CAPÍTULO 47 — Porquê está ligando a esse horário, Alicia? — Vicente perguntou ao atender. — Ai, Vi... é que passei na sua casa no início da noite, e a sua mãe não estava bem. Pensei em te ligar, porquê nem ela e nem seu pai queriam te falar sobre isso. — Nossa, mas o que aconteceu, Alicia? — Anelise ouviu essa frase, quando sentou na cama e ficou atenta para ouvir o restante, não estava acreditando. — Adoeceu, você deveria voltar imediatamente! — Mas, assim? De um dia para o outro ficou doente, adoeceu? Não está mentindo, está? — Anelise soltou o ar, dando uma leve apertada nos lençóis. “Ele seria capaz de deixá-la outra vez para ir atrás de Alicia?“ Pensou enquanto ouvia apenas a voz de Vicente. — Não, Vi! Porquê eu faria isso? Sabe muito bem como gosto da sua mãe. A sua irmã Paola, acredito que não virá por enquanto, então só tem você. — Você tem razão, vou voltar para Curitiba! Não se preocupe que vou cuidar disso, pessoalmente! — Anelise não quer
CAPÍTULO 48 Por mais preocupado que Vicente estava, ele tentou se tranquilizar, assim que voltou para o quarto, sentou naquela cama e ligou para sua mãe. — Filho? Como está? — ela disse ao atender. — Estou bem, só estou preocupado com você! — Aposto que Alicia já fez um alvoroço! Mas, estou bem, apenas com uma gripe forte, mas o médico já veio me ver! — Tem certeza? Alicia disse que estava bem doente... — Sim, querido! Como estão as coisas com a Ane? Conseguiram se entender? — Vicente engoliu seco, passou a mão entre os cabelos. — Está difícil, mãe! Quando eu penso que tudo irá se ajeitar, não se ajeita... até comprei um hotel aqui para investimento, enquanto conversamos. — Seu pai me contou, fiquei feliz! É tão bom te ver trabalhando tão bem, queria tanto que sua irmã Paola, fosse como você e... bom deixa pra lá. — Um dia ela vai, você vai ver! É apenas uma rebeldia passageira. — Tomara meu filho! — Vou te deixar descansar,
CAPÍTULO 49 — Eu não vou desfazer nada! — Vicente levantou do aparelho que estava empurrando, na academia. — Nós fizemos um acordo, aquele hotel já é meu, e não quero desfazer dele! — Anelise não estava tão longe, e como Vicente falou um pouco mais alto, ela ouviu, colocando a mão sobre a boca, tentando cobrir o seu espanto. “Então, foi isso mesmo... Vicente veio a trabalho!“ Pensou irritada. Na linha, Robson tentou negociar — Acredito que não tenha dado tempo de você investir nada, e o valor da multa será um lucro! Também tem o fato de que você nem deve ter regularizado os documentos ainda! — Vicente ficou furioso. — VOCÊ ACHA QUE ESTOU FAZENDO PAPEL DE IDIOTA? O NEGÓCIO JÁ ESTÁ FEITO, E NÃO QUE SEJA DA SUA CONTA, MAS A MINHA SECRETÁRIA JÁ RESOLVEU TUDO ISSO RELACIONADO A DOCUMENTAÇÃO! NÃO SOU UM COMPLETO IDIOTA QUE FAZ AS COISAS SEM PENSAR E DEPOIS DESISTE! — Gritou e foi andando em direção a porta do local, e Anelise não ousou sair de onde estava. — Será que o senhor poderia v
CAPÍTULO 50 Vicente foi para cima de Robson, mas Anelise também foi atrás e segurou no braço de Vicente. — Para com isso! O que está acontecendo, aqui? Quer arranjar problemas por causa de contratos? Você não precisa, disso! — Anelise falou mais firme, ultimamente tem mudado o seu temperamento. — Há cinco minutos, sim! Mas agora a história mudou de figura! Não vê que esse cara está dando em cima de você na minha cara? — Anelise arregalou os olhos e parou onde estava. Essa era a primeira vez que ela ouvia algo assim, vindo de Vicente, “ele está com ciúmes?“ Pensou Anelise boquiaberta, enquanto ele continuou: — De onde conhece ele? Ah! — bateu com a mão nas pernas, quando soltou o braço sobre o corpo. — É, claro! Já se conheciam, não é? — Robson se posicionou à frente. — Não, infelizmente eu não a conheci antes de você, mas podemos fazer isso, agora! — Robson disse olhando para Anelise e Vicente sentiu o seu sangue ferver, sem pensar, o grudou pelo colarinho e lhe deu uma joelhada
CAPÍTULO 51 — O seu carro foi encontrado! Precisa se dirigir até a delegacia! — o policial falou, e Vicente até se surpreendeu, passando a mão na sua barba rala. — Nossa! E, sabem me dizer em que estado o carro está? Ainda se encontra, inteiro? — ele perguntou. — É... — o policial continuava olhando para as coisas no chão. — Não sei como está por dentro, percebi que está sem pneus! Terá que chamar um guincho! — Certo, depois vejo isso! — Vicente queria terminar a conversa, agora era ele quem gostaria de poder se explicar e resolver as coisas com Anelise e tinha pressa. — O senhor precisa ir até lá, hoje mesmo! Não é assim que as coisas funcionam! — disse o policial. — Tá, está bem, está bem! Eu já estou indo! Agora os senhores já podem ir, ou tem mais algum assunto? — Vicente perguntou ansioso. — Está tudo bem por aqui? — um deles perguntou, olhando para Anelise, e Vicente também olhou. — Sim, tudo bem! — ela respondeu, e então sem mais assuntos,
CAPÍTULO 52 — Como assim, Vicente? — Anelise perguntou, estava com a voz mais baixa, quase falhou ao começar a perguntar. — Ane... — puxou as mãos de Anelise devagar. — Eu sei que ultimamente nós não estávamos nos melhores momentos, e a nossa relação estava difícil. Ontem quando estivemos juntos, percebi o quanto às coisas estavam erradas entre nós, e nem sexualmente, estávamos nos entendendo... você sempre fugindo de mim, e éramos praticamente amigos, mas... isso não é assim, foi apenas uma fase, podemos mudar isso. — Que fase, Vicente? Se a cada segundo do dia pensava no bem-estar de Alicia, me deixando se virar sozinha? — ele negou. — Alicia é alguém que me preocupa, apenas isso! Me perdoe se deixei a entender o contrário, e se sentiu tão mal a ponto de pensar que eu preferisse ela! Alicia me deixou Ane... você lembra muito bem como me encontrou, eu jamais a perdoaria como mulher e voltaria com ela, agora! Ela me magoou, e também tenho sentimentos por você!
CAPÍTULO 53 Chico se encostou em Anelise, então ela tentou esquecer esses assuntos e deitou no sofá para brincar com ele. — Já chegou, filha! Venha ver o que a sua mãe está fazendo para o jantar! — seu pai a cumprimentou sorrindo, e Anelise aspirou o cheiro tentando descobrir. — Pelo cheiro é mandioca com carne de porco! — Seu pai estava com um sorriso mais largo, esticando a mão para que Anelise levantasse do sofá. Anelise estava com bastante fome, logo avistou as mandiocas na travessa com salsinha e cebolinha e seus olhos brilharam. — Está gostando do trabalho novo, Ane? — sua mãe perguntou assim que ela lavou as mãos para sentar. — Sim, gosto de lá! Só estou muito cansada, vou tomar um banho e dormir cedo! — Bocejou. — Que bom! Vamos comer, senão vai esfriar! — após jantar com a família, Anelise tomou um banho e logo deitou na sua cama. — Vamos dormir, bebê... amanhã o dia começa cedo! — ela conversou acariciando a barriga e logo dormi
CAPÍTULO 54 — Esquece, amor! É melhor não pensarmos sobre isso, combinamos de passar por cima, não é? — Maria começou a cobrir Anelise quando ela deitou novamente as costas no colchão. — Me diz, mãe! O que o Theo te contou? — Anelise insistiu, Maria respirou fundo. — Que te pediria em casamento no seu aniversário de dezoito anos... — falou de uma vez o que estava guardado, tinha a voz baixa, não sabia se contar isso, era correto. Anelise puxou melhor a coberta a abraçando com força sobre si, deixando o seu olhar vago enquanto ainda chorava, não conseguiu fazer nenhuma pergunta. — Dorme meu amor... vou ficar aqui do seu lado, até que você durma. — Maria disse com a voz mansa, e Anelise sussurrou: — Obrigada... Maria acariciou os cabelos de Anelise por muito tempo, pois ela chorou por mais de uma hora, pensando em tudo o que aconteceu e tentando ligar os pontos, em vão. Por baixo da coberta colocou a mão sobre a barriga quando sentiu náuseas. Se