CAPÍTULO 69 — Não precisa se dar ao trabalho, Théo! — Anelise falou alto o suficiente para que Vicente ouvisse. — Me deixe em paz, Vicente! — ela desligou. Vicente nem conseguiu desligar seu celular, ele acabou desligando sozinho, enquanto ele o olhava sobre a cama, com os olhos perdidos em tantos pensamentos. Anelise abraçou o Théo, que havia chegado um dia antes de viagem. — Não seria melhor ter ouvido o que Vicente queria dizer? — Theodoro questionou. — Ah, não! Não quero mais que ele me confunda, não preciso dele! — Ane respondeu. — Isso é verdade! — estavam tão próximos como antes, porém Anelise reclamou por ele se negar a dormir na sala da casa dela. — Meu anjo, é mais seguro que eu fique no hotel durante as noites, você nem vai perceber! Eu posso ir agora e voltar bem cedo, aposto que você nem terá notado! — Anelise fez bico. — Eu não ligo se você gritar, posso tentar te ajudar meu amigo! Ou então você pode deitar comigo, na minh
CAPÍTULO 70 Anelise entrou na casa dos seus pais assustada. Todos ficaram fazendo perguntas que ela não sabia responder, até que Théo falou: — Bom, vamos esquecer esse assunto por agora, pois tem um novo integrante querendo conhecer a casa, não é? — sorriu para Anelise e se ofereceu para segurar o pequeno Samuel, então com o bebê nos seus braços, eles foram em direção ao quarto. — Caramba, Théo! Foi você quem mexeu no quarto, não foi? — Anelise perguntou deslumbrada, olhando que estava maior e muito mais decorado, sendo que antes só havia um berço simples. — Todos nós, meu anjo! Até a sua irmã emprestou uma parte do quarto dela para o sobrinho, acho que o pequeno conseguiu amolecer a tia brava! — Théo brincou, e Nayara se emocionou, “o pior é que é verdade”, ela pensou. — Ai, obrigada gente! Ficou maravilhoso! Olhem só, tem até brinquedos, mantas novas, roupas... meu Deus, até um carrinho! — Anelise colocou a mão na boca. — Você teria amado, filha! Théo
CAPÍTULO 71 Anelise suava frio, não sabia mais o que fazer, e olhando à sua volta não viu o carro do Théo em lugar algum, certamente por ser das forças armadas saberia como ajudá-la com isso, mas ele não estava ali, por algum motivo não havia chegado. Tentou usar a embreagem e reduzir a marcha para que o carro freasse, porém estranhamente o câmbio quebrou, era inútil tentar fazê-lo funcionar. Era como se estivesse prestes a quebrar e decidiu que seria exatamente naquele momento. “Droga, droga!“ Ela seguiu por uma rua mais calma, porém não analisou que logo à frente teria uma ladeira, e o carro começou a descer mais rápido e Anelise se desesperou em como faria numa curva que estaria logo depois disso. “Meu Deus, eu vou morrer?“ Foi aí que ela percebeu um carro que a seguia, estranhamente o motorista prosseguiu, ficando lado a lado com o carro ao redor dela, com o desespero não se deu conta que o veículo era familiar, mas quando os vidros do carro de Vice
CAPÍTULO 72 — Eu sei de tudo! Só não sei o que aconteceu para esse cara te deixar e você se fazer de santa, me induzindo a ficar com você, quando na verdade, você sempre amou outro! — Vicente reclamou aquilo que estava engasgado. — Que merda é essa, Vicente? — Anelise perguntou incrédula. — Ah, não! Claro que você não vai confirmar nada, contar a verdade, que sempre amou outro e estava me fazendo de idiota! — Anelise abriu a boca, cada segundo ficava mais chocada. E, Theodoro se atravessou. — Cara, eu não sei de onde tirou essas coisas e nem quero saber! A Ane acabou de passar um sufoco danado, estou vendo como ainda está nervosa e trêmula, então esse não é o momento para deixá-la ainda mais! Eu agradeço que tenha feito tudo isso por ela, foi muito corajoso, salvou a vida dela, mas é isso... já pode ir embora agora, se não tiver mais nada de útil a dizer! — Vicente bufou. — Então é isso? — Vicente perguntou, na verdade, questionando se ele não merecia nenh
CAPÍTULO 73 Anelise parou para pensar, e por mais que buscasse muito essa resposta dentro de si, parecia impossível de encontrar. — Eu não sei... — a resposta saiu depois de muito tempo, e quando se ouviu dizendo isso, e viu o olhar do Théo sobre ela, entendeu... haviam sentimentos que antes eram inexistentes e agora eram confusos, mas se havia confusão, não era bom para ela, que pretendia se manter o mais longe possível de Vicente. — Não posso amá-lo... não, não posso! — Anelise abriu a porta do carro e desceu encostando o corpo no veículo, colocou as duas mãos no rosto, então o Théo desceu em seguida. — Não precisa esconder as coisas de mim, a minha única intenção é te ajudar! Quero te ver feliz, meu anjo! — Théo falou e abraçou Anelise, sentindo um aperto no peito ao perceber que ela não havia tirado Vicente do seu coração e ele teria que esperar mais para contar seus sentimentos por ela. Anelise não tinha sentimentos de mulher com Théo, apenas de amiga. —
CAPÍTULO 74 — Tudo bem, mas fique do lado de fora! Eu ainda não cheguei em casa! — Ela respondeu assim, pois ela resolveria tudo e Vicente não veria o bebê. — Ok, eu já estou a caminho! — Vicente desligou irritado, Anelise estava mesmo com aquele cara e o quer longe da sua vida, “porque as coisas precisavam ser assim?“ — pensava. Théo estava ao lado, ouviu parte da conversa. — Linda, vai com o meu carro, vou aproveitar para fazer uns exames, depois eu dou um jeito de ir, fica tranquila! Acha que consegue dirigir? — olhou pra ela com carinho, de certa forma ela precisava resolver isso sozinha, e ele faria exames para descobrir sobre o seu problema enquanto dorme. — Sim, eu acho que vou aceitar, quero resolver isso logo! — ela o abraçou e se despediu. Quando chegou na casa dos pais, Vicente já estava lá. Ele viu o carro e logo bufou, lembrando da cena de meses atrás, e já foi logo atacando Anelise: — Agora está explicado! Esse carro era do teu a
CAPÍTULO 75 Anelise começou a chorar e Vicente também. Ela não conseguiu responder, apenas entregou o bebê nos braços do pai que chorava tanto quanto ela. Anelise colocou as mãos nas costas dele, impulsionando para que Vicente entrasse, não adiantaria mais esconder. — Entra! Precisamos conversar! Vicente mal sentiu as pernas, acabou caminhando com Anelise para dentro da casa e sentou naquele sofá. Ele não disse nada, apenas olhava para o bebê, puxou a coberta olhando as suas roupinhas, observando cada movimento. — É um menino? — perguntou emocionado. — Sim... é seu filho, Vicente! Se chama Samuel. — o bebê voltou a chorar, então ele o entregou para Anelise, que tirou o seio para amamentar, e Vicente não tirou os olhos daquilo, ainda não estava acreditando que ela havia escondido o próprio filho dele. Vicente esperou que o bebê ficasse satisfeito ficou em silêncio enquanto Anelise o amamentava e depois observou quando ela ficou em pé e o fez ar
CAPÍTULO 76 — A nossa história parou, Vicente... olha a quanto tempo estamos afastados. — Anelise falou, e Vicente olhou sorrindo para o filho. — Não, não parou... nosso filho continuou crescendo dentro de você! E, o sentimento também não morreu, sinto muito bem as vibrações do seu corpo quando te beijo, e hoje você estremeceu... — levou a mão até a dela a tocando, e seu corpo ficou bem perto do dela, Anelise voltou a sentir aquele cheiro tão familiar que a envolve naquele homem de uma forma diferente. — Impressão sua... — ela sussurrou, tentando mentir até para si mesma, mas Vicente não desistiu. — Eu já disse que te amo, vamos dar um jeito no restante. Podemos voltar para cá depois que resolvermos toda a questão da empresa. Mas por favor... casa comigo? — levantou a mão dela e começou a dar beijos suaves, trazendo de volta à memória dela, quando estavam tão bem, antes dele desaparecer da sua vida, e então respirou soltando o ar que estava preso. Anelise deu um leve sorriso. Po