— Ele precisou encontrar um amigo, mas já está voltando. Me solta? — ele não estava me machucando, mas eu não queria ficar perto dele.
— Você não faz o tipo dele. — isso eu já sabia, ele não precisava jogar na minha cara — Gabriel é só um monte de merda. Você merece alguém melhor do que ele.Eu realmente não entendia onde ele queria chegar. Eu observava cada músculo do pescoço dele enquanto ele falava. Por que eu estava fascinada naquilo?— Me solta. — ele riu.— Você quer que eu te solte? — será que ele é surdo?— Se eu estou te pedindo. — eu fiquei nervosa, geralmente as pessoas não me deixavam nervosa.Sua mão me soltou devagar e eu suspirei aliviada. Acho que Gabriel não ia gostar nada se me visse com ele aqui.— Obrigada,GABRIELEu não conseguia me levantar. Minha respiração era fraca e eu só conseguia pensar nela. Meu peito doía tanto que eu não sabia se iria aguentar. Eles haviam a levado de mim e me jogado para fora do bar. Eu merecia ter sido apagado por todos aqueles caras. Eu chutei ela. Droga! Eu não tinha visto que ela estava na minha frente. Minha cabeça girava enquanto eu estava deitado no chão perto da porta de saída. Ela ainda estava lá e eu precisava dela.—Angel! Por favor!Angel! — eu usava toda a minha força para tentar gritar por ela.A porta se abriu e eu tentei me levantar, mas não consegui.Angel estava ali. No colo de Dustin. Filho da mãe! Será que ela estava desmaiada? Ela é minha. Eu preciso dela.—Angel! Por favor, fale alguma coisa.Angel! — ela levantou a cabeça e quando
— Você é um babaca,Gabriel. Ela não quer te ver. Entre logo no carro, eu quero tirar essas porcarias de sapatos. Meus pés estão me matando.Eu não acreditava que ela não queria me ver. Nunca me perdoaria por hoje. Eu precisava vê-la.— Se você ousar tocar em mim, eu juro que me mando do carro. – eu disse enquanto me levantava. Tudo doía.— Você costumava ser mais carinhoso comigo. Pra falar a verdade, você adorava os meus carinhos. – ela se moveu até mim tentando me ajudar.— Eu sei andar sozinho até o banco. – eu caminhei com dificuldade até a porta, tentando não parecer dolorido.Tris se sentou do meu lado e não disse nada.— Eu não estou na minha casa. Estou numa fazenda. – ela me olhou confusa e eu continuei. Assim que a dei o endereço, ela o colocou no GPS.&
Acenei para Judi e caminhei atéAngel. Ela estava sentada no píer enquanto jogava as rações no lago. Ela não disse nada. Me sentei ao seu lado e peguei um pouco da ração no balde.— Belo dia para se alimentar patos. — eu disse olhando para frente.Angel continuou calada. Virei meu olhar pra ela e percebi uma lágrima escorrendo sobre seu rosto — O que foi, meu anjo? Está doendo algo?— Não é nada. — eu sabia que não. Eu sabia que ela estava chateada.— Quer falar comigo? — eu coloquei minha mão sobre a sua.Angel apenas negou com a cabeça — Quando estiver pronta, estarei aqui. — ela assentiu e continuou jogando a ração no lago.ANGELSabe quando tudo em volta não faz mais sentido? Quando tudo parece sumir? Ver Judi, fez isso. Eu a amava desde
— E como ela... — eu a interrompi antes que ele dissesse algo.— Fale logo o que veio fazer aqui. — eu disse me segurando para não voar em cima dele.— Calma, cara. Vim devolver seu celular,Angel. Você esqueceu no meu carro aquela noite. — ele piscou pra ela e o ódio subiu em minha cabeça.— Oh! Eu pensei que tinha perdido no bar. — ela disse feliz pegando o aparelho na sua mão.— Que bom que guardei pra você, meu anjo. — "meu anjo", idiota. Ela é meu anjo.— Que bom. Agora pode ir embora. — eu disse segurando a cintura deAngel junto a mim.Ele olhou minha mão no seu corpo e balançou a cabeça.—Gabriel,Gabriel. Não vá ferrar a vida da menina. Ela é uma perfeição. Sabe que não vai achar outra assim. — eu não gostava dele falando
ANGELPassar a noite inteira acordada por causa deGabriel já estava ficando frequente e a noite passada não foi diferente. Eu tinha ido embora sem falar nada com ele. A dor que estava no meu peito quando percebi que ele nunca seria meu, foi forte demais pra ficar ali ao lado dele.Gabriel estava tão possessivo quando Dustin chegou, que eu fiquei um pouco assustada. Por que ele estava fazendo isso? Ele não me queria. Eu não era um de seus objetos.A voz que eu conhecia estava inundando minha mente e chegava cada vez mais perto. Por que diabos eu estava escutando a voz de Dustin me chamando?— Meu anjo? — eu o vi entrar no meu quarto e fiquei assustada. — Desculpa entrar assim, eu chamei por muito tempo e a porta estava aberta. — eu respirei aliviada em saber que meu pai não estava aqui. Ele havia ido para algum tipo de seminário e ficaria fora por alguns dias.&mda
— Me deixa entrar, eu não dou a mínima se o pastor vai me tirar daqui a tiros. Falando nisso, cadê seu pai? — ele se aproximou da sacada e gritou ainda mais alto. — Pastorde Oliveira, eu estou louco pela sua filha.Minhas pernas começaram a se mexer, eu mal percebi que estava abrindo a porta da frente de casa. Ele estava lá, com um olhar acabado. Seus braços estavam encostados em seu tronco e seus pés estavam inquietos. Ele estava bêbado.—Angel, você veio. Me desculpe pela porta, é que você me deixou muito puto. — ele caminhou se aproximando de mim e eu pude sentir o cheiro forte de bebida.Eu não disse nada.Gabriel deu mais dois passos e se atirou no chão. Ele estava tão bêbado que não conseguia ficar sob seus pés.— Droga de escadas, droga de pés. — ele disse quase inaudível.
Nossas bocas foram separadas e eu resmunguei por tê-la tão longe.Angel olhava para baixo parecendo envergonhada. Ela não gostou do beijo?— O que foi,Angel? — perguntei.— Nada. Você quer comer alguma coisa?Ela ficou tão estranha. O que estaria acontecendo? Eu daria qualquer coisa para saber o que ela estava pensando. Balancei minha cabeça concordando com a sua pergunta. Estava faminto e tudo queAngel cozinha me dá água na boca.— Vamos lá pra baixo. —Angel segurou minha mão e um choque percorreu todo o meu corpo.Sua pequena mãozinha me arrastou até a cozinha. Eu me sentei enquanto a observava fazer panquecas, o cheiro estava delicioso.— Seu pai não chega hoje? — diz que não, por favor!— Não. — YES! — Acho que daqui a dois dias. Ele me ligou ontem e disse que e
ANGELO bar não era o mesmo daquela vez, mas era muito parecido. É claro que ele não me levaria naquele lugar novamente, depois de todo o acontecido.Gabriel irradiava felicidade. Eu olhava para o seu rosto e seus olhos brilhavam como eu nunca tinha visto antes. Sua mão direita agarrou a minha mão e ele começou a me puxar para o lado de algumas mesas. Não estava tão cheio, mas as pessoas ao nosso redor pareciam amigáveis. A música que tocava era um rock antigo e não tinha um palco com pessoas tocando e cantando, era apenas a música. Tinha algumas três ou quatro pessoas dançando timidamente no meio do bar onde não haviam mesas.Gabriel continuou me puxando para o fundo do lugar, eu não disse nada. Estava curiosa com o que ele tinha pra mim esta noite, mas fiquei calada.— Você não vai perguntar nada? — ele disse,