Depois daquela tarde prazerosa com sua amiga, Charlote levou Daphine de volta para casa. O sol começava a se pôr, lançando um brilho dourado sobre as ruas movimentadas de Londres. Ao chegar ao destino, Charlote parou o carro e olhou para Daphine com um sorriso caloroso.— Foi ótimo passar o dia com você, Daphine. — disse Charlote, apertando a mão da amiga suavemente. — Mas agora preciso ir. Tenho um encontro com meu namorado.Daphine sorriu de volta, sentindo-se grata pela companhia de Charlote.— Obrigada por tudo, Charlote. Espero que você se divirta no seu encontro.— Tenho certeza de que sim. — respondeu Charlote com um sorriso travesso. — E você, cuide-se, está bem?— Pode deixar. — Daphine respondeu, acenando enquanto saía do carro. — Até logo!Charlote esperou até que Daphine estivesse dentro do prédio antes de seguir seu caminho. Ligou o rádio e deixou a música encher o carro enquanto dirigia para o local do encontro.Daphine subiu para seu apartamento, sentindo uma mistura de
Determinada a encontrar respostas, Daphine se levantou e foi até a cozinha. Pegou um copo de água e tentou se acalmar, sabendo que não poderia continuar ignorando esses sonhos perturbadores e o que eles representavam. Precisava agir imediatamente e, mesmo relutante, decidiu que iria até Bruce. Trocou de roupa rapidamente e pegou o carro, dirigindo em direção à clínica de Bruce, localizada na zona sul de Londres.Quando parou em frente ao prédio, ela suspirou profundamente, sentindo uma mistura de ansiedade e determinação. Olhou para o relógio em seu pulso e percebeu que já passava das 18 horas.— Talvez o Bruce já tenha ido para casa — murmurou ela para si mesma, refletindo sobre a possibilidade.No entanto, não deixou que isso a impedisse. Continuou seu caminho, entrou no prédio e seguiu para o elevador. Antes que pudesse apertar o botão, ouviu uma voz atrás de si. Virou-se imediatamente e se deparou com o médico que havia lhe atendido naquela tarde.— Oi, senhorita Jones! — Ele sorr
Daphine chegou em casa pensativa. Seu passado veio à tona: o relacionamento fracassado com Ethan, sua vida de licantropa em Snowdonia, e as coisas que teve que fazer para proteger sua alcateia. Uma angústia profunda tomou conta de seu ser.Enquanto estava deitada no sofá, olhando para o teto e perdida em pensamentos, seu celular tocou, tirando-a imediatamente de seu transe. Era Caleb.— Oi, minha linda! Como você está? — Ele suspirou pausadamente. — Porque eu estou aqui morrendo de saudades suas.Daphine sorriu com o aparelho ao seu ouvido e disse:— Também estou com saudades. Quando você vem?Ele soltou uma gargalhada.— Não imaginei que fosse sentir minha falta. Lembro que você me disse que estávamos indo rápido demais.— Bom, mas isso não significa que não quero estar ao seu lado o tempo todo.Caleb riu de novo, seu tom cheio de carinho.— Eu volto amanhã. Só queria ouvir sua voz antes de dormir. Como foi seu dia?Daphine hesitou por um momento, decidindo não contar sobre os pesade
Quando Daphine se espreguiçou na cama, percebeu que o sol já estava alto no céu. A luz que entrava pelas frestas das cortinas iluminava suavemente o quarto, e ela se deu conta de que havia dormido profundamente pela primeira vez em dias. O remédio que Bruce lhe deu funcionou maravilhosamente bem. Sentindo-se renovada e cheia de energia, ela pulou da cama com um sorriso no rosto.— Que maravilha de noite! — disse para si mesma, enquanto caminhava até a janela e abria as cortinas, deixando a luz inundar o quarto. — Eu precisava disso.Ela sabia que Caleb estava para chegar e queria estar no aeroporto para recebê-lo. Animada com a perspectiva de vê-lo, Daphine tomou um banho rápido, escolheu uma roupa confortável, mas elegante, e se arrumou com cuidado. Passou um pouco de maquiagem, ajeitou os cabelos e se olhou no espelho com satisfação.— Estou pronta, Caleb. — sussurrou, sentindo uma onda de excitação percorrer seu corpo.Pegou suas coisas e saiu de casa, trancando a porta atrás de s
Naquela tarde, Caleb fez questão de preparar um almoço especial para Daphine, mesmo tendo diversos empregados à disposição. Ele queria mostrar um lado mais pessoal e íntimo para ela, algo que só eles dois poderiam compartilhar. Eles se dirigiram à área gourmet, ambos animados com a perspectiva de passar um tempo juntos.— Adoro essa cozinha — disse Daphine, admirando o espaço elegante e bem equipado.— É uma das minhas partes favoritas da casa. — respondeu Caleb, sorrindo enquanto organizava os temperos no balcão. — Gosto de cozinhar, especialmente quando é para alguém especial.Daphine sorriu, sentindo-se lisonjeada e observando-o com atenção. Caleb movia-se com habilidade pela cozinha, demonstrando conhecimento e paixão pelo que fazia. Cada movimento dele era preciso, mas, ao mesmo tempo, cheio de uma naturalidade que Daphine achava encantadora.— O que está preparando? — perguntou ela, inclinando-se um pouco para ver melhor.— Uma receita especial de risoto de frutos-do-mar. Espero
Mesmo com as repetidas ligações de Bruce, Daphine decidiu ignorá-las. Ela sabia que precisava enfrentar sua realidade em breve, mas queria aproveitar aquele dia ao lado de Caleb para reunir coragem. Voltar para Snowdonia, reencontrar Ethan e se reconectar com sua verdadeira identidade como licantropa não era algo que desejava, embora soubesse que era necessário.A tarde passou rapidamente, e quando a noite caiu, a neve lá fora era constante e fina, rodopiando no ar e formando camadas nos telhados das casas e nas calçadas. Caleb estava determinado a fazer sua surpresa naquela noite.No restaurante, eles jantaram entre conversas e risos, saboreando a comida. Daphine apreciava a carne suculenta, sentindo-se em alegria. Ela tinha evitado tanto comer carne para não lembrar de quem realmente era, e agora se sentia outra pessoa. Quando aquele jantar maravilhoso estava chegando ao fim, eles foram servidos com vinho. Saboreando e conversando, Caleb e Daphine desfrutavam de um momento a dois.C
Assim que entraram no carro, Caleb ligou o som e uma música suave começou a tocar, preenchendo o ambiente com uma sensação acolhedora. Ele olhou para Daphine com um olhar cheio de ternura e amor.— Iremos mais cedo amanhã — disse Caleb, mantendo o tom doce e tranquilo. — Quero que conheça minha família. Você passa o dia conosco e, à noite, ceia com sua família. Combinado?Daphine sentiu uma onda de emoções ao ouvir as palavras de Caleb. A ideia de encontrar a família dele e, posteriormente, enfrentar seu próprio passado era ao mesmo tempo assustadora e emocionante. No entanto, o apoio e a paciência de Caleb a faziam sentir-se um pouco mais segura.Ela não disse nada inicialmente, apenas deixou um sorriso suave e consentiu com a cabeça, transmitindo sua concordância. Caleb, percebendo a leve hesitação dela, segurou sua mão e a apertou carinhosamente.— Vai ser ótimo, você vai ver — acrescentou ele, tentando tranquilizá-la. — Minha família vai adorar você, assim como eu adoro.Daphine r
A mãe de Caleb, Isadora, era uma mulher elegante, com um rosto firme e um sorriso cativante que iluminava qualquer ambiente. Seus olhos brilhavam com uma mistura de alegria e sabedoria enquanto ela cumprimentava o filho e sua noiva. Logo atrás dela apareceu Apolo, o padrasto de Caleb e suas irmãs. Apolo era um homem alto e sério, com traços marcantes e uma presença imponente. Embora ele não sorrisse, seu comportamento era acolhedor e elegante, mostrando respeito e hospitalidade para com os recém-chegados.Enquanto os empregados da casa acomodavam as bagagens nos quartos, Clara, a irmã de Caleb, surgiu com um sorriso radiante. Ela correu para Daphine, envolvendo-a em um abraço caloroso.— Daphine! Estou tão feliz que você está aqui — disse Clara, a alegria evidente em sua voz.— Obrigada, Clara. É ótimo ver você também — respondeu Daphine, retribuindo o abraço com um sorriso, embora ainda se sentisse um pouco desconfortável.Após os abraços e cumprimentos, Daphine e Caleb seguiram para