CAPÍTULO 60 — Claro! Podemos ver em alguns dias! Mas sobre o que quer falar? — Vicente perguntou com o cenho franzido, mas logo continuou: — Bom... conversamos no carro. — Ele liberou a corretora e assim que ela foi embora ele encostou Anelise no veículo. — Podemos ver outras casas, “ou” podemos voltar naquele hotel e deixar as casas para amanhã! — passou o nariz no pescoço de Anelise, a fazendo arrepiar. — Não precisamos ter pressa, não é... — sentiu que o seu corpo queria mais de Vicente, se aproximou dele e levou as suas mãos na sua nuca, sentindo também a sua pele ser tocada por ele suavemente. — Amor, o que queria falar comigo? Acabei esquecendo... — ele lembrou e Anelise sorriu, pensando no melhor jeito para contar. — É, que... tem uma coisa que eu não disse, e... — o celular de Vicente tocou, ele ignorou. — Pode ser importante, não quer atender? — Não, acho que não... — puxou o celular e viu a foto do seu pai. — O que será que o meu pai, quer? — Atende, vai que é sobre
CAPÍTULO 61 Assim que Anelise entrou em casa, percebeu uma notificação no celular, mas como viu um número estranho, ignorou. Ela brincou um pouquinho com o Chico, tomou um banho, e então o seu celular tocou, mas ela não atendeu, então abriu a mensagem quando viu que se tratava do mesmo número: “Esse é o número de Anelise Cabral?“ Porém, ao ler, Anelise ignorou e não respondeu, achou um pouco estranho. Ao passar pela sala, aquela medalha parecia olhar para ela, chegou mais perto e dessa vez precisou tocar, tirou da parede e segurou na sua mão, apertando próximo do seu corpo. — Pare de olhar essa medalha! Theodoro morreu numa missão, não vai voltar! — Nayara falou firme, assustando Anelise que deu um pulo, parou até de respirar, sentiu o seu peito mais apertado, então abaixou a cabeça. — Não consigo... é mais forte do que eu... — Nayara respirou fundo, chegou mais perto. — Ane, não falo por mal, mas você não pode ficar a vida toda, assim! Precisa
CAPÍTULO 62 Alicia saiu e foi até o andar de baixo, onde encontrou Melissa, a sua informante lá dentro. — O que deu de errado, que voltou com essa cara? — Melissa questionou. — Vou precisar mudar todas as táticas, minha querida! Vicente mudou, não é tão tonto como antes. No dia em que você me avisou que a namoradinha dele estava subindo e apareci de sutiã deu certo, ele ainda estava na minha, mas agora não sei... vou precisar pegar mais pesado! — Pois é, te avisei assim que ele chegou, hoje... pensei que daria um jeito nisso! — Melissa moveu o mouse para não chamar tanta a atenção. — Não vejo a hora de deixar de ser pobre, esse setor de “Recursos humanos” é um tédio! — Alicia deu de ombros, “até parece que dividiria algum dinheiro que tirasse de Vicente com ela”... — — Preciso ir, vou investigar o que posso fazer! — Melissa lançou um sorriso desinteressado e acenou, assim como Alicia, que foi embora. . Vicente parou no corredor, antes de entr
CAPÍTULO 63 — Encontraram mais alguma coisa? Já estamos aqui há mais de três horas... — Vicente reclamou ao olhar no seu relógio. — Estou quase terminando o assunto da mulher que pediu que investigasse... só um minuto... — um dos homens disse, então Vicente levantou impaciente, não parava de olhar no relógio e bufar enquanto andava de um lado para outro. — Pode me mostrar o que tem, há algo útil aí? — Vicente perguntou. A secretária o observava em silêncio, enquanto analisavam o seu notebook. — Olha senhor... esses documentos não estão com o nome de casada dessa senhora. Ela se chama: Marisa Pereira Soares, e não apenas “Pereira”, mora atualmente em Guarapuava, é casada com um deputado, o senhor Pedro Soares, pesquisei um pouco mais e descobri que tem dois filhos, um deles é candidato a... — Prefeito. Se chama Robson Soares, infelizmente o conheço! Analise os documentos por favor! — Vicente bufou, tentando entender o que o branquelo de dentes tortos que
CAPÍTULO 64 Os pais de Anelise saíram logo cedo, Nayara foi trabalhar vendendo as flores da floricultura no terminal, então, Ane ficou sozinha. — É Chico... você é meu melhor companheiro, hoje! — ela falou para o gato e iria se deitar, porém o seu estômago estava ruim, e a tontura havia voltado, mas o remédio para esses sintomas haviam acabado. — Droga! Vou precisar ir até a farmácia, meu amigo... ainda bem que é perto, vou andando, quem sabe não melhoro... Anelise apenas encostou a porta e foi até a farmácia, pediu os seus remédios e então sentiu a sua bolsa caindo no chão, quando se abaixou estranhou a voz: — Nossa, você está com uma cara péssima, quase não te reconheci! — Anelise levantou a cabeça rapidamente, segurando a sua bolsa, sentindo a tontura a invadir, precisou se apoiar na prateleira para levantar. — Raissa? Não sabia que trabalhava, aqui... — Anelise falou quando viu que se tratava de uma colega antiga, uma das que a invejava na adolescência
CAPÍTULO 65 — Meu anjo... eu sabia que precisava me lembrar de algo, mas parecia que quanto mais eu tentava, pior ficava a minha cabeça, foi horrível! Não saber nem de onde eu vim, e agora ainda me dói, pois essa foi a segunda vez, na minha vida! — Theodoro falou e Anelise fez um beiço. — Eu entendo... — “ele não havia lembrado dela”. — Foquei em recuperar o meu corpo, fiquei afastado das forças armadas por dois anos. — Anelise arregalava os olhos a cada nova informação. — Precisei refazer o treinamento, então voltei a trabalhar, fazem alguns meses que eu estava servindo, até subiram a minha graduação para cabo, e agora estou como segundo general. Certo dia me lembrei do seu rosto, mas não consegui associar a nada, e era estranho pois também ouvia uma voz suave no meu ouvido uma época que fiquei acamado e parecia muito com você, mas acredito que alucinei... até a noite que outra bomba me acordou de madrugada, e mesmo em choque, eu me lembrei de você, me lembrei d
CAPÍTULO 66 Vicente estava acabado, com raiva passou no hotel, tirou as suas coisas que haviam ficado lá e desceu na área de reuniões. Sem olhar assinou os papéis que o Robson havia entregado para desfazer o acordo e rasgou os papéis que recebeu do advogado em Curitiba, não queria ter nenhum laço com eles, e queria esquecer Anelise. Furioso ele dirigiu por horas e voltou para Curitiba. Haviam coisas de Anelise pelo apartamento, ele pegou um saco grande e começou a recolher tudo, como não coube, ele colocou em outros, e então jogou no quarto de hóspedes, trancando a porta. Acessou um aplicativo e comprou muitas bebidas, não queria que mais ninguém visse a sua tristeza. . Na casa de Anelise foi um momento incrível, mágico. Theodoro contou com detalhes tudo que podia sobre o que passou em Israel, passaram horas conversando e comendo as guloseimas da Dona Maria. Sempre foi um sonho para esse casal que a filha “Anelise”, se casasse com Theodoro, embora
CAPÍTULO 67 Anelise foi saindo do hotel devagar. Pegou o celular procurando por uma mensagem, algo que explicasse o que Vicente queria, mas não tinha nada, haviam muitas chamadas perdidas de Théo já que agora ela o adicionou no WhatsApp, então acabou ligando para ele. — Meu anjo, onde está? Vim na sua casa e não consigo parar de comer, a sua mãe deve estar me achando magro, está me enchendo de comida! — Theodoro falou animado, mas Anelise deu um sorriso tão discreto que ele nem ao menos ouviu. — Ane, o que aconteceu? — Você pode vir me buscar? — Claro, agora mesmo! Onde você está? — No hotel aqui do centrinho... — Estou indo. — Theodoro nem perguntou mais nada, apenas avisou a Dona Maria e foi apressado até o hotel em que ela estava. Conhecia Anelise o suficiente para saber que havia algo errado. Quando chegou a abraçou e a levou até o carro. — Quer me contar ou quer um sorvete? — ela deu um leve sorriso. — Com certeza o sorvete! Você já f