CAPÍTULO 54 — Esquece, amor! É melhor não pensarmos sobre isso, combinamos de passar por cima, não é? — Maria começou a cobrir Anelise quando ela deitou novamente as costas no colchão. — Me diz, mãe! O que o Theo te contou? — Anelise insistiu, Maria respirou fundo. — Que te pediria em casamento no seu aniversário de dezoito anos... — falou de uma vez o que estava guardado, tinha a voz baixa, não sabia se contar isso, era correto. Anelise puxou melhor a coberta a abraçando com força sobre si, deixando o seu olhar vago enquanto ainda chorava, não conseguiu fazer nenhuma pergunta. — Dorme meu amor... vou ficar aqui do seu lado, até que você durma. — Maria disse com a voz mansa, e Anelise sussurrou: — Obrigada... Maria acariciou os cabelos de Anelise por muito tempo, pois ela chorou por mais de uma hora, pensando em tudo o que aconteceu e tentando ligar os pontos, em vão. Por baixo da coberta colocou a mão sobre a barriga quando sentiu náuseas. Se
CAPÍTULO 55 — Passei por aqui ontem, então comprei umas coisas para tomarmos um café, será que acertei? — Vicente perguntou e sorriu ao olhar para Anelise que chegava a fechar os olhos ao sentir o vento gelado batendo na sua pele clarinha, a deixando levemente avermelhada. Passou as mãos na pele gelada dos braços. — Amo esse lugar, faz tempo que não venho até aqui, agora que voltei para a cidade, ainda não havia vindo! — ela contou enquanto sentia Vicente cobrindo o seu corpo com o seu casaco grande que estava no banco do carro. — Obrigada. — Combinou com você! — disse Vicente, sorrindo. Vicente a levou no parque do lago, que é localizado na região central de Guarapuava. Possuindo uma ampla área verde, é um ótimo lugar para atividades físicas ao ar livre, pois possui uma pista de Cooper que contorna o lago. Além disso, o local também conta com uma pista de skate, parquinho para as crianças e quadra para esportes. Vicente abriu o porta-malas e tirou algumas sacolas de lá. Ele con
CAPÍTULO 56 — Não! Eu já te falei que apenas a ajudo. É com você que quero casar, formar uma família, Ane! — Anelise estava sensível hoje, sentiu os olhos arderem, piscou mais vezes para não chorar. — Vem cá! — ele a trouxe para perto dele, e com cuidado a ajudou a se deitar no seu colo, pensou se talvez ele não merecesse saber que teria um filho, mas permaneceu calada, estava confusa. Anelise não pôde manter o seu olhar sobre ele, “não é possível que eu esteja tão sensível assim, não quero chorar”, pensou quando fechou os olhos, sentindo as mãos de Vicente a acariciando, passava no seu rosto e descia pelo seu cabelo. — Ane... — ele a chamou. — Oi. — Anelise abriu os olhos para ouvir. — Me desculpe se fiz tudo errado, não era isso que eu queria. A Alicia é alguém importante, sim... eu quero muito que ela se cure daquela doença maldita, mas que depois siga com a vida dela, porquê eu já tenho a minha e é com você! — olhou para a mão dele que tocava com cuidado to
CAPÍTULO 57 Ele foi se aproximando, observava a boca dela e os olhos. Então, viu-a fechar os olhos delicadamente, o sinal verde que esperava para se satisfazer na boca dela. Anelise não recuou nem o impediu; ao contrário, cedeu no mesmo ritmo. Foi um momento incrível! Ela abriu a boca, dando passagem com a língua, e entrou em completo contato com ele. Vicente uniu melhor o corpo dela ao dele, sentiu algo caindo ao redor deles, mas nenhum dos dois ousou interromper o beijo para recolher o que quer que fosse. Ele sentiu as pequenas e delicadas mãos da Anelise nele, movendo-se pelo cabelo, ombros e braços. Houve algo diferente no toque dela. Ele sabia muito bem que ela não era como as várias pessoas com quem ele costumava se envolver; ela era meiga e doce. A capa que ela usava de vez em quando para atormentá-lo ao dizer que tudo havia terminado, só poderia ter algum motivo, pois ele ainda percebia o brilho de menina nela. Ela não era realmente assim; ele podia
CAPÍTULO 58 Anelise desceu, soltou os braços da camisa que estava parcialmente pendurada nela, e sentada na beira da cama foi até o pênis dele, que já estava duro. Começou a massagear, e os olhos dela voltaram para encará-lo com um sorriso malicioso. — Droga, Ane! Desse jeito eu vou pirar! — Mal acabou de falar, e ela estava com a boca lá.Sentiu a boca dela quente e olhos penetrantes envolvendo-o, movendo o membro com a mão, apertando a parte de baixo, acompanhando o ritmo da boca. Ela o agarrou pela cintura, colocando a boca completamente lá, indo até onde alcançava em seu membro, em movimentos rápidos, antes que ele enfartasse. Olhou para ele enquanto chupava, sabendo que ele pirava nisso. Ouvia-o urrar de excitação, segurando os seus cabelos e a cabeça, ajudando-a com os movimentos, até que ele mesmo a parou. — Aiii, gostosa! Puta que pariu! — Ele resmungou em tom mais alto, percebendo que não aguentaria. Puxou-a da cama, virou-a contra a parede, arranc
CAPÍTULO 59 — Vicente... — Anelise sussurrou nos braços dele quando conseguiu tomar coragem. — Preciso te contar uma coisa muito importante... — virou para ele quase sem respirar, decidiu que já era o momento de Vicente saber que teria um filho, seria justo..., mas demorou tanto, que se assustou ao olhar para ele, que já estava dormindo. — Oh! Você dormiu? E, agora? — então se calou, escorregou outra vez nos braços dele, e com a mão na barriga ela também acabou adormecendo. . Quando acordou novamente, Vicente já estava em pé, falava no celular com alguém, Anelise temeu estar novamente com o mesmo problema, “ele estaria falando com Alicia, outra vez? — se perguntou. A expressão de Vicente estava complexa, ele ouviu alguém falando na linha, e parecia nervoso demais ao responder: — Como ninguém percebeu essas coisas? Eu não posso sair daqui agora, na verdade, você pode me representar, vá até o nosso advogado e resolva a situação, também solicite uma nova auditoria,
CAPÍTULO 60 — Claro! Podemos ver em alguns dias! Mas sobre o que quer falar? — Vicente perguntou com o cenho franzido, mas logo continuou: — Bom... conversamos no carro. — Ele liberou a corretora e assim que ela foi embora ele encostou Anelise no veículo. — Podemos ver outras casas, “ou” podemos voltar naquele hotel e deixar as casas para amanhã! — passou o nariz no pescoço de Anelise, a fazendo arrepiar. — Não precisamos ter pressa, não é... — sentiu que o seu corpo queria mais de Vicente, se aproximou dele e levou as suas mãos na sua nuca, sentindo também a sua pele ser tocada por ele suavemente. — Amor, o que queria falar comigo? Acabei esquecendo... — ele lembrou e Anelise sorriu, pensando no melhor jeito para contar. — É, que... tem uma coisa que eu não disse, e... — o celular de Vicente tocou, ele ignorou. — Pode ser importante, não quer atender? — Não, acho que não... — puxou o celular e viu a foto do seu pai. — O que será que o meu pai, quer? — Atende, vai que é sobre
CAPÍTULO 61 Assim que Anelise entrou em casa, percebeu uma notificação no celular, mas como viu um número estranho, ignorou. Ela brincou um pouquinho com o Chico, tomou um banho, e então o seu celular tocou, mas ela não atendeu, então abriu a mensagem quando viu que se tratava do mesmo número: “Esse é o número de Anelise Cabral?“ Porém, ao ler, Anelise ignorou e não respondeu, achou um pouco estranho. Ao passar pela sala, aquela medalha parecia olhar para ela, chegou mais perto e dessa vez precisou tocar, tirou da parede e segurou na sua mão, apertando próximo do seu corpo. — Pare de olhar essa medalha! Theodoro morreu numa missão, não vai voltar! — Nayara falou firme, assustando Anelise que deu um pulo, parou até de respirar, sentiu o seu peito mais apertado, então abaixou a cabeça. — Não consigo... é mais forte do que eu... — Nayara respirou fundo, chegou mais perto. — Ane, não falo por mal, mas você não pode ficar a vida toda, assim! Precisa