Cris
— Claro que não, ficou maluca? — retruco. Contudo, ela ainda está me encarando, só que com o queixo erguido e o nariz empinado.
A mulher está armada e preparada para um ataque. Penso com uma respiração alta.
— Por que é tão difícil entender que estou apaixonado por você? — inquiro. — Jenny, eu me declarei pra você na noite passada, quer parar de fazer tempestade? Eu tenho pouco tempo para explicar tudo antes de irmos para o hospital. — Ela bufa, se desarmando.
Isso, boa menina!
— Ok, então fala.
— Eu te contei sobre o baile e sobre o quanto minha irmã faz questão da minha presença. Eu só que eu não quero ir sozinho. Não é pelo fato de te expor, é uma questão de força mesmo. Eu preciso de você lá comigo.
—
JennySabe aquela sensação de frio na barriga e borboletas voando no estômago? O meu coração palpitando de nervoso e drogas, as minhas mãos suadas e trêmulas? É isso, eu estou uma pilha de nervos, porque nesse exato momento o Cris e eu estamos dentro de um avião e falta pouco menos de uma hora para aterrissarmos em solo brasileiro.Eu vou conhecer a família. Ai, isso me dá um desespero! Solto mais uma respiração pela boca só e pensar nisso, e na sequência sinto um beijo seu na minha bochecha. Fito os olhos negros que estão o tempo todo atentos a cada gesto meu e ele sorri, acariciando o meu rosto.— Se continuar assim, você vai ter uma síncope. — Ele ralha com humor e eu me forço a abrir um meio sorriso.— É que... não é todo dia que uma recém namorada conhece a família
Jenny— Mãe, pai, Vick e Alice, eu quero que conheçam a Jennifer Reinhold. Ela é a minha namorada. — Ele diz, fazendo as minhas bochechas queimarem no mesmo instante.Minha namorada... o final dessa frase me faz parar de respirar.— Ah Cris, ela é linda! — A sua mãe diz se aproximando. — Prazer, eu me chamo Isabelly. Isa para os íntimos, ou Belly. Como você preferir. — Ela sorrir e antes que consiga dizer qualquer coisa, me puxa para um abraço apertado e carinhoso. — Esse é Daniel, meu marido e o pai do Cris. — Ela aponta para o homem ao seu lado e eu fito o seu rosto um tanto sério.— É um prazer, Jennifer! — Daniel me estende a sua mão e eu a seguro com um aperto firme. — E essas são as minhas irmãs, Jenny. A Victoria e a Alice. Elas são os meus tesouros. —
Jenny— Viu, agora curte essa população. — Victória cantarola se afastando em seguida.— Hum! — Dou de ombros e começo a andar pelo cômodo, no meio das pessoas e de repente sinto uma vontade louca de rir, mas não sei de que. Até que esbarro em duas loiras. Elas me encaram e sorrir para mim.— Oi! Eu sou Amanda e essa é a Lilian.— Oh!— Somos as tias do Cristopher.— Ah!— Olá, tias lindas, o que acharam da minha garota? — Cris se aproxima.— Sua garota? — Amanda pergunta e ela parece... espantada.— Tia Lilian e tia Amanda, essa é Jennifer Reinhold a minha namorada.— Oh! Olha isso! — as mulheres fazer uma festa e sinceramente eu nem sei o porquê.— É um prazer conhecê-las! — digo estendendo a minha mão, que elas
Jenny...— Mãe, viu o meu vestido de seda perolado? — Ashley grita do alto das escadas.— Acabei de pôr em cima da sua cama, querida.— Mas não está lá, mamãe. — Ela rebate irritada. Contudo, estou encolhida em um canto apertado entre o corredor e as escadas que levam para o terceiro andar da casa. Papai não está em casa. Como sempre ele está viajando a negócios e quer dizer que dessa vez não tenho ninguém pra me salvar. Em minhas mãos tem os pedaços do tal vestido perolado e uma tesoura e as lágrimas correm quentes pelo meu rosto. Depois de toda a humilhação que a minha meia irmã me fez passar horas antes diante de alguns amigos da família, fiquei com tanta raiva que resolvi me vingar.— Oh, mãe? — Ashley grita outra vez
Jenny— Jenny, meu amor, bom dia! — Cris fala um tanto animado, levantando-se da sua cadeira para vir ao meu encontro. A sua atitude atrai os olhares dos outros para mim. Entretanto, ele me abraça e eu me esqueço completamente de todo o meu constrangimento. — Você dormiu bem? — pergunta antes de nos aproximarmos da mesa. Assinto meio sem graça.— Bom dia e sim, eu dormi bem. — Consigo dizer.— Vem, você deve estar faminta. — Ele diz e isso me faz lembrar que eu não jantei na noite passada. Então sim, estou tão faminta que devoraria um boi se tivesse um na mesa.Droga, Jenny, tenha classe pelo menos uma vez na vida! Me repreendo. Desperto quando Cris segura na minha mão e cruza os nossos dedos. Só então caminhamos para a mesa.— Bom dia, Jenny! — Isabelly fala e os outros falam na sequência.
Jenny— Eu poderia ficar te olhando assim o dia inteiro, sabia?Não sei o que dizer, então apenas puxo mais uma respiração.A mão começa a deslizar pelo meu corpo até alcançar os meus cabelos e a outra me cola ao seu corpo. Levo as minhas mãos para o seu peitoral e eu posso sentir a firmeza bem na palma da minha mão.— Minha linda Tempestade. — Cris sussurra, chegando cada vez mais perto da minha boca, tocando os seus lábios nos meus com extrema suavidade.Um beijo calmo acontece.Finalmente! Minha consciência grita e sinto que estou amolecendo nos seus braços. Automaticamente seguro nos seus ombros e solto um gemido baixo, porém, gostoso. Cris aprofunda o nosso beijo e por incrível que pareça ele consegue colar ainda mais os nossos corpos. O beijo calmo fica mais exigente. O meigo se torna faminto e a sua lí
CrisNo dia do baile...Olho-me no espelho de corpo inteiro e percebo que não falta nada. Est5á tudo exatamente onde devia estar. Respiro fundo e penso que está na hora de enfrentar o meu passado. Portanto, saio do quarto e assim que piso no corredor olho na direção do quarto de hóspedes. Me pergunto se Jenny já está pronta. Ela não me mostrou o vestido que escolheu para essa noite. Disse que seria surpresa.Sorrio, mas de ansiedade e logo alcanço o topo da escadaria.Observo o ambiente todo decorado com peônias brancas e azuis, as flores preferidas de Alice e começo a descer os degraus. Contudo, os meus olhos passeiam ávidos pela multidão de convidados a procura da mulher dos meus desejos, mas não a vejo em lugar nenhum.— Cris? — Mamãe me chama assim que chego ao piso inferior.— Você viu a Jenny?
Cris— Oh! — Jenny parece surpresa e claro que os seus olhos puxados estão bem abertos agora. Ela balbucia e depois sorrir.— Eu... também te amo! — Ela diz e tudo, exatamente tudo fica parado ao meu redor.Ela disse que me ama. Porra, é a primeira vez que ela diz isso pra mim. Sorrio. Ávido, me inclino para tomar a sua boca com um beijo delicado, porém sensual e devo dizer até possessivo, pois quero que ela saiba o quanto amei saber que me ama. No meio da música, sinto alguém bater levemente no meu ombro e sou obrigado a interromper o nosso beijo.— Desculpe, querido, mas precisamos de você. Está na hora das fotos. — Mamãe diz me deixando frustrado.— Tudo bem, mãe, eu já estou indo.— Não, pode ir, Cris. — Jenny se antecipa.— Você vem comigo.— É claro