Jenny
— Jenny, meu amor, bom dia! — Cris fala um tanto animado, levantando-se da sua cadeira para vir ao meu encontro. A sua atitude atrai os olhares dos outros para mim. Entretanto, ele me abraça e eu me esqueço completamente de todo o meu constrangimento. — Você dormiu bem? — pergunta antes de nos aproximarmos da mesa. Assinto meio sem graça.
— Bom dia e sim, eu dormi bem. — Consigo dizer.
— Vem, você deve estar faminta. — Ele diz e isso me faz lembrar que eu não jantei na noite passada. Então sim, estou tão faminta que devoraria um boi se tivesse um na mesa.
Droga, Jenny, tenha classe pelo menos uma vez na vida! Me repreendo. Desperto quando Cris segura na minha mão e cruza os nossos dedos. Só então caminhamos para a mesa.
— Bom dia, Jenny! — Isabelly fala e os outros falam na sequência.
Jenny— Eu poderia ficar te olhando assim o dia inteiro, sabia?Não sei o que dizer, então apenas puxo mais uma respiração.A mão começa a deslizar pelo meu corpo até alcançar os meus cabelos e a outra me cola ao seu corpo. Levo as minhas mãos para o seu peitoral e eu posso sentir a firmeza bem na palma da minha mão.— Minha linda Tempestade. — Cris sussurra, chegando cada vez mais perto da minha boca, tocando os seus lábios nos meus com extrema suavidade.Um beijo calmo acontece.Finalmente! Minha consciência grita e sinto que estou amolecendo nos seus braços. Automaticamente seguro nos seus ombros e solto um gemido baixo, porém, gostoso. Cris aprofunda o nosso beijo e por incrível que pareça ele consegue colar ainda mais os nossos corpos. O beijo calmo fica mais exigente. O meigo se torna faminto e a sua lí
CrisNo dia do baile...Olho-me no espelho de corpo inteiro e percebo que não falta nada. Est5á tudo exatamente onde devia estar. Respiro fundo e penso que está na hora de enfrentar o meu passado. Portanto, saio do quarto e assim que piso no corredor olho na direção do quarto de hóspedes. Me pergunto se Jenny já está pronta. Ela não me mostrou o vestido que escolheu para essa noite. Disse que seria surpresa.Sorrio, mas de ansiedade e logo alcanço o topo da escadaria.Observo o ambiente todo decorado com peônias brancas e azuis, as flores preferidas de Alice e começo a descer os degraus. Contudo, os meus olhos passeiam ávidos pela multidão de convidados a procura da mulher dos meus desejos, mas não a vejo em lugar nenhum.— Cris? — Mamãe me chama assim que chego ao piso inferior.— Você viu a Jenny?
Cris— Oh! — Jenny parece surpresa e claro que os seus olhos puxados estão bem abertos agora. Ela balbucia e depois sorrir.— Eu... também te amo! — Ela diz e tudo, exatamente tudo fica parado ao meu redor.Ela disse que me ama. Porra, é a primeira vez que ela diz isso pra mim. Sorrio. Ávido, me inclino para tomar a sua boca com um beijo delicado, porém sensual e devo dizer até possessivo, pois quero que ela saiba o quanto amei saber que me ama. No meio da música, sinto alguém bater levemente no meu ombro e sou obrigado a interromper o nosso beijo.— Desculpe, querido, mas precisamos de você. Está na hora das fotos. — Mamãe diz me deixando frustrado.— Tudo bem, mãe, eu já estou indo.— Não, pode ir, Cris. — Jenny se antecipa.— Você vem comigo.— É claro
Cris— E quando eu cheguei em casa, o Thiago estava lá. Os meus pais estavam sorridentes, eles... estavam felizes. O Thiago conversou com os meus pais, havia feito um pedido formal. Eu não podia...— Dizer que não. — Abro mais um riso debochado. Bianca dá mais um passo para perto de mim.— Cris, estamos nos separando. — Ela diz. — O nosso casamento não anda bem. Na verdade, nunca esteve bem. Eu te amo Cris, ele sabe disso. Ele sempre soube.— Vocês são dois loucos e se merecem. Se terminou de falar, eu tenho um baile e uma namorada me esperando lá fora. — Faço menção de sair do escritório quando ela diz algo que me tira o chão.— Você tem um filho. Nós temos um filho.Por um instante fico sem ação.Do que essa maluca está falando agora?—
Cris— Ela não está lá dentro. Sinto muito.Puxo a respiração.Agora estou em pânico!— Obrigado, Laura! — Saio apressado no meio da multidão, atravesso o salão e vou direto para a saída.— Cris, aonde você vai? — Meu pai pergunta vindo atrás de mim.— Vou procurar a Jenny.— Por que acha que ela está lá fora? — O encaro do lado de fora da casa.— É uma história complicada, pai. Eu sei que ela não está bem e preciso encontrá-la.— Tem certeza de que ela não está lá dentro?— Eu tenho. — Ele assente.— Eu vou com você.— Não precisa. O senhor tem que ajudar a mamãe com o baile....— O baile está caminhando por si só e o meu filho
Cris— Você não me deseja, não como eu te desejo.Rio por dentro.Ela está falando de... sexo? Que garota maluca! Caralho, como chegamos até aqui?Em um momento de vacilo seu me aproximo e a puxo para os meus braços. Ela luta, bate com força no meu peito e chora. Depois vai se acalmando e me puxa pela camisa contra o seu corpo. Deixo que ela chore por algum tempo, enquanto beijo os seus cabelos.Isso é tão louco! Estamos abraçados no meio de uma tempestade, quase de madrugada e me pergunto quem em sã consciência faria uma coisa dessas?— Eu te quero muito, minha pequena! — sussurro aspirando seu cheiro. — Eu te amo muito! Você não tem noção do tamanho do meu desejo por você, minha Tempestade. Acredite, às vezes parece que eu vou explodir por dentro de tanto que te desejo. &md
Jenny...Hoje é meu aniversário, estou fazendo vinte anos e daqui a duas semanas iniciarei na faculdade. Provavelmente papai já está em casa. Ele nunca falta nesse dia tão especial para mim. Portanto, salto para fora da cama e corro para o banheiro para tomar um banho demorado. Quero estar linda para quando o encontrar. Devo dizer que quando ele está em casa a minha vida ganha um pouco de tranquilidade. É quando Rachel precisa encenar o seu papel de boa mãe e a Ashley o de boa irmã. Saio do banheiro mais animada, porém, ao retornar para o quarto paro abruptamente, encontrando a minha meia irmã sentada confortavelmente na minha cama.— O que você está fazendo aqui? — rosno, mas ela sorrir.— O papai já chegou. — Ela avisa, saindo da cama. Contudo, percebo o brilho malévolo de sempre n
JennyEu não consigo. Não consigo ser o que ele quer que eu seja. Penso. Entretanto, sou surpreendida por braços fortes que me envolvem por trás e o seu calor me abraça imediatamente.— Oh, querida me desculpe! — Sua voz calma demais me acalenta. — Eu só precisei ir pegar um pouco d’agua — explica baixinho. — O que está acontecendo com você Jenny? Por que não conversa comigo?— É que... eu sou uma pessoa má, Cris — digo com um lamento.— Por que está dizendo isso?— Porque... é o que sou.— Jenny...— Eu o matei, Cris. Matei o meu próprio pai!— Por que está falando isso, meu amor?O desespero comprime o meu peito e sinto que estou me afogando na minha própria dor. Eu preciso contar isso para alguém, preciso colocar para fora.