Nossas bocas foram separadas e eu resmunguei por tê-la tão longe. Angel olhava para baixo parecendo envergonhada. Ela não gostou do beijo?
— O que foi, Angel? — perguntei.— Nada. Você quer comer alguma coisa?Ela ficou tão estranha. O que estaria acontecendo? Eu daria qualquer coisa para saber o que ela estava pensando. Balancei minha cabeça concordando com a sua pergunta. Estava faminto e tudo que Angel cozinha me dá água na boca.— Vamos lá pra baixo. — Angel segurou minha mão e um choque percorreu todo o meu corpo.Sua pequena mãozinha me arrastou até a cozinha. Eu me sentei enquanto a observava fazer panquecas, o cheiro estava delicioso.— Seu pai não chega hoje? — diz que não, por favor!— Não. — YES! — Acho que daqui a dois dias. Ele me ligou ontem e disse que eANGELO bar não era o mesmo daquela vez, mas era muito parecido. É claro que ele não me levaria naquele lugar novamente, depois de todo o acontecido.Gabriel irradiava felicidade. Eu olhava para o seu rosto e seus olhos brilhavam como eu nunca tinha visto antes. Sua mão direita agarrou a minha mão e ele começou a me puxar para o lado de algumas mesas. Não estava tão cheio, mas as pessoas ao nosso redor pareciam amigáveis. A música que tocava era um rock antigo e não tinha um palco com pessoas tocando e cantando, era apenas a música. Tinha algumas três ou quatro pessoas dançando timidamente no meio do bar onde não haviam mesas.Gabriel continuou me puxando para o fundo do lugar, eu não disse nada. Estava curiosa com o que ele tinha pra mim esta noite, mas fiquei calada.— Você não vai perguntar nada? — ele disse,
Seus olhos não paravam de fazer o caminho sobre o meu corpo e o sorriso bobo no rosto do meu homem me fez sorrir também, ele parecia estar tão feliz.— Ainda não consigo acreditar que você está aqui comigo, eu sonhei tanto com isso. —Gabriel dizia olhando para a minha boca. — E essa sua boca é tão perfeita, parece ser desenhada.Eu não conseguia dizer nada, a única certeza que eu tinha era de que eu estava totalmente certa com a minha decisão. Eu queria sentirGabriel. Preciso. Preciso estar com ele, muito mais do que antes. Estávamos totalmente sem roupas e eu gostava do que estava vendo, era muito melhor do que eu podia ter imaginado.Gabriel com cuidado se ajeitou por cima de mim e segurou o meu rosto com suas mãos. Acho que o medo estava transparecendo em meu rosto, porque ele parecia tentar me acalmar.— Eu prometo que não vou m
— Está me ouvindo? Você é um criminoso! Se aparecer novamente eu ligo para a delegacia da capital e eles te buscam na mesma hora! Você irá terminar tudo comAngel, tudo! Deixe um bilhete falando que não quer mais vê-la e que está indo embora para o lugar que você pertence. Entregue hoje a José e ele me entregará. Vá embora antes que eu mude de ideia e ligue para o delegado.O homem mal terminou de falar e se virou fechando a porta. O barulho da porta se batendo e logo depois o silêncio fez minha cabeça desmoronar. Subi na moto sem ao menos pensar o que estava fazendo e pilotei sem saber para onde estava indo. Cada palavra daquele carrasco ecoava em minha mente, martelando coisas cruéis. Eu nunca senti o que estava sentindo agora. Meu peito queimava e ardia. Era como se eu estivesse sendo apunhalado. Eu preciso dela, preciso deAngel!
— Ora, minha filha. — ele dava risadas envergonhadas — Eu sei bem disso, mas quis dizer que quero apresentá-los. E pelo que Joane estava me dizendo,César irá começar a faculdade semana que vem. Você pode ajudá-lo!Dei um sorriso sem graça e me virei indo me sentar no banco novamente. Eu sabia muito bem o que meu pai estava fazendo e eu não queria participar disso. Passei direto pelo banco e decidi não me sentar, eu iria esperá-lo lá fora bem longe disso tudo. Pouco depois o garoto apareceu.— Me desculpe por tudo aquilo. Meus pais te acham uma menina maravilhosa. Todos os dias depois do culto eu só escuto falar de você lá em casa. —César tinha uma voz tranquila, mas parecia um bobão.— Não acho que vão falar bem de mim depois de agora.— Também acho que não. — ele riu,
— O que você está fazendo? — eu disse, tentando ajustar meus olhos a claridade.— Hoje é nosso último dia de férias! Vamos nadar no lago. Estou com o carro do meu pai, trouxe comida pra gente fazer piquenique lá. Anda,Angel! O dia está lindo.Não sei como ele estava tão animado assim logo cedo, mas por algum motivo eu estava um pouco empolgada em sair de casa. Ele me esperou lá embaixo e eu me arrumei depressa. O caminho até chegarmos a fazenda não foi nem um pouco falante. Não falamos nada. Era apenas nossas respirações e a música chata que tocava no carro. O dia estava realmente lindo e muito quente. Lembrei da última vez que nadei no lago comGabriel. Nos divertimos tanto. Segurei a vontade de chorar o máximo que consegui. Quando vi Judi ela correu para me abraçar e me encheu de perguntas. Disse que eu estava ma
— Desgraçada! Eu sei que você quer.Enquanto ele me puxava eu só conseguia gritar. Quando comecei a querer desistir e chorar, a porta se abriu e um cara apareceu. Ele viu o que estava acontecendo e correu para cima do homem que me segurava. Sua mão bateu em cheio o rosto do nojento e ele me soltou.— Que porra é essa, Hills? — ele gritou, enquanto chutava as costas do grandalhão.— Ela queria! Não fiz nada sem a vontade dela!O quê?Eu comecei a chorar assustada e só queria que oGabriel estivesse ali para me abraçar.— Eu quero oGabriel. Por favor, me leve até ele!Entre os soluços e o choro consegui dizer e o garoto que me salvou arregalou os olhos me encarando.— Você é aAngel?XXXDepois que eu disse que eraAngel, Lewis me levou
César riu, balançando a cabeça.— Só vou se você for comigo para conversar com o Carl.— Então sinto muito, mas você vai ficar sem falar com Marcus.César parecia estar assistindo algum show de piadas porque pelos seus risos ele estava escutando algo muito engraçado.— Meu Deus! Meu Deus! Minha santa protetora das meninas bonitas, mas tímidas! Eles estão vindo pra cá! Eles tão vindo...— Oi,de Oliveira.A voz de Carl era forte, combinava com seus músculos. Ele era o quarterback do time de futebol da universidade e era venerado por todas as garotas. Menos por mim, eu só acho que ele não passa de um babaca atrás de garotas.— Oi. — respondi.No mesmo instante, Marcus puxou Lana para o lado e ela saiu dando alguns risinhos bobos. Vi quando John se aproximou deCésar e achei aqui
ANGELCésar estava batendo na minha porta há horas. Eu não queria atendê-lo, na verdade eu não queria ver ninguém. A única pessoa que eu suportaria ver agora, não me quer mais, na verdade eu nem sei se já me quis algum dia. Simples. Pretendo ficar sozinha neste quarto até que eu acorde desse pesadelo terrível. Quando Lana me deixou em casa ontem à noite, eu não estava raciocinando. Papai percebeu que eu não estava nada bem e Lana disse que eu estava com uma virose, ele ficou bastante preocupado e nos seguiu até o quarto. Eu estava em choque, não conseguia dizer uma palavra. Como isso podia acontecer comigo?Gabriel foi embora, mas deixou um pedacinho dele em mim.Não dormi a noite toda, mal me mexi. O que seria de mim agora? Como vou ter essa criança? Papai vai me expulsar de casa quando souber da verdade. Como isso pôde a