediatamente. Eu podia sentir a tensão crescendo no ambiente. Emily tentou explicar, mas Samuel estava fora de si.— Vocês dois! — Ele grita, apontando um dedo acusador. — Pensei que fosse uma equipe, que estivéssemos juntos nisso. E agora vejo você dormindo com ele?— Samuel, não é o que você pensa... — Emily começa, a voz trêmula, mas ele a interrompe.— Não é o que eu penso? Então o que é, Emily? Porque, para mim, parece exatamente o que eu temia.A sala estava cheia de uma raiva sufocante. Eu me levanto, tentando manter a calma.— Samuel, isso não é produtivo. Estamos todos cansados e estressados. Vamos conversar de maneira civilizada.Ele me ignora completamente, virando-se
O dia do chá de bebê finalmente chegou, e embora a alegria do momento devesse ser contagiante, minha angústia ainda pairava sobre mim. Os dois meses restantes para o nascimento do nosso filho eram de expectativa e medo. Eu temia a depressão pós-parto, mas não tinha coragem de contar para Karl sobre isso. Apenas Ella sabia dos meus temores. O jardim estava lindamente decorado em tons de verde e lilás, uma escolha feita com carinho e atenção aos detalhes. Karl tinha escolhido o nome Sofia, caso fosse uma menina, e eu escolhi Noah, caso fosse um menino. Ursinhos de pelúcia e balões brancos estavam espalhados por todo o jardim, criando um ambiente acolhedor e alegre. No centro do jardim, uma grande caixa esperava, contendo os balões que revelariam o sexo do nosso bebê. Amelia, minha fiel obstetra de confiança e amiga, tinha sido a única a saber o segredo e a colocar os balões da cor certa na caixa. Enquanto eu observava o jardim, minhas amigas da faculdade e da escola começaram a chegar,
Estava observando Emily do outro lado do jardim, carregando nossa filha Sofia com tanto carinho e cuidado. Meu coração se encheu de felicidade e orgulho. Mark estava ao meu lado, bebendo uma cerveja, e trocávamos algumas piadas sobre paternidade e a loucura da vida.De repente, meu celular tocou. Era um número desconhecido, mas eu já sabia quem era antes mesmo de atender. A voz de Thereza surgiu do outro lado da linha, carregada de ódio e palavras cruéis. Ela amaldiçoava nossa filha, dizendo as coisas mais horríveis que um ser humano pode imaginar.Mark, sempre rápido, pegou seu próprio celular e começou a gravar a ligação. Thereza continuava a disparar sua fúria, sem perceber que cada palavra estava sendo registrada. Quando a ligação finalmente terminou, Mark olhou para mim, esperando que eu tomasse uma atitude.— Vamos à polícia com isso. Temos que acabar com essa loucura de uma vez por todas — ele sugeriu, com uma firmeza na voz que mostrava a gravidade da situação.No entanto, algo