CAPÍTULO 66 Vicente estava acabado, com raiva passou no hotel, tirou as suas coisas que haviam ficado lá e desceu na área de reuniões. Sem olhar assinou os papéis que o Robson havia entregado para desfazer o acordo e rasgou os papéis que recebeu do advogado em Curitiba, não queria ter nenhum laço com eles, e queria esquecer Anelise. Furioso ele dirigiu por horas e voltou para Curitiba. Haviam coisas de Anelise pelo apartamento, ele pegou um saco grande e começou a recolher tudo, como não coube, ele colocou em outros, e então jogou no quarto de hóspedes, trancando a porta. Acessou um aplicativo e comprou muitas bebidas, não queria que mais ninguém visse a sua tristeza. . Na casa de Anelise foi um momento incrível, mágico. Theodoro contou com detalhes tudo que podia sobre o que passou em Israel, passaram horas conversando e comendo as guloseimas da Dona Maria. Sempre foi um sonho para esse casal que a filha “Anelise”, se casasse com Theodoro, embora
CAPÍTULO 67 Anelise foi saindo do hotel devagar. Pegou o celular procurando por uma mensagem, algo que explicasse o que Vicente queria, mas não tinha nada, haviam muitas chamadas perdidas de Théo já que agora ela o adicionou no WhatsApp, então acabou ligando para ele. — Meu anjo, onde está? Vim na sua casa e não consigo parar de comer, a sua mãe deve estar me achando magro, está me enchendo de comida! — Theodoro falou animado, mas Anelise deu um sorriso tão discreto que ele nem ao menos ouviu. — Ane, o que aconteceu? — Você pode vir me buscar? — Claro, agora mesmo! Onde você está? — No hotel aqui do centrinho... — Estou indo. — Theodoro nem perguntou mais nada, apenas avisou a Dona Maria e foi apressado até o hotel em que ela estava. Conhecia Anelise o suficiente para saber que havia algo errado. Quando chegou a abraçou e a levou até o carro. — Quer me contar ou quer um sorvete? — ela deu um leve sorriso. — Com certeza o sorvete! Você já f
CAPÍTULO 68 Anelise foi a primeira a chegar, Theodoro estava de joelhos, apoiado no sofá e com uma das mãos apertando o braço do mesmo, como se o quisesse esmagar; seu semblante estava enfurecido e seus olhos ainda fechados. — Théo, olha pra mim! Eu estou aqui, só precisa acordar! — Anelise o chamou devagar e com cuidado, ele ainda não havia acordado, e ela precisou chacoalhar. — Théo! Ele abriu os olhos aos poucos, demorou alguns segundos para soltar o sofá, dava para notar a sua respiração acelerada, todos perceberam algo errado, porém ninguém perguntou nada. — Me desculpem! Eu pensei que isso havia acabado, mas pelo visto me enganei! — ele disse e se sentou no sofá. — Tenho isso, mesmo antes de ter recobrado a memória, acho que foi por causa da guerra... ouço barulhos de explosões e acordo nesse estado, é como se o meu corpo se auto-defendesse, é estranho. — Calma! Vou buscar uma água com açúcar pra você, meu filho! — dona Maria falou e se retirou. — I
CAPÍTULO 69 — Não precisa se dar ao trabalho, Théo! — Anelise falou alto o suficiente para que Vicente ouvisse. — Me deixe em paz, Vicente! — ela desligou. Vicente nem conseguiu desligar seu celular, ele acabou desligando sozinho, enquanto ele o olhava sobre a cama, com os olhos perdidos em tantos pensamentos. Anelise abraçou o Théo, que havia chegado um dia antes de viagem. — Não seria melhor ter ouvido o que Vicente queria dizer? — Theodoro questionou. — Ah, não! Não quero mais que ele me confunda, não preciso dele! — Ane respondeu. — Isso é verdade! — estavam tão próximos como antes, porém Anelise reclamou por ele se negar a dormir na sala da casa dela. — Meu anjo, é mais seguro que eu fique no hotel durante as noites, você nem vai perceber! Eu posso ir agora e voltar bem cedo, aposto que você nem terá notado! — Anelise fez bico. — Eu não ligo se você gritar, posso tentar te ajudar meu amigo! Ou então você pode deitar comigo, na minh
CAPÍTULO 70 Anelise entrou na casa dos seus pais assustada. Todos ficaram fazendo perguntas que ela não sabia responder, até que Théo falou: — Bom, vamos esquecer esse assunto por agora, pois tem um novo integrante querendo conhecer a casa, não é? — sorriu para Anelise e se ofereceu para segurar o pequeno Samuel, então com o bebê nos seus braços, eles foram em direção ao quarto. — Caramba, Théo! Foi você quem mexeu no quarto, não foi? — Anelise perguntou deslumbrada, olhando que estava maior e muito mais decorado, sendo que antes só havia um berço simples. — Todos nós, meu anjo! Até a sua irmã emprestou uma parte do quarto dela para o sobrinho, acho que o pequeno conseguiu amolecer a tia brava! — Théo brincou, e Nayara se emocionou, “o pior é que é verdade”, ela pensou. — Ai, obrigada gente! Ficou maravilhoso! Olhem só, tem até brinquedos, mantas novas, roupas... meu Deus, até um carrinho! — Anelise colocou a mão na boca. — Você teria amado, filha! Théo
CAPÍTULO 71 Anelise suava frio, não sabia mais o que fazer, e olhando à sua volta não viu o carro do Théo em lugar algum, certamente por ser das forças armadas saberia como ajudá-la com isso, mas ele não estava ali, por algum motivo não havia chegado. Tentou usar a embreagem e reduzir a marcha para que o carro freasse, porém estranhamente o câmbio quebrou, era inútil tentar fazê-lo funcionar. Era como se estivesse prestes a quebrar e decidiu que seria exatamente naquele momento. “Droga, droga!“ Ela seguiu por uma rua mais calma, porém não analisou que logo à frente teria uma ladeira, e o carro começou a descer mais rápido e Anelise se desesperou em como faria numa curva que estaria logo depois disso. “Meu Deus, eu vou morrer?“ Foi aí que ela percebeu um carro que a seguia, estranhamente o motorista prosseguiu, ficando lado a lado com o carro ao redor dela, com o desespero não se deu conta que o veículo era familiar, mas quando os vidros do carro de Vice
CAPÍTULO 72 — Eu sei de tudo! Só não sei o que aconteceu para esse cara te deixar e você se fazer de santa, me induzindo a ficar com você, quando na verdade, você sempre amou outro! — Vicente reclamou aquilo que estava engasgado. — Que merda é essa, Vicente? — Anelise perguntou incrédula. — Ah, não! Claro que você não vai confirmar nada, contar a verdade, que sempre amou outro e estava me fazendo de idiota! — Anelise abriu a boca, cada segundo ficava mais chocada. E, Theodoro se atravessou. — Cara, eu não sei de onde tirou essas coisas e nem quero saber! A Ane acabou de passar um sufoco danado, estou vendo como ainda está nervosa e trêmula, então esse não é o momento para deixá-la ainda mais! Eu agradeço que tenha feito tudo isso por ela, foi muito corajoso, salvou a vida dela, mas é isso... já pode ir embora agora, se não tiver mais nada de útil a dizer! — Vicente bufou. — Então é isso? — Vicente perguntou, na verdade, questionando se ele não merecia nenh
CAPÍTULO 73 Anelise parou para pensar, e por mais que buscasse muito essa resposta dentro de si, parecia impossível de encontrar. — Eu não sei... — a resposta saiu depois de muito tempo, e quando se ouviu dizendo isso, e viu o olhar do Théo sobre ela, entendeu... haviam sentimentos que antes eram inexistentes e agora eram confusos, mas se havia confusão, não era bom para ela, que pretendia se manter o mais longe possível de Vicente. — Não posso amá-lo... não, não posso! — Anelise abriu a porta do carro e desceu encostando o corpo no veículo, colocou as duas mãos no rosto, então o Théo desceu em seguida. — Não precisa esconder as coisas de mim, a minha única intenção é te ajudar! Quero te ver feliz, meu anjo! — Théo falou e abraçou Anelise, sentindo um aperto no peito ao perceber que ela não havia tirado Vicente do seu coração e ele teria que esperar mais para contar seus sentimentos por ela. Anelise não tinha sentimentos de mulher com Théo, apenas de amiga. —