O relógio alemão da parede marcava três horas e trinta da manhã. Não consegui pregar o olho nem por um segundo. Vesti o roupão de seda por cima da camisola quase transparente e abri a varanda, acendendo o cigarro preso entre os lábios.Conferi o horário no relógio da cômoda pelo menos cinco vezes em pouquíssimo tempo, a angústia me dominava.A suíte presidencial parecia maior com aquele vazio. Não achei que seria possível sentir tanto a falta de Leonard mesmo sem nunca ter dormido com ele.Meu cenho franziu automaticamente em confusão quando ele entrou pela porta e começou a desabotoar o paletó, o jogando em cima da cama. Leonard me olhou rapidamente e sumiu para o banheiro, sem dizer uma única palavra.Ele demorou um tempão, tinha desistido de esperá-lo, quando, a porta se abriu novamente e o loiro saiu com os cabelos molhados e somente uma toalha enrolada na cintura.— Achei que ficaria em outro quarto. — Quebrei o silêncio, tentando manter meus olhos focados em seu rosto. Não tive
— Ai, meu Deus! — Deixei escapar entre um gemido e outro. Ele subiu o olhar perverso na minha direção e sorriu, depois, sacana como era, me lambeu com mais lentidão, esfregando sua língua na minha boceta. Eu não devia chamar por Deus enquanto naquele momento, mas céus, isso era tão bom! Quando parou de me chupar, Leonard subiu beijando todo o meu corpo. Apertou meus peitos com as duas mãos e abocanhou um deles com fúria; chupou e enfiou o máximo que podia para dentro da boca, me marcando com seus dentes. Nem mesmo meus mamilos duros e arrepiados foram poupados das suas mordidas. Ele agarrou minha nuca e puxou meus cabelos, me erguendo na cama. Me sentei na beirada e Leonard saiu dela, parando de pé na minha frente. Ele não precisou dizer uma só palavra. Seu olhar intercalando entre meu rosto e o seu pau, deixou subentendido. Não sabia como fazer aquilo, então deixei meus instintos me guiarem. Segurei seu pau com uma das mãos e aproximei a boca, fechando os olhos. — Olha p
Astryd Anghel. Capítulo cinco. Os raios solares estavam fortes naquela manhã, frustrando os meus planos de terminar de ler o meu livro no banco de madeira em frente ao lago. Okay... Devo admitir que não foi somente pelo sol. A presença de Izevel era incômoda, ainda que não estivesse na sua forma humana. Seus olhos amarelos e raivosos estavam fixos em mim, ela não fez questão de disfarçar a sua presença no galho daquela árvore. Suspirei e me levantei, voltando para o castelo, mas o carro da polícia parado em frente à porta de entrada do hall fez meu coração acelerar. Por que a polícia está aqui? Diminuí meus passos quando o detetive Paul saiu de dentro do escritório com Leonard ao seu lado. — Bom dia, senhorita Anghel. — Cumprimentou Paul. — Bom dia, detetive. Posso ajudar? — Indaguei, tentando disfarçar a insegurança na minha voz. — Na verdade, acho que sim, senhorita. Estou investigando o desaparecimento de Seth Dimitri. Ele foi visto pela última vez no Clube Devi
Romênia. 1920. Astryd entrou no bar acompanhada de seu noivo, Seth Dimitri, encantada com o ambiente que a cercava. Seu vestido longo e branco, cheio de franjas e um decote elegante - que parecia exagerado pelos seios fartos - quase escondiam a inocência, que os olhos esverdeados transbordavam. As luvas longas da cor do vestido e a tiara de joias na cabeça, entregavam a riqueza herdada por gerações.A garota de cabelos negros seguiu seu noivo até uma das mesas do bar para assistir ao show da cantora da noite, a sensual e devassa, Eleanor. Sua apresentação era acompanhada por uma banda com alguns músicos, mesmo que ela fosse a atração - e o prato principal - da maioria dos demônios e almas condenadas do bar.Eu sabia que Astryd não frequentava bares como aquele.Daemonum não era um ambiente adequado para jovens garotas da alta sociedade, principalmente as noivas, que tinham um futuro afortunado pela frente. Sua reputação intacta era quase tão preciosa quanto as joias que usava.Tive m
— Então... — Pigarreou, limpando a garganta. — Que tipo de negócios você faz com o meu noivo? — a garota tentou quebrar o clima que surgiu em meio ao silêncio quase erótico. Pude notar que fingia interesse na resposta.— Apenas contratos e coisas entediantes de homens. Você não quer realmente saber sobre isso, não é?! — Disse sincero e ela concordou, rindo.— Tem razão, não me importo. — Levou a taça até a boca, bebericando o seu martini. O olhar de Astryd não desgrudou do meu.— Você é realmente um duque? — Insistiu.— É como diz o título, não é? — respondi com indiferença e peguei uma das taças que o garçon colocou na nossa frente.Astryd deu outra risadinha, parecia desconfiada.— Qual é o seu castelo então, duque? — desafiou.— Castelo de Bran. Gostaria de conhecê-lo, Anghel? — Ofertei com segundas intenções. Talvez terceiras, quartas...— Talvez um dia. — deu de ombros, levando a taça até a boca sem tirar os olhos esverdeados dos meus. — Você é casado? — Perguntou de repente, exi
Notei seu choque quando nosso olhar se cruzou. Não precisei invadir sua mente para saber que ele se perguntava o que eu fazia ao lado de sua noiva e claro, se havia contado para ela que o vi trepar com a cantora entre as cortinas.— Olha quem resolveu aparecer. — Astryd disse sem muita empolgação quando Seth se aproximou da mesa. Então ele intercalou o olhar desconfiado entre a garota e eu. — O duque me fez companhia na sua ausência.— Muito gentil da sua parte. — Ele respondeu com incômodo aparente e cerrou os dentes, evitando o meu olhar.O mais irónico é que Seth não costumava evitar o meu olhar quando visitava o meu castelo e participava das orgias com Izevel e Keimon. Via a luxúria transbordá-lo, constantemente aguardando que eu me juntasse também.— Darei um baile no meu castelo e adoraria a sua presença, senhorita Anghel. — disse para a garota, segurando a mão de Astryd para me despedir.— No seu castelo? — Repetiu empolgada. O brilho de excitação tilintando em seu olhar. — Ser
Capítulo dois.Astryd Anghel. O caminho de volta para a mansão da minha família fora silencioso. Me perdi em pensamentos, relembrando da conversa com o estranho misterioso. Bem, não tão estranho e misterioso assim. O Duque era conhecido entre a elite Romena, mesmo que eu nunca o tivesse encontrado pessoalmente. Pouco se sabia sobre sua vida pessoal, mas sua fortuna e influência eram tão comentados quanto sua beleza de tirar o fôlego. Os cabelos claríssimos, ondulados e levemente bagunçados, mais os olhos cinzas com pigmentos em vermelho, tinham seu charme, mas, o que roubava a atenção de fato, era sua forma excêntrica e elegante de se vestir, junto à sua pose arrogante e o ar de superioridade, como se soubesse todos os segredos da humanidade e que, de alguma forma, era superior a todos nós.Seth estacionou o carro na frente da mansão e desligou o motor, virando-se na minha direção.— O que conversava com o duque? — sondou, tentando ocultar sua insegurança, mas não teve sucesso com is
Assustadoramente, mamãe começou a engasgar e gargalhar ao mesmo tempo. Eu prendi o fôlego. Não podia ter uma crise tola de pânico agora, tinha que ajudá-la. Corri na direção da mamãe e toquei em seus ombros, tentando trazê-la para o sofá. Não fora fácil, ela tropeçava em seus próprios pés.— Mamãe, o que houve? — A coloquei sentada na poltrona mais próxima, me abaixando em sua frente. — Alguém machucou você? — ela gargalhou mais alto e assentiu, balançando a cabeça sem parar. — Q-uem? Quem fez isso com você? — limpei a garganta e perguntei assustada.— A mesma que fará com você. — respondeu sombria. Eu me arrepiei inteira e meus músculos tensionaram. Aquilo soou como uma ameaça. Para o meu desespero, ela começou a chorar copiosamente logo após, sem parar de jorrar sangue pela boca, mas não havia nenhuma ferida. Aquilo não fazia sentido. O que estava acontecendo com ela?— Fique aqui, está bem? Vou chamar o médico. — Avisei, me levantando depressa e correndo para fora do cômodo.Escorr