O PASSADO DE ANA - PARTE 6Naquele dia Ana não aceitou as coisas pacificamente, estava cansada daquela vida e, sem conseguir se controlar, disse tudo o que pensava, tudo o que sentia mas, isso só serviu para aumentar a raiva de Marcus.— Por que escondeu a gravidez? — Ana não responde — FALA PORRA, POR QUE ESCONDEU DE MIM QUE ESTAVA GRÁVIDA? — Marcus gritava fora de controle.— Porque você é um monstro, um demônio em forma de gente. Eu te odeio com todas as minhas forças. Agora vai fazer o que? Me bater? Não será novidade, mas lembre-se que eu estou grávida de um filho seu.— Pensasse nisso antes de tentar fugir de mim.Como última punição ele lhe cobre o nariz e a boca, rindo ao vê-la se debater. Quando ele a solta, Ana tenta se recuperar, buscando o ar. Ana só sentia pena da criança, pois viveria com ela no mesmo inferno.— Como castigo você ficará trancada nesse casa até o bebê nascer. Acabou a sua liberdade.— VOCÊ NÃO PODE ME DEIXAR TRANCADA, NÃO PODE! EU TE ODEIO! EU TE ODEIO, S
O PASSADO DE ANA - PARTE 7 (FINAL)Ana acorda em um hospital e, a primeira coisa que faz é passar as mãos na barriga, mas o seu coração já dizia que a criança não estava mais ali. Não sente tristeza, mas um certo alivio, e se sente mal por se sentir assim.Depois de ter a confirmação de ter perdido o bebê, Ana não diz nada, o alívio que sentia a fazia se sentir uma pessoa má. Ana não sabia como tinha chegado ao hospital, ela só se lembrava de ter ligado para Helena, mas não sabia quem tinha a socorrido, mas a sensação que tinha era que Marcus a qualquer momento entraria por aquela porta.Ela estava olhando para o teto quando Helena aparece em seu campo de visão.— Eu sinto muito. — Ana olha para Helena e lhe sorri, era um alívio saber que foi Helena quem a socorreu.— Não sinta. Obrigada por me ajudar.— Você tem família, Ana? Pai, mãe?— Os meus pais moram na periferia — Ana olha para Helena e morde os lábios nervosa — Mas eu não quero que eles saibam o que me aconteceu, provavelment
E assim, Ana conta a sua história para Luiz, que ouviu tudo atentamente, sem a interromper. O sol já aquecia a manhã, e eles ainda estavam deitados abraçados, com Ana contando como um desabafo a sua história.— Eu sinto muito por tudo o que você passou. Confesso que não sei nem o que te dizer, sei apenas o que sinto vontade de fazer.— Promete que não vai procurá-lo, eu prefiro continuar assim, sem ele saber de mim.— Pequena, eu prometo não procurar esse verme, mas se um dia ele aparecer, eu também prometo que acabo com ele.— Eu te amo Luiz. — Ana o olha e sente as lágrimas descerem por seu rosto — Eu pensei que jamais viverei um amor assim, mas estar ao seu lado é tudo o que eu mais quero.— Eu também te amo pequena, como nunca pensei amar alguém, pois eu nunca acreditei nessa coisa de amor de filmes de romance. Mas hoje eu posso dizer que ele existe.Eles se abraçam, com Ana escondida naqueles braços fortes que a abraçavam como se quisesse a proteger. Não há beijos, apenas carinho
Depois daquele dia, o relacionamento deles evoluiu, e Luiz a levou para conhecer os pais dele. Carlos Henrique, o irmão de Luiz, fez questão de estar presente no jantar oferecido pelos pais para conhecerem a mais nova nora, mas ao conhecê-la, ficaram surpresos. Ana era diferente das ex de Luiz, ela era uma pessoa muito simples, era miudinha, como a mãe disse, e não usava muita maquiagem e mesmo assim era muito bonita.Rosangela a mãe de Luiz, adorou a nora e aprovou o namoro do filho de imediato.— Ah Ana, não sabe como estou feliz por Luiz ter te conhecido, você sim é a esposa ideal para ele.— Eu sempre soube disso, desde que a vi. Ela é a minha alma gêmea. — Luiz fala abraçando Ana com carinho e lhe beijando o alto da cabeça.— Assim eu fico envergonhada — Ana sussurra sentindo-se sem jeito.— Não fique Ana, aqui é todo mundo sem vergonha.— Érica, isso é jeito de falar? — Carlos Henrique pergunta a namorada a olhando com reprovação.— Todos entenderam o que eu quis dizer, docinho
No dia do casamento de Helena, Ana primeiro arrumou as suas garotinhas, as deixando lindas como duas princesas. Depois delas arrumadas as deixou no quarto onde Helena estava acabando de se arrumar. Pedindo que ficassem quietinhas, ela sabia que Aurora obedeceria, mas Ágata iria precisar de algum de seus brinquedos para se entreter, por isso a deixou com um joguinho de montar.A maquiadora que Helena contratou já tinha feito a sua maquiagem, agora era só colocar o vestido. Depois de pronta se olhou no espelho e sorriu satisfeita, estava realmente linda. Antes de sair ao encontro de Luiz, que já a esperava, se olhou no espelho mais uma vez e sorriu, além de linda estava indo ao encontro daquele que a amava e a elogiava o tempo todo.Eles chegaram ao local do evento como um belo casal apaixonado. Ana parecia outra pessoa, estava segura e confiante, e não mais se importava de Luiz abraçá-la perante as pessoas, pelo contrário, adorava se perder nos braços dele. Ela sempre o envolvia pela c
Ao saber que a filha iria visitá-los, Elizabete chora, sentia saudade da sua filha mais velha, mas estava feliz por ela estar bem e bem longe de Marcus que ainda perguntava por ela aos irmãos dela. Elizabete há muito tempo não o via e nem fazia questão.Quando soube que Ana levaria alguém com ela, disse que faria um almoço para eles, Ana quis dizer que não precisava, mas iria entristecer a mãe, e com certeza Luiz não iria reparar nas condições em que viviam.Enfim, chegou o dia que iriam visitar os pais de Ana. Ela arrumou uma pequena bagagem, iriam pernoitar em um hotel. Ana estava muito nervosa, mas não mais com medo.Ao chegarem no bairro onde os pais dela moravam, Luiz pode ver o motivo de Ana ter passado por tantas dificuldades, pelo que ela lhe contou sua vida sempre foi sofrida e ao ver o lugar onde ela morava, tentou se colocar no lugar dela. As ruas eram de terra, com lixos jogados em alguns terrenos baldios e cheios de mato, era um lugar muito pobre.— Você morava aqui? — Lu
Luiz fica observando mãe e filha conversarem, ele acredita que tudo o que Ana fez foi pensando na mãe, por quem demonstrava muito carinho. Elizabete não tinha nenhuma vaidade, era uma mulher humilde, vestia um vestido de malha, talvez comprado com o dinheiro que a filha lhe mandava, e calçava uma sandália de borracha gasta. Os cabelos estavam presos em um coque e as unhas não eram pintadas, nem um batom ela usava, talvez por estar em casa ele pensa. Mas era difícil pensar em sua mãe vestida daquele jeito, nem os filhos ela gostava que a vissem desarrumada.Ao mesmo tempo ele pensa na irmã de Ana, que vestia um short jeans curto e um top, as unhas eram pintadas e chamativas, os olhos estavam maquiados e usava um batom vermelho. Nós pés usava uma sandália de borracha, mas não era uma chinelo simples como o que a mãe usava. A produção não combinava nada com nada, mas talvez por ela se sentir tão alto confiante não estivesse feio.Ademir não demora chegar trazendo duas garrafas de refrige
Anadeli fica sem reação, a última pessoa que esperava ver ali era o namorado de sua irmã, que nem se lembrava do nome, mas o olhar dele sobre ela, a intimidava a deixando sem saber o que dizer.— Calma aí meu camarada, não é nada do que está pensando, eu não tenho nada com ela.— Pouco me importa o relacionamento de vocês. — Marcus ri, pensando que o homem a sua frente estava com ciúmes de Anadeli.— Não se preocupe, o meu negócio é com a maldita da irmã dela que fugiu de mim.— Só vejo um maldito à minha frente — Luiz fala já sentindo os punhos ganhando vida própria.— Peralá, vamos com calma, já disse que o meu negócio é com a irmã dela, aquela desgraçada que fugiu de mim e pensou que vindo até aqui com um idiota qualquer iria me amedrontar.— CALA BOCA MARCUS!!!! QUE INFERNO!!! — Anadeli grita irritada.— Ei, o que está acontecendo? — Marcus segura Anadeli pelo braço — Quem é esse cara Anadeli?— O namorado da minha irmã — Anadeli revela enfim, puxando o braço que Marcus ainda seg