CAPÍTULO 49 — Eu não vou desfazer nada! — Vicente levantou do aparelho que estava empurrando, na academia. — Nós fizemos um acordo, aquele hotel já é meu, e não quero desfazer dele! — Anelise não estava tão longe, e como Vicente falou um pouco mais alto, ela ouviu, colocando a mão sobre a boca, tentando cobrir o seu espanto. “Então, foi isso mesmo... Vicente veio a trabalho!“ Pensou irritada. Na linha, Robson tentou negociar — Acredito que não tenha dado tempo de você investir nada, e o valor da multa será um lucro! Também tem o fato de que você nem deve ter regularizado os documentos ainda! — Vicente ficou furioso. — VOCÊ ACHA QUE ESTOU FAZENDO PAPEL DE IDIOTA? O NEGÓCIO JÁ ESTÁ FEITO, E NÃO QUE SEJA DA SUA CONTA, MAS A MINHA SECRETÁRIA JÁ RESOLVEU TUDO ISSO RELACIONADO A DOCUMENTAÇÃO! NÃO SOU UM COMPLETO IDIOTA QUE FAZ AS COISAS SEM PENSAR E DEPOIS DESISTE! — Gritou e foi andando em direção a porta do local, e Anelise não ousou sair de onde estava. — Será que o senhor poderia v
CAPÍTULO 50 Vicente foi para cima de Robson, mas Anelise também foi atrás e segurou no braço de Vicente. — Para com isso! O que está acontecendo, aqui? Quer arranjar problemas por causa de contratos? Você não precisa, disso! — Anelise falou mais firme, ultimamente tem mudado o seu temperamento. — Há cinco minutos, sim! Mas agora a história mudou de figura! Não vê que esse cara está dando em cima de você na minha cara? — Anelise arregalou os olhos e parou onde estava. Essa era a primeira vez que ela ouvia algo assim, vindo de Vicente, “ele está com ciúmes?“ Pensou Anelise boquiaberta, enquanto ele continuou: — De onde conhece ele? Ah! — bateu com a mão nas pernas, quando soltou o braço sobre o corpo. — É, claro! Já se conheciam, não é? — Robson se posicionou à frente. — Não, infelizmente eu não a conheci antes de você, mas podemos fazer isso, agora! — Robson disse olhando para Anelise e Vicente sentiu o seu sangue ferver, sem pensar, o grudou pelo colarinho e lhe deu uma joelhada
CAPÍTULO 51 — O seu carro foi encontrado! Precisa se dirigir até a delegacia! — o policial falou, e Vicente até se surpreendeu, passando a mão na sua barba rala. — Nossa! E, sabem me dizer em que estado o carro está? Ainda se encontra, inteiro? — ele perguntou. — É... — o policial continuava olhando para as coisas no chão. — Não sei como está por dentro, percebi que está sem pneus! Terá que chamar um guincho! — Certo, depois vejo isso! — Vicente queria terminar a conversa, agora era ele quem gostaria de poder se explicar e resolver as coisas com Anelise e tinha pressa. — O senhor precisa ir até lá, hoje mesmo! Não é assim que as coisas funcionam! — disse o policial. — Tá, está bem, está bem! Eu já estou indo! Agora os senhores já podem ir, ou tem mais algum assunto? — Vicente perguntou ansioso. — Está tudo bem por aqui? — um deles perguntou, olhando para Anelise, e Vicente também olhou. — Sim, tudo bem! — ela respondeu, e então sem mais assuntos,
CAPÍTULO 52 — Como assim, Vicente? — Anelise perguntou, estava com a voz mais baixa, quase falhou ao começar a perguntar. — Ane... — puxou as mãos de Anelise devagar. — Eu sei que ultimamente nós não estávamos nos melhores momentos, e a nossa relação estava difícil. Ontem quando estivemos juntos, percebi o quanto às coisas estavam erradas entre nós, e nem sexualmente, estávamos nos entendendo... você sempre fugindo de mim, e éramos praticamente amigos, mas... isso não é assim, foi apenas uma fase, podemos mudar isso. — Que fase, Vicente? Se a cada segundo do dia pensava no bem-estar de Alicia, me deixando se virar sozinha? — ele negou. — Alicia é alguém que me preocupa, apenas isso! Me perdoe se deixei a entender o contrário, e se sentiu tão mal a ponto de pensar que eu preferisse ela! Alicia me deixou Ane... você lembra muito bem como me encontrou, eu jamais a perdoaria como mulher e voltaria com ela, agora! Ela me magoou, e também tenho sentimentos por você!
CAPÍTULO 53 Chico se encostou em Anelise, então ela tentou esquecer esses assuntos e deitou no sofá para brincar com ele. — Já chegou, filha! Venha ver o que a sua mãe está fazendo para o jantar! — seu pai a cumprimentou sorrindo, e Anelise aspirou o cheiro tentando descobrir. — Pelo cheiro é mandioca com carne de porco! — Seu pai estava com um sorriso mais largo, esticando a mão para que Anelise levantasse do sofá. Anelise estava com bastante fome, logo avistou as mandiocas na travessa com salsinha e cebolinha e seus olhos brilharam. — Está gostando do trabalho novo, Ane? — sua mãe perguntou assim que ela lavou as mãos para sentar. — Sim, gosto de lá! Só estou muito cansada, vou tomar um banho e dormir cedo! — Bocejou. — Que bom! Vamos comer, senão vai esfriar! — após jantar com a família, Anelise tomou um banho e logo deitou na sua cama. — Vamos dormir, bebê... amanhã o dia começa cedo! — ela conversou acariciando a barriga e logo dormi
CAPÍTULO 54 — Esquece, amor! É melhor não pensarmos sobre isso, combinamos de passar por cima, não é? — Maria começou a cobrir Anelise quando ela deitou novamente as costas no colchão. — Me diz, mãe! O que o Theo te contou? — Anelise insistiu, Maria respirou fundo. — Que te pediria em casamento no seu aniversário de dezoito anos... — falou de uma vez o que estava guardado, tinha a voz baixa, não sabia se contar isso, era correto. Anelise puxou melhor a coberta a abraçando com força sobre si, deixando o seu olhar vago enquanto ainda chorava, não conseguiu fazer nenhuma pergunta. — Dorme meu amor... vou ficar aqui do seu lado, até que você durma. — Maria disse com a voz mansa, e Anelise sussurrou: — Obrigada... Maria acariciou os cabelos de Anelise por muito tempo, pois ela chorou por mais de uma hora, pensando em tudo o que aconteceu e tentando ligar os pontos, em vão. Por baixo da coberta colocou a mão sobre a barriga quando sentiu náuseas. Se
CAPÍTULO 55 — Passei por aqui ontem, então comprei umas coisas para tomarmos um café, será que acertei? — Vicente perguntou e sorriu ao olhar para Anelise que chegava a fechar os olhos ao sentir o vento gelado batendo na sua pele clarinha, a deixando levemente avermelhada. Passou as mãos na pele gelada dos braços. — Amo esse lugar, faz tempo que não venho até aqui, agora que voltei para a cidade, ainda não havia vindo! — ela contou enquanto sentia Vicente cobrindo o seu corpo com o seu casaco grande que estava no banco do carro. — Obrigada. — Combinou com você! — disse Vicente, sorrindo. Vicente a levou no parque do lago, que é localizado na região central de Guarapuava. Possuindo uma ampla área verde, é um ótimo lugar para atividades físicas ao ar livre, pois possui uma pista de Cooper que contorna o lago. Além disso, o local também conta com uma pista de skate, parquinho para as crianças e quadra para esportes. Vicente abriu o porta-malas e tirou algumas sacolas de lá. Ele con
CAPÍTULO 56 — Não! Eu já te falei que apenas a ajudo. É com você que quero casar, formar uma família, Ane! — Anelise estava sensível hoje, sentiu os olhos arderem, piscou mais vezes para não chorar. — Vem cá! — ele a trouxe para perto dele, e com cuidado a ajudou a se deitar no seu colo, pensou se talvez ele não merecesse saber que teria um filho, mas permaneceu calada, estava confusa. Anelise não pôde manter o seu olhar sobre ele, “não é possível que eu esteja tão sensível assim, não quero chorar”, pensou quando fechou os olhos, sentindo as mãos de Vicente a acariciando, passava no seu rosto e descia pelo seu cabelo. — Ane... — ele a chamou. — Oi. — Anelise abriu os olhos para ouvir. — Me desculpe se fiz tudo errado, não era isso que eu queria. A Alicia é alguém importante, sim... eu quero muito que ela se cure daquela doença maldita, mas que depois siga com a vida dela, porquê eu já tenho a minha e é com você! — olhou para a mão dele que tocava com cuidado to