Cris
— Ainda não sei. Pode pegar aquela fita para mim? — peço e ele se afasta para pegar o objeto.
— Doutor Ávila, tem uma mensagem no seu celular. — Uma enfermeira avisa atrás de mim.
— Pode ver quem é, Lauren?
— É a doutora Reinhold. — Franzo o cenho, estranhando essa sua mensagem, a final, Jenny sabe que estou no meio de um parto.
— Pode abrir e me dizer o que ela escreveu?
— Claro, diz apenas que precisa falar com o Senhor. — Apenas assinto e tento me concentrar no que realmente tenho que fazer.
— Ok, avise que retornarei assim que terminar aqui — peço e assim que termino de falar, escuto o único som que faz o meu coração bater mais forte: o choro estridente do bebê. — Calma, garotão, o tio já está acabando! — cantarolo, o embalando com len&cce
CrisEu nunca senti tanto medo de perder alguém com senti agora. Nunca fiquei tão inseguro em relação a uma mulher com ela me fez sentir. Então posso dizer que o que eu sinto por ela é bem maior e bem mais forte também. Engulo em seco quando percebo que o que acabei de sentir aqui não se compara em nada com a dor do meu passado.Estou apaixonado por você, Pequeno Desastre!— Temos que dar um fim para isso, Cris. — Ela diz baixinho, se afastando dos meus braços.O que? Como assim?Volto a engolir em seco.— Da um fim em que? — pergunto por que preciso ter certeza do que ela realmente está falando. Vejo uma lágrima inundarem os seus olhos e em seguida escorrer pelas suas bochechas.— Isso. — Ela diz apontando de mim para ela.Começo a sufocar.— Por quê? O que que
Cris— Nem mesmo pela Bianca. Jenny, eu estou apaixonado por você! — resolvo me declarar e o contrário do que esperava, ela começa a chorar outra vez.Porra de mulher Tempestuosa!— Você está me dizendo que...— Estou dizendo que quero ficar com você. Que eu te amo e que não quero terminar nada entre nós. Estou dizendo que só a sua amizade não me interessa, Jennifer Reinhold. — Inesperadamente ela se joga nos meus braços e me beija, interrompendo a minha declaração. Ávido, a puxo para o meu colo, fazendo-a sentar-se de frente para mim e aprofundo o nosso beijo, segurando firme nos seus cabelos. — Meu Deus, isso é um sim? — pergunto, forçando-me a parar o nosso beijo.— Sim. — Jenny abre um sorriso largo, que morre logo em seguida. — Mas, como vamos fazer isso?&mdash
Cris— Claro que não, ficou maluca? — retruco. Contudo, ela ainda está me encarando, só que com o queixo erguido e o nariz empinado.A mulher está armada e preparada para um ataque. Penso com uma respiração alta.— Por que é tão difícil entender que estou apaixonado por você? — inquiro. — Jenny, eu me declarei pra você na noite passada, quer parar de fazer tempestade? Eu tenho pouco tempo para explicar tudo antes de irmos para o hospital. — Ela bufa, se desarmando.Isso, boa menina!— Ok, então fala.— Eu te contei sobre o baile e sobre o quanto minha irmã faz questão da minha presença. Eu só que eu não quero ir sozinho. Não é pelo fato de te expor, é uma questão de força mesmo. Eu preciso de você lá comigo.—
JennySabe aquela sensação de frio na barriga e borboletas voando no estômago? O meu coração palpitando de nervoso e drogas, as minhas mãos suadas e trêmulas? É isso, eu estou uma pilha de nervos, porque nesse exato momento o Cris e eu estamos dentro de um avião e falta pouco menos de uma hora para aterrissarmos em solo brasileiro.Eu vou conhecer a família. Ai, isso me dá um desespero! Solto mais uma respiração pela boca só e pensar nisso, e na sequência sinto um beijo seu na minha bochecha. Fito os olhos negros que estão o tempo todo atentos a cada gesto meu e ele sorri, acariciando o meu rosto.— Se continuar assim, você vai ter uma síncope. — Ele ralha com humor e eu me forço a abrir um meio sorriso.— É que... não é todo dia que uma recém namorada conhece a família
Jenny— Mãe, pai, Vick e Alice, eu quero que conheçam a Jennifer Reinhold. Ela é a minha namorada. — Ele diz, fazendo as minhas bochechas queimarem no mesmo instante.Minha namorada... o final dessa frase me faz parar de respirar.— Ah Cris, ela é linda! — A sua mãe diz se aproximando. — Prazer, eu me chamo Isabelly. Isa para os íntimos, ou Belly. Como você preferir. — Ela sorrir e antes que consiga dizer qualquer coisa, me puxa para um abraço apertado e carinhoso. — Esse é Daniel, meu marido e o pai do Cris. — Ela aponta para o homem ao seu lado e eu fito o seu rosto um tanto sério.— É um prazer, Jennifer! — Daniel me estende a sua mão e eu a seguro com um aperto firme. — E essas são as minhas irmãs, Jenny. A Victoria e a Alice. Elas são os meus tesouros. —
Jenny— Viu, agora curte essa população. — Victória cantarola se afastando em seguida.— Hum! — Dou de ombros e começo a andar pelo cômodo, no meio das pessoas e de repente sinto uma vontade louca de rir, mas não sei de que. Até que esbarro em duas loiras. Elas me encaram e sorrir para mim.— Oi! Eu sou Amanda e essa é a Lilian.— Oh!— Somos as tias do Cristopher.— Ah!— Olá, tias lindas, o que acharam da minha garota? — Cris se aproxima.— Sua garota? — Amanda pergunta e ela parece... espantada.— Tia Lilian e tia Amanda, essa é Jennifer Reinhold a minha namorada.— Oh! Olha isso! — as mulheres fazer uma festa e sinceramente eu nem sei o porquê.— É um prazer conhecê-las! — digo estendendo a minha mão, que elas
Jenny...— Mãe, viu o meu vestido de seda perolado? — Ashley grita do alto das escadas.— Acabei de pôr em cima da sua cama, querida.— Mas não está lá, mamãe. — Ela rebate irritada. Contudo, estou encolhida em um canto apertado entre o corredor e as escadas que levam para o terceiro andar da casa. Papai não está em casa. Como sempre ele está viajando a negócios e quer dizer que dessa vez não tenho ninguém pra me salvar. Em minhas mãos tem os pedaços do tal vestido perolado e uma tesoura e as lágrimas correm quentes pelo meu rosto. Depois de toda a humilhação que a minha meia irmã me fez passar horas antes diante de alguns amigos da família, fiquei com tanta raiva que resolvi me vingar.— Oh, mãe? — Ashley grita outra vez
Jenny— Jenny, meu amor, bom dia! — Cris fala um tanto animado, levantando-se da sua cadeira para vir ao meu encontro. A sua atitude atrai os olhares dos outros para mim. Entretanto, ele me abraça e eu me esqueço completamente de todo o meu constrangimento. — Você dormiu bem? — pergunta antes de nos aproximarmos da mesa. Assinto meio sem graça.— Bom dia e sim, eu dormi bem. — Consigo dizer.— Vem, você deve estar faminta. — Ele diz e isso me faz lembrar que eu não jantei na noite passada. Então sim, estou tão faminta que devoraria um boi se tivesse um na mesa.Droga, Jenny, tenha classe pelo menos uma vez na vida! Me repreendo. Desperto quando Cris segura na minha mão e cruza os nossos dedos. Só então caminhamos para a mesa.— Bom dia, Jenny! — Isabelly fala e os outros falam na sequência.