CAPÍTULO 41 CAPÍTULO 41 Vicente passou a tarde resolvendo coisas da rede de hotéis, seu novo quarto, e conversando com o seu assistente sobre o novo investimento pelo celular. Final do dia ele passou na academia, porém Anelise já havia ido embora, então seguiu pelo mesmo trajeto que fez pela manhã. Deu algumas voltas, ficou um pouco perdido, mas encontrou a casa dela. Anelise ignorou quando ele buzinou, mas seus pais perceberam. — Ele ainda não foi, embora? — sua mãe perguntou e ela ficou vermelha, olhou para fora pelo vidro da sala, e não sabia nem aonde colocar as mãos. — Vou resolver isso de uma vez por todas! — falou firme e colocou a mão na maçaneta da porta; quando seus pais assentiram confirmando, ela criou coragem e foi até a rua, do lado de fora do portão. Vicente estava com um dos seus carros, já usava um de seus ternos, o cabelo estava bem penteado... Anelise observou, “o CEO havia voltado”. — O que você quer? — foi direto ao ponto. — Oi, Ane! Vim para a gente res
CAPÍTULO 42 — Eu só vou dizer uma vez... espero que você vá embora! A minha filha está muito melhor sem você, e não estou disposto a vê-la sofrer, e nem muito menos a cena que vimos agora pouco! — senhor Jorge falou e Vicente ficou sem graça, pelo visto a primeira impressão não foi das melhores. — Sinto muito, vou tentar melhorar! Mas, não posso ficar sem Anelise! Vocês são os pais dela, não é? — Sim, somos os pais. E, você deveria ter pensado nisso antes de deixar que ela quisesse partir! Porque só a deixamos lá, porque ela parecia muito melhor do que aqui, estava sorrindo e até havia voltado a trabalhar. Mas, se isso não acontece mais, quero ela aqui com a gente! — Maria lembrou. — Acho melhor você ir embora, rapaz, já deve ter notado que Anelise não quer mais falar com você! — Jorge disse mais firme, e segurou no braço da esposa, a chamando para entrarem. Vicente não teve coragem de argumentar, eram apenas “pais”, preocupados com a sua filha. Ele foi do out
CAPÍTULO 43 Anelise verifica que Vicente vai embora com a flores, fecha a cortina e entra para tentar dormir. Enquanto toma banho, observa a barriga, que ainda não mudou nada de tamanho, mas no momento é o que mais transmite paz a Anelise. — Você está bem, meu amor? A mamãe se agitou muito hoje. Seu pai não facilitou... — coloca as mãos na barriga por um tempo. — É melhor não falarmos dele, não é? Não merece! — desligou o chuveiro. Depois disso ela foi para a cozinha e seus pais estavam lá. — Quer conversar? — sua mãe perguntou. — Vicente não está querendo ir embora, eu tentei, mas ele está dificultando as coisas... — falou com dificuldades e abaixou a cabeça. — Coma minha filha, vai esfriar! — ela olhou para a comida e sentiu fome. — A comida da senhora é a melhor! — pegou o prato e já começou a se servir. — Filha, se afaste daquele rapaz! Nós vimos como ele está forçando a barra, e pelo visto é bem novo, deve ter uns vinte anos! Não sabe nad
CAPÍTULO 44 Anelise ficou olhando, mas pelas gargalhadas, Vicente se tocou, procurou pelos bolsos e encontrou uma nota de cem reais. — Pode ficar com o troco! — o cobrador arregalou os olhos. — São quase noventa e cinco reais, senhor! — Ele apenas fez um “beleza”, e prosseguiu, deixando o cobrador atônito. Anelise estava em pé e Vicente quase caiu, precisou se apoiar numa velhinha de bengala. — Desculpe senhora! Eu não sabia que ficaria tão vulnerável o corpo da gente aqui dentro! — segurou no banco enquanto a velhinha o olhava com cara feia. — A senhora me entendeu? — perguntou novamente, mas a senhora colocou a mão nos ouvidos, então ele percebeu que não conseguiria se comunicar, já que não falava por sinais. Havia alguns rapazes sentados e ele viu Anelise em pé. Ficou furioso e foi até lá, porém Anelise segurou na sua camisa. — Está tudo bem, já andei muito de ônibus! — Vicente respirou fundo e parou do lado dela, sabia que ela não gostaria que ele c
CAPÍTULO 45 — Onde estava? — Vicente perguntou para Anelise, assim que Nayara saiu. — Porquê me ligou do celular da Nayara? Como a chantageou? — encarou Vicente na mesa. — Prometi que sairia de dentro do estabelecimento! — Anelise riu. — Bem que imaginei algo do tipo, ela não se vende por nada... — É uma chata, e o pior é que gostaria de ir ao banheiro lavar as mãos, mas não posso. Está até com a caneta que a Mariana passou... — Vicente olhou a palma da mão e Anelise fechou a cara, puxou as mãos de Vicente olhando rapidamente a escrita que Mariana fez do endereço, então soltou com raiva. — Porquê isso, agora? Deixou a florista segurar na sua mão e escrever o que queria? Que absurdo! — virou o rosto, então Vicente levou a mão a puxando a olhar pra ele. — Ei... ela só anotou o endereço que a sua irmã trabalha, eu estava atrás de você! — Anelise sentiu aquela sensação esquisita novamente, “o que está acontecendo comigo?“ “o que estou sentindo?“ Pensou ao per
CAPÍTULO 46 Vicente não esperou respostas, ele só queria estar com Anelise. Ele a beijou ali encostada no carro, sem dar chances para que ela pensasse em nada, a deixou sem ar. Encostou o corpo bem perto do dela, sentiu que Anelise mudou o seu comportamento. As mãos dela amoleceram e pararam de forçar para que ele a soltasse, mas Vicente continuou segurando, até sentir que começava a chover sobre eles. De repente, ele abriu a porta do carro. — Vicente... — sussurrou Anelise, num tom que até ela duvidou sobre o que queria dizer realmente. — Entra! — Vicente disse apenas isso, e ela sabia que deveria correr naquele momento, para o mais longe que pudesse, mas foi impossível, seu corpo também estava quente. Então, Anelise entrou no carro. Por muitas vezes pensou em abrir aquela porta, mas a cada vez que pensava isso, sentia a mão de Vicente por dentro da calça dela, e o seu desejo era maior que seu orgulho. — Você está dirigindo, Vicente... ah! — ele p
CAPÍTULO 47 — Porquê está ligando a esse horário, Alicia? — Vicente perguntou ao atender. — Ai, Vi... é que passei na sua casa no início da noite, e a sua mãe não estava bem. Pensei em te ligar, porquê nem ela e nem seu pai queriam te falar sobre isso. — Nossa, mas o que aconteceu, Alicia? — Anelise ouviu essa frase, quando sentou na cama e ficou atenta para ouvir o restante, não estava acreditando. — Adoeceu, você deveria voltar imediatamente! — Mas, assim? De um dia para o outro ficou doente, adoeceu? Não está mentindo, está? — Anelise soltou o ar, dando uma leve apertada nos lençóis. “Ele seria capaz de deixá-la outra vez para ir atrás de Alicia?“ Pensou enquanto ouvia apenas a voz de Vicente. — Não, Vi! Porquê eu faria isso? Sabe muito bem como gosto da sua mãe. A sua irmã Paola, acredito que não virá por enquanto, então só tem você. — Você tem razão, vou voltar para Curitiba! Não se preocupe que vou cuidar disso, pessoalmente! — Anelise não quer
CAPÍTULO 48 Por mais preocupado que Vicente estava, ele tentou se tranquilizar, assim que voltou para o quarto, sentou naquela cama e ligou para sua mãe. — Filho? Como está? — ela disse ao atender. — Estou bem, só estou preocupado com você! — Aposto que Alicia já fez um alvoroço! Mas, estou bem, apenas com uma gripe forte, mas o médico já veio me ver! — Tem certeza? Alicia disse que estava bem doente... — Sim, querido! Como estão as coisas com a Ane? Conseguiram se entender? — Vicente engoliu seco, passou a mão entre os cabelos. — Está difícil, mãe! Quando eu penso que tudo irá se ajeitar, não se ajeita... até comprei um hotel aqui para investimento, enquanto conversamos. — Seu pai me contou, fiquei feliz! É tão bom te ver trabalhando tão bem, queria tanto que sua irmã Paola, fosse como você e... bom deixa pra lá. — Um dia ela vai, você vai ver! É apenas uma rebeldia passageira. — Tomara meu filho! — Vou te deixar descansar,