Ethan, preocupado, esticou a mão e tocou gentilmente o braço dela, tentando acalmá-la sem acordá-la bruscamente. Ele sussurrou suavemente, tentando guiá-la para fora daquele estado perturbador:— Daphine, está tudo bem. Estou aqui com você.Daphine não respondeu de imediato, mas aos poucos, seu corpo começou a relaxar ao toque reconfortante de Ethan e à sua voz calma. Ela abriu os olhos devagar, estava ofegante, mas ela tentou controlar sua respiração. Ethan manteve sua mão sobre o braço dela, oferecendo uma presença constante e tranquilizadora enquanto continuava dirigindo pela estrada escura, determinado a mantê-la segura e confortada.Daphine não disse nada, apenas olhou pela janela, tentando se acalmar com a paisagem que passava rapidamente. Ela sabia que precisava se afastar de tudo e encontrar respostas para o que estava acontecendo consigo mesma. Estava assustada com aquele pesadelo e não queria imaginar que ela seria capaz de uma atrocidade daquela.Finalmente, quando o carro
Quando os primeiros raios de sol começaram a penetrar pelas cortinas do quarto, Daphine despertou lentamente, sendo acolhida por um delicioso cheiro de bacon que invadia suas narinas. Ela se espreguiçou na cama, sentindo o conforto do colchão macio. Após uma noite de sono tranquila, Daphine acordou com uma sensação de renovação e vigor. Pegou seu celular na mesinha de cabeceira e viu que eram sete horas.— Nossa, que cheiro bom — murmurou para si mesma, sorrindo.Ela rapidamente se levantou, cruzando o quarto em direção à mala que havia deixado ao pé da cama na noite anterior. Ao abrir a mala, Daphine pegou uma muda de roupas frescas e um nécessaire com seus itens de higiene pessoal.— Melhor me apressar, não quero perder o café da manhã — pensou em voz alta, enquanto corria para o banheiro.No banheiro, Daphine ligou o chuveiro e deixou a água morna correr por alguns segundos antes de entrar. Enquanto a água caía sobre ela, lavando as preocupações dos últimos dias, seus pensamentos s
Enquanto ela estava perdida em seus pensamentos, Alexander se aproximou e tocou suavemente em seu ombro, perguntando com uma voz calma:— Como está se sentindo? Notou alguma diferença em seu corpo?Daphine, surpresa pelas perguntas, exibiu uma expressão de confusão que Alexander imediatamente percebeu. Ele repetiu, com mais suavidade:— Pela expressão em seu rosto, parece que o Ethan não lhe contou o que aconteceu, não foi?Um pouco hesitante, Daphine respondeu:— Desculpe. Aconteceu muita coisa, e não me sinto confortável conversando sobre isso com vocês.Alexander, mantendo seu ar sério, permitiu que um pequeno sorriso escapasse de seus lábios e comentou:— Direta nas palavras, assim como o Ethan falou.Daphine, sentindo-se um pouco mais à vontade, retribuiu o sorriso, ainda que de forma tímida, ela olhou diretamente para Alexander e, com um tom de preocupação misturado à curiosidade, perguntou:— O que o Ethan deveria ter me contado?Alexander não respondeu de imediato. Em vez diss
Ethan deu um leve sorriso, planejando algumas perguntas, mas foi interrompido pelo toque do telefone. Ele olhou para o aparelho e disse:— É a Carla.Nesse instante, Daphine pareceu lembrar de algo e perguntou:— Onde está meu celular? Por que eu não lembro de tê-lo perdido?Ethan tocou no rosto dela, e perguntou:— Você não vai falar com a Carla? Ela está preocupada com você.Daphine pegou o aparelho das mãos de Ethan e atendeu a chamada, dizendo:— Oi Carla! Eu estou bem. Sei que você deve estar preocupada comigo, mas o Ethan me encontrou e cuidou de mim.Do outro lado da linha, a voz de Carla ainda soava preocupada:— Quando sair da universidade, passo na sua casa.A conversa entre elas não durou muito. Logo, as duas se despediram e Daphine voltou toda sua atenção para Ethan.— Me conte o que aconteceu comigo. Por que eu surtei?Ethan pareceu desconfortável com a pergunta. Sabia perfeitamente o que havia acontecido, mas não sabia como dizer aquilo para ela. Escolhendo bem as palavra
Naquele entardecer, enquanto Daphine estudava os primeiros pergaminhos com Theo, a atmosfera na sala era carregada de tensão. Daphine, visivelmente frustrada, interrompeu finalmente o silêncio:— Para, Theo! Vamos parar por aqui. Tudo isso é muito bizarro.Theo, mantendo uma seriedade evidente em seu rosto, foi direto ao ponto.— Daphine, eu não sou como o Ethan. Se eu fosse seu namorado, eu lhe contaria tudo. Não lhe deixaria no escuro como ele fez.Ele fez uma pausa, caminhando pelo local sem tirar os olhos dela, e continuou:— Aprender sobre os licantropos é fundamental, porque é isso que somos. Mesmo que você não queira aceitar, é isso que você é.Daphine, abruptamente, levantou-se, largando os pergaminhos que estavam em suas mãos. Seu rosto mostrava uma mistura de confusão e aborrecimento.— Isso é apenas um mito. Eu aceitei vir aqui para relaxar, não para ficar ainda mais confusa. Disse ela aborrecida.Theo se encostou na mesa de madeira, mantendo os olhos nela, observando-a min
Esse segundo de hesitação de Daphine foi tudo o que Theo precisava. Ele disparou a pistola tranquilizadora, a agulha atingindo-a no flanco.Ela soltou um rosnado, tentando resistir ao efeito do tranquilizante. Aos poucos, porém, seus movimentos ficaram mais lentos, até que finalmente ela caiu no chão, adormecida. Ethan, ainda segurando seu braço ferido, observava a cena com uma mistura de esperança e temor.Ethan, ainda ofegante e com dor, tentou se levantar, segurando o braço ferido. Theo baixou a pistola tranquilizadora e correu para ajudar o irmão ferido, enquanto Duck se ajoelhava ao lado de Daphine, preocupado.— Ela vai ficar bem — Theo disse, tentando tranquilizar o irmão mais novo. — O tranquilizante é forte o suficiente para mantê-la adormecida por algumas horas.Ethan olhou para Daphine, a dor e a preocupação evidentes em seus olhos.— Sinto muito, Daphine. — sussurrou, sabendo que, apesar da situação, o caminho à frente seria ainda mais complicado e desafiador.Alexander se
Enquanto todos estavam à mesa desfrutando de um jantar em família, no porão, Daphine voltou à sua forma humana. O ambiente sombrio e frio do porão contrastava com o calor e a luz do andar de cima. Ao abrir os olhos, a lembrança do que havia acontecido voltou à sua mente como um turbilhão. Ela sentiu uma angústia indecifrável e desejou fugir dali, mas se deparou com a jaula de ferro que a mantinha presa.Com medo e sentindo o desespero crescer dentro dela, Daphine olhou ao redor, seus olhos percorrendo o porão. Notou suas roupas dobradas cuidadosamente em cima de uma cama pequena, um gesto que indicava um cuidado por parte de alguém. Rapidamente, ela se vestiu, cada movimento carregado de urgência e pavor. Os sons do jantar no andar de cima ecoavam fracamente, um lembrete distante de normalidade.Assim que se vestiu, Daphine ouviu passos se aproximando. O som das botas ressoando no chão de pedra a fez se sentar na cama, seus pensamentos confusos e caóticos. A porta do porão se abriu le
Daphine, naquele momento, sentindo-se profundamente conectada a esse ritual ancestral, ergueu a cabeça e uivou com os outros. Seu uivo, embora novo e incerto, carregava uma emoção intensa, uma aceitação de sua nova identidade e um reconhecimento de seu lugar na alcateia. Ela podia sentir a energia vibrante da lua cheia, a força e a liberdade que vinham com sua nova forma. Quando os uivos diminuíram, a floresta parecia mais viva do que nunca. O vento sussurrava entre as árvores, como se estivesse, se sintonizado com a energia da alcateia. Os lobos mantiveram suas posições por alguns segundos, respirando o ar fresco e absorvendo a serenidade da noite.Alexander, o alfa, olhou para Daphine, seus olhos amarelados refletindo orgulho e aceitação. Ele se aproximou dela, tocando seu focinho com o dela em um gesto de aprovação e carinho. Os outros lobos também se aproximaram, formando um círculo ao redor dela, mostrando que agora, ela era parte integral da família.Daphine sentia uma onda de e