Esse segundo de hesitação de Daphine foi tudo o que Theo precisava. Ele disparou a pistola tranquilizadora, a agulha atingindo-a no flanco.Ela soltou um rosnado, tentando resistir ao efeito do tranquilizante. Aos poucos, porém, seus movimentos ficaram mais lentos, até que finalmente ela caiu no chão, adormecida. Ethan, ainda segurando seu braço ferido, observava a cena com uma mistura de esperança e temor.Ethan, ainda ofegante e com dor, tentou se levantar, segurando o braço ferido. Theo baixou a pistola tranquilizadora e correu para ajudar o irmão ferido, enquanto Duck se ajoelhava ao lado de Daphine, preocupado.— Ela vai ficar bem — Theo disse, tentando tranquilizar o irmão mais novo. — O tranquilizante é forte o suficiente para mantê-la adormecida por algumas horas.Ethan olhou para Daphine, a dor e a preocupação evidentes em seus olhos.— Sinto muito, Daphine. — sussurrou, sabendo que, apesar da situação, o caminho à frente seria ainda mais complicado e desafiador.Alexander se
Enquanto todos estavam à mesa desfrutando de um jantar em família, no porão, Daphine voltou à sua forma humana. O ambiente sombrio e frio do porão contrastava com o calor e a luz do andar de cima. Ao abrir os olhos, a lembrança do que havia acontecido voltou à sua mente como um turbilhão. Ela sentiu uma angústia indecifrável e desejou fugir dali, mas se deparou com a jaula de ferro que a mantinha presa.Com medo e sentindo o desespero crescer dentro dela, Daphine olhou ao redor, seus olhos percorrendo o porão. Notou suas roupas dobradas cuidadosamente em cima de uma cama pequena, um gesto que indicava um cuidado por parte de alguém. Rapidamente, ela se vestiu, cada movimento carregado de urgência e pavor. Os sons do jantar no andar de cima ecoavam fracamente, um lembrete distante de normalidade.Assim que se vestiu, Daphine ouviu passos se aproximando. O som das botas ressoando no chão de pedra a fez se sentar na cama, seus pensamentos confusos e caóticos. A porta do porão se abriu le
Daphine, naquele momento, sentindo-se profundamente conectada a esse ritual ancestral, ergueu a cabeça e uivou com os outros. Seu uivo, embora novo e incerto, carregava uma emoção intensa, uma aceitação de sua nova identidade e um reconhecimento de seu lugar na alcateia. Ela podia sentir a energia vibrante da lua cheia, a força e a liberdade que vinham com sua nova forma. Quando os uivos diminuíram, a floresta parecia mais viva do que nunca. O vento sussurrava entre as árvores, como se estivesse, se sintonizado com a energia da alcateia. Os lobos mantiveram suas posições por alguns segundos, respirando o ar fresco e absorvendo a serenidade da noite.Alexander, o alfa, olhou para Daphine, seus olhos amarelados refletindo orgulho e aceitação. Ele se aproximou dela, tocando seu focinho com o dela em um gesto de aprovação e carinho. Os outros lobos também se aproximaram, formando um círculo ao redor dela, mostrando que agora, ela era parte integral da família.Daphine sentia uma onda de e
Enquanto comiam, Daphine observava todos à mesa minuciosamente e percebeu a presença da ruiva que havia visto no vídeo beijando Ethan. Ela notou os homens ao redor, todos exibindo seus músculos, mas evitou encarar qualquer um diretamente. Mesmo assim, sentia os olhares disfarçados em sua direção. A ruiva, em particular, alternava seus olhares entre Daphine e Ethan, o que a deixou profundamente incomodada. Sem terminar sua refeição, Daphine levantou-se abruptamente e saiu da mesa, caminhando rapidamente até a saída.Alexander, percebendo sua agitação, se colocou em seu caminho e pousou a mão em seu ombro, olhando-a nos olhos.— Não pode sair sem terminar o jantar — disse ele com firmeza.Daphine suspirou, tentando conter sua frustração, e respondeu calmamente:— Desculpe, eu perdi a fome. — Ela olhou diretamente nos olhos dele e continuou: — Sinceramente, eu só quero esquecer de tudo isso e voltar para Londres.O semblante sério de Alexander suavizou-se, e ele sorriu serenamente.— Ven
Enquanto em Snowdonia aquele grupo se divertia testando suas habilidades, em Londres, Carla despertou com o toque insistente do celular. Ela se espreguiçou na cama, esticando os braços, e alcançou o aparelho em cima do criado-mudo. Sem ao menos verificar quem estava ligando, atendeu.— Carla, querida, como você está? — A voz do outro lado da linha era suave e familiar, pertencente à sua mãe.Carla bocejou, ainda sonolenta, e respondeu:— Bom dia para você também, mãe. Eu estava dormindo. São 6 da manhã e está um frio terrível. O que aconteceu para você me ligar tão cedo?A mãe de Carla, com uma calma característica, respondeu:— Desculpe, querida, mas você sabe como é o seu pai, impaciente. Queremos saber se você vem para o jantar.— Sim, mãe. Eu e o Arthur vamos — respondeu Carla, tentando manter a paciência.Porém, sua mãe parecia querer prolongar a conversa e perguntou:— Como está a Daphine?Carla revirou os olhos, claramente impaciente, mas respondeu:— Mãe, eu já te disse. A Dap
Depois do delicioso café, o grupo visitou alguns pontos turísticos locais. Em um dado momento, enquanto caminhavam, Ethan se aproximou de Daphine e perguntou:— Aconteceu alguma coisa? Você não parece bem.Ela suspirou, olhando para o grupo que se distanciava, e respondeu:— A Carla me ligou. Eu não sei o que dizer para ela. Não posso mentir, entende?— Mas você terá que mentir para seu próprio bem.— Mentir? — Ela sorriu com sarcasmo. — Como você mentiu quando me conheceu? Escondendo que tinha uma namorada.— Por favor, Daphine. Eu não tenho mais nada com a Alexia. Aquele beijo foi um mal-entendido.Daphine voltou a sorrir ironicamente e, sem lhe dar atenção, seguiu seu caminho, deixando Ethan sozinho com suas preocupações.Aquele grupo seguiu para o parque florestal, que àquela hora do dia estava cheio de vida. Jovens em diversos grupos se divertiam, aproveitando a manhã ensolarada. Theo, no entanto, sentou-se em um banco de cimento cru e chamou Daphine para perto de si. Os demais t
Daphine entrou correndo na universidade, o coração acelerado e a mente focada em chegar a tempo para sua primeira aula. Estava atrasada, e isso não deveria acontecer, especialmente no início do semestre. A noite anterior tinha sido tão encantadora que se perdeu no tempo. O jantar na casa de Charlote havia sido maravilhoso, e ela acabou indo dormir por volta das 4 horas da madrugada.Assim que entrou na sala de aula, Daphine viu Charlote Miller acenando para ela com entusiasmo, indicando um lugar vazio ao seu lado. Apressando-se para sentar-se, Daphine tentou disfarçar seu cansaço.— Por que chegou tão tarde? — perguntou Charlote, com um tom brincalhão. — O que meu irmão fez com você?Daphine sorriu, lembrando-se da noite anterior.— Ficamos conversando e perdemos a hora — explicou ela. — Quando ele me deixou em casa, eram quase 4 horas.Charlote arregalou os olhos em descrença.— Sério? E vocês só ficaram conversando?Daphine deu uma risadinha e balançou a cabeça em afirmação.— Por i
No fim do primeiro semestre, Charlote havia marcado um jantar em sua casa com a intenção de apresentar seu irmão Caleb para Daphine, sem ao menos imaginar o que o destino reservava para eles. Naquela noite, Charlote e Daphine estavam ocupadas na cozinha, empenhadas nos preparativos do jantar. A atmosfera estava cheia de aromas deliciosos e de risos compartilhados, quando a campainha tocou.Charlote, que estava colocando uma tigela de frango no forno, olhou para Daphine e sorriu, sugerindo com um leve movimento da cabeça:— Deve ser meu irmão. Você pode recebê-lo?Daphine retribuiu o sorriso com um aceno de cabeça e caminhou até a porta. Com uma mistura de curiosidade e leve nervosismo, ela girou a maçaneta e abriu a porta. Assim que os olhos de Caleb encontraram os dela, houve uma conexão imediata. Era como se o tempo tivesse parado por um instante.Caleb, um homem alto com uma presença cativante, sorriu largamente, e Daphine, sentindo uma inexplicável atração, não pôde evitar retribu