CAPÍTULO 70 Anelise entrou na casa dos seus pais assustada. Todos ficaram fazendo perguntas que ela não sabia responder, até que Théo falou: — Bom, vamos esquecer esse assunto por agora, pois tem um novo integrante querendo conhecer a casa, não é? — sorriu para Anelise e se ofereceu para segurar o pequeno Samuel, então com o bebê nos seus braços, eles foram em direção ao quarto. — Caramba, Théo! Foi você quem mexeu no quarto, não foi? — Anelise perguntou deslumbrada, olhando que estava maior e muito mais decorado, sendo que antes só havia um berço simples. — Todos nós, meu anjo! Até a sua irmã emprestou uma parte do quarto dela para o sobrinho, acho que o pequeno conseguiu amolecer a tia brava! — Théo brincou, e Nayara se emocionou, “o pior é que é verdade”, ela pensou. — Ai, obrigada gente! Ficou maravilhoso! Olhem só, tem até brinquedos, mantas novas, roupas... meu Deus, até um carrinho! — Anelise colocou a mão na boca. — Você teria amado, filha! Théo
CAPÍTULO 71 Anelise suava frio, não sabia mais o que fazer, e olhando à sua volta não viu o carro do Théo em lugar algum, certamente por ser das forças armadas saberia como ajudá-la com isso, mas ele não estava ali, por algum motivo não havia chegado. Tentou usar a embreagem e reduzir a marcha para que o carro freasse, porém estranhamente o câmbio quebrou, era inútil tentar fazê-lo funcionar. Era como se estivesse prestes a quebrar e decidiu que seria exatamente naquele momento. “Droga, droga!“ Ela seguiu por uma rua mais calma, porém não analisou que logo à frente teria uma ladeira, e o carro começou a descer mais rápido e Anelise se desesperou em como faria numa curva que estaria logo depois disso. “Meu Deus, eu vou morrer?“ Foi aí que ela percebeu um carro que a seguia, estranhamente o motorista prosseguiu, ficando lado a lado com o carro ao redor dela, com o desespero não se deu conta que o veículo era familiar, mas quando os vidros do carro de Vice
CAPÍTULO 72 — Eu sei de tudo! Só não sei o que aconteceu para esse cara te deixar e você se fazer de santa, me induzindo a ficar com você, quando na verdade, você sempre amou outro! — Vicente reclamou aquilo que estava engasgado. — Que merda é essa, Vicente? — Anelise perguntou incrédula. — Ah, não! Claro que você não vai confirmar nada, contar a verdade, que sempre amou outro e estava me fazendo de idiota! — Anelise abriu a boca, cada segundo ficava mais chocada. E, Theodoro se atravessou. — Cara, eu não sei de onde tirou essas coisas e nem quero saber! A Ane acabou de passar um sufoco danado, estou vendo como ainda está nervosa e trêmula, então esse não é o momento para deixá-la ainda mais! Eu agradeço que tenha feito tudo isso por ela, foi muito corajoso, salvou a vida dela, mas é isso... já pode ir embora agora, se não tiver mais nada de útil a dizer! — Vicente bufou. — Então é isso? — Vicente perguntou, na verdade, questionando se ele não merecia nenh
CAPÍTULO 73 Anelise parou para pensar, e por mais que buscasse muito essa resposta dentro de si, parecia impossível de encontrar. — Eu não sei... — a resposta saiu depois de muito tempo, e quando se ouviu dizendo isso, e viu o olhar do Théo sobre ela, entendeu... haviam sentimentos que antes eram inexistentes e agora eram confusos, mas se havia confusão, não era bom para ela, que pretendia se manter o mais longe possível de Vicente. — Não posso amá-lo... não, não posso! — Anelise abriu a porta do carro e desceu encostando o corpo no veículo, colocou as duas mãos no rosto, então o Théo desceu em seguida. — Não precisa esconder as coisas de mim, a minha única intenção é te ajudar! Quero te ver feliz, meu anjo! — Théo falou e abraçou Anelise, sentindo um aperto no peito ao perceber que ela não havia tirado Vicente do seu coração e ele teria que esperar mais para contar seus sentimentos por ela. Anelise não tinha sentimentos de mulher com Théo, apenas de amiga. —
CAPÍTULO 74 — Tudo bem, mas fique do lado de fora! Eu ainda não cheguei em casa! — Ela respondeu assim, pois ela resolveria tudo e Vicente não veria o bebê. — Ok, eu já estou a caminho! — Vicente desligou irritado, Anelise estava mesmo com aquele cara e o quer longe da sua vida, “porque as coisas precisavam ser assim?“ — pensava. Théo estava ao lado, ouviu parte da conversa. — Linda, vai com o meu carro, vou aproveitar para fazer uns exames, depois eu dou um jeito de ir, fica tranquila! Acha que consegue dirigir? — olhou pra ela com carinho, de certa forma ela precisava resolver isso sozinha, e ele faria exames para descobrir sobre o seu problema enquanto dorme. — Sim, eu acho que vou aceitar, quero resolver isso logo! — ela o abraçou e se despediu. Quando chegou na casa dos pais, Vicente já estava lá. Ele viu o carro e logo bufou, lembrando da cena de meses atrás, e já foi logo atacando Anelise: — Agora está explicado! Esse carro era do teu a
CAPÍTULO 75 Anelise começou a chorar e Vicente também. Ela não conseguiu responder, apenas entregou o bebê nos braços do pai que chorava tanto quanto ela. Anelise colocou as mãos nas costas dele, impulsionando para que Vicente entrasse, não adiantaria mais esconder. — Entra! Precisamos conversar! Vicente mal sentiu as pernas, acabou caminhando com Anelise para dentro da casa e sentou naquele sofá. Ele não disse nada, apenas olhava para o bebê, puxou a coberta olhando as suas roupinhas, observando cada movimento. — É um menino? — perguntou emocionado. — Sim... é seu filho, Vicente! Se chama Samuel. — o bebê voltou a chorar, então ele o entregou para Anelise, que tirou o seio para amamentar, e Vicente não tirou os olhos daquilo, ainda não estava acreditando que ela havia escondido o próprio filho dele. Vicente esperou que o bebê ficasse satisfeito ficou em silêncio enquanto Anelise o amamentava e depois observou quando ela ficou em pé e o fez ar
CAPÍTULO 76 — A nossa história parou, Vicente... olha a quanto tempo estamos afastados. — Anelise falou, e Vicente olhou sorrindo para o filho. — Não, não parou... nosso filho continuou crescendo dentro de você! E, o sentimento também não morreu, sinto muito bem as vibrações do seu corpo quando te beijo, e hoje você estremeceu... — levou a mão até a dela a tocando, e seu corpo ficou bem perto do dela, Anelise voltou a sentir aquele cheiro tão familiar que a envolve naquele homem de uma forma diferente. — Impressão sua... — ela sussurrou, tentando mentir até para si mesma, mas Vicente não desistiu. — Eu já disse que te amo, vamos dar um jeito no restante. Podemos voltar para cá depois que resolvermos toda a questão da empresa. Mas por favor... casa comigo? — levantou a mão dela e começou a dar beijos suaves, trazendo de volta à memória dela, quando estavam tão bem, antes dele desaparecer da sua vida, e então respirou soltando o ar que estava preso. Anelise deu um leve sorriso. Po
CAPÍTULO 77 — Mas, como? Eu mesmo acompanhei alguns procedimentos, conversei com o médico, isso não faz sentido! — Vicente falou já irritado. A atendente viu um dos médicos passando e aproveitou para chamá-lo, explicou a situação e mostrou os exames a ele, que deu uma olhada e depois olhou sério para todos. — Essa paciente não tem nada. Na verdade, eu trataria com ferritina, tem início de anemia, “não câncer”! — Merda! — Vicente falou furioso e Anelise encostou nos seus ombros tentando acalmá-lo. — Vicente, deixe pra lá... — O senhor conhece o doutor Mussolini? — Vicente perguntou entre dentes. — Não... conheço um residente com esse sobrenome, apenas. — Obrigado! — Vicente segurou na mão de Anelise e imediatamente ligou para Alicia, que sorriu aos quatro ventos quando viu seu rosto na tela. — Vi... — Me encontre em quinze minutos no mesmo consultório da última vez, quero conversar com o seu médico! — Ah, mas... — Quinze minutos, Alicia! — É que ele não tem consulta hoje