Quando estava quase amanhecendo, aquele grupo de amigos voltou para casa, exaustos e preocupados. Apesar de não terem notícias de Daphine, eles sabiam que precisavam descansar um pouco para continuar as buscas com mais energia. Ethan, sentindo a necessidade de compartilhar o que havia acontecido, imediatamente ligou para seu irmão. Ele contou detalhadamente os eventos da noite, explicando a situação de Daphine e a preocupação crescente que todos sentiam.Bruce estava visivelmente aborrecido com a atitude irresponsável de seu irmão e expressou sua frustração:— Eu falei para você ficar próximo, cuidar dela, não dormir com ela.Ele parecia cada vez mais irritado, mas continuou a falar, sua voz carregada de preocupação:— A essa hora, ela já deve ter voltado à forma humana e não sabemos como a cabeça dela está. Precisa encontrá-la. Use seus sentidos para localizá-la, estou indo para seu flat com alguns remédios, talvez a Daphine precise.Ethan, absorvendo os conselhos de seu irmão, saiu
Quando Bruce entrou no apartamento de Daphine, ele carregava uma maleta. Ao ver o semblante preocupado de seu irmão, perguntou:— Como ela está?Ethan, visivelmente abalado, respondeu:— Péssima, olha só para ela. Quando cheguei aqui, Daphine estava desmaiada no banheiro, mal conseguia respirar. Agora há pouco, ela vomitou o quarto inteiro e desmaiou novamente. Por favor, irmão, me diz o que está acontecendo com ela.Bruce colocou a mão no ombro de Ethan e disse:— Venha comigo.Eles caminharam até o balcão da cozinha, onde Bruce colocou a maleta e a abriu. Ele preparou uma seringa com um líquido azul e, caminhando de volta até Daphine, explicou para Ethan:— Isso vai mantê-la estável. E algumas horas mais tarde quando acordar, vai recordar o que aconteceu, porém, isso será lentamente.Bruce injetou o líquido diretamente na veia de Daphine. Assim que terminou, ela deu um suspiro lento e continuou dormindo. Então, ele começou a explicar:— A Daphine é uma de nós, porém, no sangue dela
Ethan deu um leve sorriso, planejando algumas perguntas, mas foi interrompido pelo toque do telefone. Ele olhou para o aparelho e disse:— É a Carla.Nesse instante, Daphine pareceu lembrar de algo e perguntou:— Onde está meu celular? Por que eu não lembro de tê-lo perdido?Ethan tocou no rosto dela, e perguntou:— Você não vai falar com a Carla? Ela está preocupada com você.Daphine pegou o aparelho das mãos de Ethan e atendeu a chamada, dizendo:— Oi Carla! Eu estou bem. Sei que você deve estar preocupada comigo, mas o Ethan me encontrou e cuidou de mim.Do outro lado da linha, a voz de Carla ainda soava preocupada:— Quando sair da universidade, passo na sua casa.A conversa entre elas não durou muito. Logo, as duas se despediram e Daphine voltou toda sua atenção para Ethan.— Me conte o que aconteceu comigo. Por que eu surtei?Ethan pareceu desconfortável com a pergunta. Sabia perfeitamente o que havia acontecido, mas não sabia como dizer aquilo para ela. Escolhendo bem as palavr
Ethan, preocupado, esticou a mão e tocou gentilmente o braço dela, tentando acalmá-la sem acordá-la bruscamente. Ele sussurrou suavemente, tentando guiá-la para fora daquele estado perturbador:— Daphine, está tudo bem. Estou aqui com você.Daphine não respondeu de imediato, mas aos poucos, seu corpo começou a relaxar ao toque reconfortante de Ethan e à sua voz calma. Ela abriu os olhos devagar, estava ofegante, mas ela tentou controlar sua respiração. Ethan manteve sua mão sobre o braço dela, oferecendo uma presença constante e tranquilizadora enquanto continuava dirigindo pela estrada escura, determinado a mantê-la segura e confortada.Daphine não disse nada, apenas olhou pela janela, tentando se acalmar com a paisagem que passava rapidamente. Ela sabia que precisava se afastar de tudo e encontrar respostas para o que estava acontecendo consigo mesma. Estava assustada com aquele pesadelo e não queria imaginar que ela seria capaz de uma atrocidade daquela.Finalmente, quando o carro
Quando os primeiros raios de sol começaram a penetrar pelas cortinas do quarto, Daphine despertou lentamente, sendo acolhida por um delicioso cheiro de bacon que invadia suas narinas. Ela se espreguiçou na cama, sentindo o conforto do colchão macio. Após uma noite de sono tranquila, Daphine acordou com uma sensação de renovação e vigor. Pegou seu celular na mesinha de cabeceira e viu que eram sete horas.— Nossa, que cheiro bom — murmurou para si mesma, sorrindo.Ela rapidamente se levantou, cruzando o quarto em direção à mala que havia deixado ao pé da cama na noite anterior. Ao abrir a mala, Daphine pegou uma muda de roupas frescas e um nécessaire com seus itens de higiene pessoal.— Melhor me apressar, não quero perder o café da manhã — pensou em voz alta, enquanto corria para o banheiro.No banheiro, Daphine ligou o chuveiro e deixou a água morna correr por alguns segundos antes de entrar. Enquanto a água caía sobre ela, lavando as preocupações dos últimos dias, seus pensamentos s
Enquanto ela estava perdida em seus pensamentos, Alexander se aproximou e tocou suavemente em seu ombro, perguntando com uma voz calma:— Como está se sentindo? Notou alguma diferença em seu corpo?Daphine, surpresa pelas perguntas, exibiu uma expressão de confusão que Alexander imediatamente percebeu. Ele repetiu, com mais suavidade:— Pela expressão em seu rosto, parece que o Ethan não lhe contou o que aconteceu, não foi?Um pouco hesitante, Daphine respondeu:— Desculpe. Aconteceu muita coisa, e não me sinto confortável conversando sobre isso com vocês.Alexander, mantendo seu ar sério, permitiu que um pequeno sorriso escapasse de seus lábios e comentou:— Direta nas palavras, assim como o Ethan falou.Daphine, sentindo-se um pouco mais à vontade, retribuiu o sorriso, ainda que de forma tímida, ela olhou diretamente para Alexander e, com um tom de preocupação misturado à curiosidade, perguntou:— O que o Ethan deveria ter me contado?Alexander não respondeu de imediato. Em vez diss
Ethan deu um leve sorriso, planejando algumas perguntas, mas foi interrompido pelo toque do telefone. Ele olhou para o aparelho e disse:— É a Carla.Nesse instante, Daphine pareceu lembrar de algo e perguntou:— Onde está meu celular? Por que eu não lembro de tê-lo perdido?Ethan tocou no rosto dela, e perguntou:— Você não vai falar com a Carla? Ela está preocupada com você.Daphine pegou o aparelho das mãos de Ethan e atendeu a chamada, dizendo:— Oi Carla! Eu estou bem. Sei que você deve estar preocupada comigo, mas o Ethan me encontrou e cuidou de mim.Do outro lado da linha, a voz de Carla ainda soava preocupada:— Quando sair da universidade, passo na sua casa.A conversa entre elas não durou muito. Logo, as duas se despediram e Daphine voltou toda sua atenção para Ethan.— Me conte o que aconteceu comigo. Por que eu surtei?Ethan pareceu desconfortável com a pergunta. Sabia perfeitamente o que havia acontecido, mas não sabia como dizer aquilo para ela. Escolhendo bem as palavra
Naquele entardecer, enquanto Daphine estudava os primeiros pergaminhos com Theo, a atmosfera na sala era carregada de tensão. Daphine, visivelmente frustrada, interrompeu finalmente o silêncio:— Para, Theo! Vamos parar por aqui. Tudo isso é muito bizarro.Theo, mantendo uma seriedade evidente em seu rosto, foi direto ao ponto.— Daphine, eu não sou como o Ethan. Se eu fosse seu namorado, eu lhe contaria tudo. Não lhe deixaria no escuro como ele fez.Ele fez uma pausa, caminhando pelo local sem tirar os olhos dela, e continuou:— Aprender sobre os licantropos é fundamental, porque é isso que somos. Mesmo que você não queira aceitar, é isso que você é.Daphine, abruptamente, levantou-se, largando os pergaminhos que estavam em suas mãos. Seu rosto mostrava uma mistura de confusão e aborrecimento.— Isso é apenas um mito. Eu aceitei vir aqui para relaxar, não para ficar ainda mais confusa. Disse ela aborrecida.Theo se encostou na mesa de madeira, mantendo os olhos nela, observando-a min