Anne,Eu não queria estar aqui. O cheiro de hospital me deixava nervosa, principalmente quando eu sou a paciente, e a cada segundo que passava, parecia que meu coração batia mais forte. Eduardo segura minha mão com força, tentando me dar apoio, mas eu sabia que ele também estava quebrado por dentro. Era o nosso bebê, nosso filho, o início da nossa vida.A porta se abriu, e a médica entrou com um sorriso discreto. — Oi, Anne... Eduardo. Como vocês estão? — Ela disse, com aquele tom de voz suave que as pessoas usam quando sabem que nada está bem. Olhei para ela, tentando não desmoronar. — Acho que estamos sobrevivendo. — respondi, minha voz um pouco falha. Ela acena com a cabeça, compreensiva.— Eu sei que deve ser difícil. Hoje vamos fazer alguns exames para saber o que aconteceu, tudo bem? Só pra garantir que seu corpo expeliu todo o bebê.— Expeliu, eu vi. Não vou precisar fazer a curetagem. — Queremos saber se está tudo certo com ela, e se ela vai poder engravidar de novo. Não qu
Eduardo,Fico mais tranquilo em saber que ela não tem nenhum problema para engravidar, pode ter sido só o emocional. Ela ficou muito ansiosa para a chegada da Sophia, e está muito tensa para que nada dê errado e o juiz tire ela de nós.Eu preciso arrumar um jeito dela ficar mais calma, menos tensa e com menos medo, mas até a guarda definitiva vir para nossas mãos, eu não sei o que fazer. Não sei se a Sophia sabe do que aconteceu, mas as palavras dela dentro do carro animaram muito a Anne.Chegamos em casa, e Anne a leva direto para o banho e eu vou para o nosso quarto. Com alguns minutos, ela entra no quarto me chamando para irmos jantar. Me levanto, e pego em sua mão. Está gelada. Anne sempre teve as mãos quentes, e isso é estranho para mim.Durante o jantar, ela sempre olha para Sophia e para mim sorrindo, mas é um sorriso falso, como se ela não quisesse demonstrar fraqueza. Após o jantar, ela leva a Sophia para a cama, e quase uma hora depois ela vem para o nosso quarto.— Está tud
Anne,Assim que o Eduardo sai para buscar a Sophia, peço para a nova cozinheira fazer um café, como a nova babá não toma, ela pede um copo de suco. As outras são muito mecânicas, e esse ame pareceu mais mãe do que um robô.Levo ela até a sala e ficamos conversando, sobre coisas de crianças, até perco a noção do tempo entre as nossas conversas. Descobri que ela tem um passado, mas ela sempre fala por alto dele, nunca fala o certo, a única coisa que eu sei mesmo, é que ela tem uma filha que estava morando com a avó.A porta se abre a Sophia entra correndo, mas quando ela olha para a babá, ela arregala os olhos e sorrir gritando.— Mamãe... — Ela abraça a mulher e eu não me contenho em lágrimas, agora eu vou perder até a filha que eu tenho de coração. Ouço a voz do Eduardo, mais eu não estou aqui, estou imaginando a Sophia indo embora e me deixando sozinha também. Até sentir os braços dele sobre o meu ombro, me fazendo olhar para ele.— O que está acontecendo?— Eu não sabia, senhora, p
Anne,— Então, depois de me drogar até não poder mais, ele me denunciou, e eu nem pude me defender, porque eu estava drogada. Perdi a guarda da Sophia para a mãe dele, pois eu mesma, drogada, consegui falar que ele era violento. Como não tinha meus pais, a guarda foi passada para a mãe dele, e eu fui transferida para uma clínica de reabilitação. Com a ajuda dos médicos, eu consegui me livrar da abstinência da droga, e eles me deram o certificado e eu voltei a morar com a minha amiga, que me deixou ciente de tudo que aconteceu. Só não sabia quem tinha adotado a Sophia. Eu juro por tudo que é mais sagrado, minha intenção era trabalhar, juntar dinheiro para procurar pela minha filha.Me levanto do sofá e vou até o banheiro, e o Eduardo vem atrás de mim. Eu coloco minhas mãos sobre a pia e começo a chorar. Ela não largou a filha, não abandonou, não deixou a filha para trás para ir usar drogas. O que eu vou fazer?— Anne, você não precisa aceitar ela se não quiser. A lei está a nosso favor
Anne,Na manhã do dia seguinte, Eduardo sai para resolver algumas pendências e eu fico observando cada movimento dela. Cada vez que ela ajeita o cabelo da minha filha. Sim, minha filha, que fique bem claro. Meu coração acelera de uma forma estranha. Ela sorri pra menina e, por um segundo, a cena parece... natural demais. Eu não gosto disso.– Você tem certeza que ela tomou o escovou os dentes direitinho? – eu pergunto, fingindo estar distraída, mas meu olhar fixo diz tudo. Sei que ela escovou, eu mesma ajudei ela, mas preciso me saber se ela está atenta.A babá, ou melhor, a mãe biológica, sorri com aquele jeito calmo e balança a cabeça concordando e faz a Sophia abrir a boca para mostrar os dentes. Fecho os meus olhos para me acalmar, lembrando que ela não pode tirar a Sophia de mim. Eu observo a forma como ela pega a boneca preferida da minha filha, como se conhecesse cada detalhe, cada gosto, como se ela conhecesse a Sophia mais do que eu, o que não é mentira. Sophia tem dias na m
Eduardo,Vim no centro da cidade para comprar algumas coisas que estou precisando. Quando estou quase terminando as compras, Anne me liga. Fico sem reação de primeiro com as suas palavras, pois foi ela mesma que aceitou a babá.— O que aconteceu?— Eu... Eu tenho medo, eu não posso perder ela também, não vou suportar. Eu passei o dia preocupada com ela perto da Sophia e de ter o carinho dela todo para ela. Tenho medo que ela convença a Sophia de ir embora... Aí, Eduardo, são tantas coisas.— Já estou entrando no carro, e estou indo para aí. Me espera que vamos dar um passeio e vamos conversar melhor, está bem?Ela diz sim e desliga o telefone. Anne está perdendo a sua essência depois da perda do nosso filho, e o pior que eu não sei o que fazer para ela voltar a ser o que era antes. Alguns minutos depois chego na escola, vim praticamente voando para ela não ficar muito tempo esperando.Paro o meu carro na frente do dela, e ligo para que ela me siga. Ela vem e eu a levo até uma sorveter
Eduardo,Deito ela na cama com cuidado e me levanto, começo a tirar a minha roupa sempre olhando em seus olhos, para ter certeza que ela realmente quer ou nos via mandar eu parar. Mas o olhar dela é simplesmente me pedindo para continuar.Puxo a calça dela junto com a calcinha, eles fecha as pernas, em forma de me provocar. Ergo uma sobrancelha e dou um sorriso sem vergonha. Ela morde o canto da boca, e se afasta de mim, mantendo as pernas fechadas. Avanço sobre ela na cama e ela vira de bruços para fugir, mas como eu caio em cima dela, não tem como ela escapar.— Quer ir a algum lugar, Anne?— Sim, buscar a Sophia na escola. — Olho no relógio e ainda faltam 3 horas para ela sair. — Sophia pode esperar um pouquinho mais, até porque, ainda não está na hora da saída dela. — pressiono o meu pau por dentro da calça contra a sua bunda que está para cima, ela se mexe um pouco e solta um suspiro. Começo a beijar o seu pescoço, e mesmo um pouco desajeitado, começo a tirar a minha calça. As
Eduardo— É melhor você me respeitar, ou será muito mais divertido te mandar embora. — Ela sorri, como se eu estivesse brincando, e se afasta indo para sua mesa. Vou até a sala da Anne, e ela está escrevendo, bem nervosa. — Está tudo bem?— Está... Não está... quero dizer, está, está tudo bem.— Não parece. — Me sento na cadeira, e ela ergue o olhar para mim. — Anne, não quero que você fique sob pressão.— Eu sei, mas tem gente que me irrita. Vou dar só mais uma chance para essa nova enfermeira. Se ela me encher o saco, eu quero ela fora do meu plantão e bem longe das minhas crianças.Ela já está estressada só pelo que essa enfermeira fez com as crianças. Imagina se ela soubesse que essa mulher está tentando me seduzir... Acho que a jogaria pela janela. Fico olhando ela trabalhar, até ela falar que finalizou. Ela olha para mim e sorri, soltando um suspiro.— Já perdi as contas de quantas vezes liguei para casa. Na última, a Sophia já estava dormindo.— Ela vai ficar bem, pode ficar tr