Finalmente, Caleb falou novamente, a voz baixa e serena.— Prometo que farei tudo dar certo — disse ele. — Quero que você se sinta segura e amada, Daphine. E quero compartilhar todas as partes da minha vida com você, inclusive minha família.Daphine levantou o olhar para ele, os olhos brilhando com lágrimas não derramadas.— Eu também quero isso, Caleb. Só preciso de um pouco de tempo para me acostumar com tudo isso.— Eu entendo — ele respondeu, beijando-a novamente, desta vez com uma suavidade que falava de amor e compromisso. — Teremos todo o tempo do mundo para isso.E assim, Caleb fez um esforço enorme, se levantou da cama e começou a se vestir, seus olhos não se afastando de Daphine.— Prometo compensá-la quando voltar — disse ele, enquanto puxava a camisa sobre os ombros.Daphine, ainda aconchegada nos lençóis, sorriu com uma mistura de ternura e provocação.— Não me prometa o que não poderá cumprir — falou ela, seus olhos brilhando com uma luz travessa.Caleb terminou de se ve
O medo pulsava nas veias de Daphine enquanto ela ouvia os passos e os gritos de seus perseguidores se aproximando. Ela tentou levantar-se rapidamente, mas o pânico a fez tropeçar novamente. Determinada a escapar, ela conseguiu se levantar, mas um dos homens já estava próximo demais. Ele aproximou a tocha de fogo de seu rosto, a chama tremulando perigosamente perto de sua pele.Instintivamente, Daphine levantou os braços para se proteger, e um grito de dor escapou de seus lábios quando sentiu o calor intenso do fogo queimando seu braço. A dor era insuportável, uma agonia que parecia queimar até sua alma. Ela fechou os olhos, sentindo-se perdida no desespero daquele momento.Foi então que, de repente, Daphine saiu do pesadelo. Acordou em sobressalto, ofegante e com dificuldade para respirar. Sentou-se na cama, ainda desorientada, e passou a mão pela testa, tentando secar o suor que escorria em abundância. Seu coração batia descompassado, e a sensação de urgência e medo ainda estava pres
Eram quase 12 horas quando Daphine finalmente saiu de casa, a ansiedade e a preocupação pesando em seus ombros. Ela havia marcado um almoço com Charlote, mas o sonho perturbador e a queimadura em seu braço continuavam a dominá-la. Tentando focar no encontro com sua amiga, ela dirigiu-se ao restaurante onde haviam combinado se encontrar. Quando chegou, Charlote a recebeu com um sorriso caloroso, que ajudou a aliviar um pouco da tensão que Daphine sentia.As duas se sentaram e começaram a conversar enquanto saboreavam a refeição. Charlote, sempre animada, comentou:— Minha mãe está ansiosa para te conhecer. Ela quer saber quem é a mulher que despertou esse sentimento no filho dela.Daphine sorriu timidamente, tentando esconder seu nervosismo.— Eu disse para seu irmão que não achei uma boa ideia. Está muito cedo para darmos esse passo. — confessou, mexendo na comida no prato sem muito apetite.Charlote deu uma risada e sorriu largamente, tentando tranquilizá-la.— Não se preocupe, amiga
Depois daquela tarde prazerosa com sua amiga, Charlote levou Daphine de volta para casa. O sol começava a se pôr, lançando um brilho dourado sobre as ruas movimentadas de Londres. Ao chegar ao destino, Charlote parou o carro e olhou para Daphine com um sorriso caloroso.— Foi ótimo passar o dia com você, Daphine. — disse Charlote, apertando a mão da amiga suavemente. — Mas agora preciso ir. Tenho um encontro com meu namorado.Daphine sorriu de volta, sentindo-se grata pela companhia de Charlote.— Obrigada por tudo, Charlote. Espero que você se divirta no seu encontro.— Tenho certeza de que sim. — respondeu Charlote com um sorriso travesso. — E você, cuide-se, está bem?— Pode deixar. — Daphine respondeu, acenando enquanto saía do carro. — Até logo!Charlote esperou até que Daphine estivesse dentro do prédio antes de seguir seu caminho. Ligou o rádio e deixou a música encher o carro enquanto dirigia para o local do encontro.Daphine subiu para seu apartamento, sentindo uma mistura de
DESCONTROLE – metamorfoseDaphine Jones estava em um dos pubs mais badalados de Londres, o famoso Princess Victoria, conhecido por sua atmosfera vibrante e clientela eclética. Naquela noite, ela estava acompanhada por seu novo namorado, Caleb Miller, além de estar cercada por membros da família dele. A irmã mais nova de Caleb, Charlote, estava presente com seu namorado, Brian, enquanto a irmã mais velha, Clara, havia trazido seu noivo, Zack.O grupo estava desfrutando da noite, aproveitando a música, as conversas e as bebidas oferecidas pelo pub. A animação era palpável, mas nenhum deles havia se embriagado, apesar de terem bebido o suficiente para se sentirem alegres e relaxados. À medida que a noite avançava, decidiram que era hora de partir. Passava das duas horas da madrugada quando o grupo começou a se despedir.Caleb, que estava apenas em seu segundo encontro com Daphine, sentia uma atração intensa por ela e estava ansioso para ter um momento a sós com a jovem. A química entre o
Caleb estava numa crescente dúvida sobre ligar ou não para sua irmã Charlote, pois ela era a pessoa mais próxima de Daphine que ele conhecia. O dilema de não querer preocupá-la o manteve imóvel, olhando o clima lá fora pela janela da sala. O vento frio e o céu completamente escuro refletiam seu estado emocional, cheio de incerteza e medo.Enquanto isso, Daphine corria entre as árvores, sentindo a terra macia sob suas patas e o ar gélido tocando suavemente seus pelos brilhantes. Cada passo que dava aumentava a sensação de liberdade, embora estivesse ciente da gravidade da situação. As memórias inundavam sua mente enquanto corria, lembrando-se de quando aquilo começou.5 ANOS ANTESDaphine estava prestes a completar 18 anos, faltando apenas dois meses, mas sentia-se devastada. Apenas uma semana antes, seu avô havia falecido, o que a abalou profundamente. Além disso, ela havia sido aceita na universidade dos seus sonhos, mas a dor da perda a impedia de sentir qualquer alegria com essa co
Na primeira semana de setembro, um frio intenso dominava a cidade. As pessoas reclamavam do frio rigoroso que chegara mais cedo, andando pelas ruas bem agasalhadas. Daphine se levantou cedo, fez sua corrida matinal como de costume e, ao retornar para casa, sentiu seu celular vibrar no bolso do casaco. Era uma chamada perdida de Bruce, mas ela a ignorou.Após um banho, Daphine e Carla saíram de casa animadas. Entraram no carro e seguiram para a universidade. Aproximaram-se do grande prédio da Oxford Brookes University de Londres quando Ana Roger se aproximou e tocou no ombro de Daphine, dizendo:— Eu disse que você ia amar.Daphine sorriu, ainda sentindo a leveza e o bem-estar que sua nova rotina lhe proporcionava. Ela olhou ao redor, observando os estudantes que passavam apressados, envolvidos em suas próprias rotinas acadêmicas. A Oxford Brookes University era um símbolo de suas conquistas, o lugar onde ela iniciaria uma nova fase de sua vida, agora livre dos remédios e das turbulênc
“Ethan estava parado, em êxtase, olhando fixamente para aquela figura feminina, loira e linda, sorrindo para ele, Daphine era o nome dela. Ele ficou como se estivesse hipnotizado, até parecia que estava apaixonado...”Daphine chegou em seu apartamento com um sorriso no rosto, depois daquele dia. Ao entrar, deixou as sacolas no chão e se jogou no sofá, buscando seu celular para uma rápida checagem. Após trocar algumas mensagens com sua amiga Carla, ela seguiu para o banheiro para um banho revigorante. Após o banho, preparou o jantar e se acomodou confortavelmente no sofá de dois lugares, onde planejava relaxar enquanto assistia à TV. No entanto, seus planos foram interrompidos por uma mensagem de Carla, informando que passaria a noite na casa do namorado.Daphine continuou sua noite, comendo sua refeição enquanto assistia à TV, antes de se recolher sonolenta para a cama. Na manhã seguinte, ao abrir os olhos, ela percebeu com espanto que estava prestes a se atrasar para seu segundo dia