Armadilha

Patrick

Olhei ansiosamente para a porta do hospital, sentindo a familiar adrenalina correr em minhas veias. Conferi meu relógio mais uma vez, antecipando o momento em que tudo finalmente começaria a acontecer. E então, lá estava ela. Letícia Bernardi saiu pelas portas automáticas, seus olhos vasculhando o estacionamento, certamente à procura de Colin. Sorri, acenando como se fosse ele, a expressão de confiança no rosto, replicando perfeitamente o jeito descontraído que meu irmão sempre teve.

Anos de prática havia me transformado em um mestre na arte de ser Colin quando me convinha. Sabia exatamente como agir, como falar, até como sorrir de um jeito que enganava qualquer um. E pelo jeito, Letícia não era exceção. Vi seus passos se apressarem em minha direção, sem o menor sinal de dúvida. Nenhuma suspeita, nenhum olhar desconfiado. Era quase ridículo como as pessoas eram fáceis de enganar.

Quando ela se aproximou, senti uma onda de triunfo. Letícia abriu a porta do carro com a mesma nat
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