CAPÍTULO 44 Anelise ficou olhando, mas pelas gargalhadas, Vicente se tocou, procurou pelos bolsos e encontrou uma nota de cem reais. — Pode ficar com o troco! — o cobrador arregalou os olhos. — São quase noventa e cinco reais, senhor! — Ele apenas fez um “beleza”, e prosseguiu, deixando o cobrador atônito. Anelise estava em pé e Vicente quase caiu, precisou se apoiar numa velhinha de bengala. — Desculpe senhora! Eu não sabia que ficaria tão vulnerável o corpo da gente aqui dentro! — segurou no banco enquanto a velhinha o olhava com cara feia. — A senhora me entendeu? — perguntou novamente, mas a senhora colocou a mão nos ouvidos, então ele percebeu que não conseguiria se comunicar, já que não falava por sinais. Havia alguns rapazes sentados e ele viu Anelise em pé. Ficou furioso e foi até lá, porém Anelise segurou na sua camisa. — Está tudo bem, já andei muito de ônibus! — Vicente respirou fundo e parou do lado dela, sabia que ela não gostaria que ele c
CAPÍTULO 45 — Onde estava? — Vicente perguntou para Anelise, assim que Nayara saiu. — Porquê me ligou do celular da Nayara? Como a chantageou? — encarou Vicente na mesa. — Prometi que sairia de dentro do estabelecimento! — Anelise riu. — Bem que imaginei algo do tipo, ela não se vende por nada... — É uma chata, e o pior é que gostaria de ir ao banheiro lavar as mãos, mas não posso. Está até com a caneta que a Mariana passou... — Vicente olhou a palma da mão e Anelise fechou a cara, puxou as mãos de Vicente olhando rapidamente a escrita que Mariana fez do endereço, então soltou com raiva. — Porquê isso, agora? Deixou a florista segurar na sua mão e escrever o que queria? Que absurdo! — virou o rosto, então Vicente levou a mão a puxando a olhar pra ele. — Ei... ela só anotou o endereço que a sua irmã trabalha, eu estava atrás de você! — Anelise sentiu aquela sensação esquisita novamente, “o que está acontecendo comigo?“ “o que estou sentindo?“ Pensou ao per
CAPÍTULO 46 Vicente não esperou respostas, ele só queria estar com Anelise. Ele a beijou ali encostada no carro, sem dar chances para que ela pensasse em nada, a deixou sem ar. Encostou o corpo bem perto do dela, sentiu que Anelise mudou o seu comportamento. As mãos dela amoleceram e pararam de forçar para que ele a soltasse, mas Vicente continuou segurando, até sentir que começava a chover sobre eles. De repente, ele abriu a porta do carro. — Vicente... — sussurrou Anelise, num tom que até ela duvidou sobre o que queria dizer realmente. — Entra! — Vicente disse apenas isso, e ela sabia que deveria correr naquele momento, para o mais longe que pudesse, mas foi impossível, seu corpo também estava quente. Então, Anelise entrou no carro. Por muitas vezes pensou em abrir aquela porta, mas a cada vez que pensava isso, sentia a mão de Vicente por dentro da calça dela, e o seu desejo era maior que seu orgulho. — Você está dirigindo, Vicente... ah! — ele p
CAPÍTULO 47 — Porquê está ligando a esse horário, Alicia? — Vicente perguntou ao atender. — Ai, Vi... é que passei na sua casa no início da noite, e a sua mãe não estava bem. Pensei em te ligar, porquê nem ela e nem seu pai queriam te falar sobre isso. — Nossa, mas o que aconteceu, Alicia? — Anelise ouviu essa frase, quando sentou na cama e ficou atenta para ouvir o restante, não estava acreditando. — Adoeceu, você deveria voltar imediatamente! — Mas, assim? De um dia para o outro ficou doente, adoeceu? Não está mentindo, está? — Anelise soltou o ar, dando uma leve apertada nos lençóis. “Ele seria capaz de deixá-la outra vez para ir atrás de Alicia?“ Pensou enquanto ouvia apenas a voz de Vicente. — Não, Vi! Porquê eu faria isso? Sabe muito bem como gosto da sua mãe. A sua irmã Paola, acredito que não virá por enquanto, então só tem você. — Você tem razão, vou voltar para Curitiba! Não se preocupe que vou cuidar disso, pessoalmente! — Anelise não quer
CAPÍTULO 48 Por mais preocupado que Vicente estava, ele tentou se tranquilizar, assim que voltou para o quarto, sentou naquela cama e ligou para sua mãe. — Filho? Como está? — ela disse ao atender. — Estou bem, só estou preocupado com você! — Aposto que Alicia já fez um alvoroço! Mas, estou bem, apenas com uma gripe forte, mas o médico já veio me ver! — Tem certeza? Alicia disse que estava bem doente... — Sim, querido! Como estão as coisas com a Ane? Conseguiram se entender? — Vicente engoliu seco, passou a mão entre os cabelos. — Está difícil, mãe! Quando eu penso que tudo irá se ajeitar, não se ajeita... até comprei um hotel aqui para investimento, enquanto conversamos. — Seu pai me contou, fiquei feliz! É tão bom te ver trabalhando tão bem, queria tanto que sua irmã Paola, fosse como você e... bom deixa pra lá. — Um dia ela vai, você vai ver! É apenas uma rebeldia passageira. — Tomara meu filho! — Vou te deixar descansar,
CAPÍTULO 49 — Eu não vou desfazer nada! — Vicente levantou do aparelho que estava empurrando, na academia. — Nós fizemos um acordo, aquele hotel já é meu, e não quero desfazer dele! — Anelise não estava tão longe, e como Vicente falou um pouco mais alto, ela ouviu, colocando a mão sobre a boca, tentando cobrir o seu espanto. “Então, foi isso mesmo... Vicente veio a trabalho!“ Pensou irritada. Na linha, Robson tentou negociar — Acredito que não tenha dado tempo de você investir nada, e o valor da multa será um lucro! Também tem o fato de que você nem deve ter regularizado os documentos ainda! — Vicente ficou furioso. — VOCÊ ACHA QUE ESTOU FAZENDO PAPEL DE IDIOTA? O NEGÓCIO JÁ ESTÁ FEITO, E NÃO QUE SEJA DA SUA CONTA, MAS A MINHA SECRETÁRIA JÁ RESOLVEU TUDO ISSO RELACIONADO A DOCUMENTAÇÃO! NÃO SOU UM COMPLETO IDIOTA QUE FAZ AS COISAS SEM PENSAR E DEPOIS DESISTE! — Gritou e foi andando em direção a porta do local, e Anelise não ousou sair de onde estava. — Será que o senhor poderia v
CAPÍTULO 50 Vicente foi para cima de Robson, mas Anelise também foi atrás e segurou no braço de Vicente. — Para com isso! O que está acontecendo, aqui? Quer arranjar problemas por causa de contratos? Você não precisa, disso! — Anelise falou mais firme, ultimamente tem mudado o seu temperamento. — Há cinco minutos, sim! Mas agora a história mudou de figura! Não vê que esse cara está dando em cima de você na minha cara? — Anelise arregalou os olhos e parou onde estava. Essa era a primeira vez que ela ouvia algo assim, vindo de Vicente, “ele está com ciúmes?“ Pensou Anelise boquiaberta, enquanto ele continuou: — De onde conhece ele? Ah! — bateu com a mão nas pernas, quando soltou o braço sobre o corpo. — É, claro! Já se conheciam, não é? — Robson se posicionou à frente. — Não, infelizmente eu não a conheci antes de você, mas podemos fazer isso, agora! — Robson disse olhando para Anelise e Vicente sentiu o seu sangue ferver, sem pensar, o grudou pelo colarinho e lhe deu uma joelhada
CAPÍTULO 51 — O seu carro foi encontrado! Precisa se dirigir até a delegacia! — o policial falou, e Vicente até se surpreendeu, passando a mão na sua barba rala. — Nossa! E, sabem me dizer em que estado o carro está? Ainda se encontra, inteiro? — ele perguntou. — É... — o policial continuava olhando para as coisas no chão. — Não sei como está por dentro, percebi que está sem pneus! Terá que chamar um guincho! — Certo, depois vejo isso! — Vicente queria terminar a conversa, agora era ele quem gostaria de poder se explicar e resolver as coisas com Anelise e tinha pressa. — O senhor precisa ir até lá, hoje mesmo! Não é assim que as coisas funcionam! — disse o policial. — Tá, está bem, está bem! Eu já estou indo! Agora os senhores já podem ir, ou tem mais algum assunto? — Vicente perguntou ansioso. — Está tudo bem por aqui? — um deles perguntou, olhando para Anelise, e Vicente também olhou. — Sim, tudo bem! — ela respondeu, e então sem mais assuntos,