E assim, Ana conta a sua história para Luiz, que ouviu tudo atentamente, sem a interromper. O sol já aquecia a manhã, e eles ainda estavam deitados abraçados, com Ana contando como um desabafo a sua história.— Eu sinto muito por tudo o que você passou. Confesso que não sei nem o que te dizer, sei apenas o que sinto vontade de fazer.— Promete que não vai procurá-lo, eu prefiro continuar assim, sem ele saber de mim.— Pequena, eu prometo não procurar esse verme, mas se um dia ele aparecer, eu também prometo que acabo com ele.— Eu te amo Luiz. — Ana o olha e sente as lágrimas descerem por seu rosto — Eu pensei que jamais viverei um amor assim, mas estar ao seu lado é tudo o que eu mais quero.— Eu também te amo pequena, como nunca pensei amar alguém, pois eu nunca acreditei nessa coisa de amor de filmes de romance. Mas hoje eu posso dizer que ele existe.Eles se abraçam, com Ana escondida naqueles braços fortes que a abraçavam como se quisesse a proteger. Não há beijos, apenas carinho
Depois daquele dia, o relacionamento deles evoluiu, e Luiz a levou para conhecer os pais dele. Carlos Henrique, o irmão de Luiz, fez questão de estar presente no jantar oferecido pelos pais para conhecerem a mais nova nora, mas ao conhecê-la, ficaram surpresos. Ana era diferente das ex de Luiz, ela era uma pessoa muito simples, era miudinha, como a mãe disse, e não usava muita maquiagem e mesmo assim era muito bonita.Rosangela a mãe de Luiz, adorou a nora e aprovou o namoro do filho de imediato.— Ah Ana, não sabe como estou feliz por Luiz ter te conhecido, você sim é a esposa ideal para ele.— Eu sempre soube disso, desde que a vi. Ela é a minha alma gêmea. — Luiz fala abraçando Ana com carinho e lhe beijando o alto da cabeça.— Assim eu fico envergonhada — Ana sussurra sentindo-se sem jeito.— Não fique Ana, aqui é todo mundo sem vergonha.— Érica, isso é jeito de falar? — Carlos Henrique pergunta a namorada a olhando com reprovação.— Todos entenderam o que eu quis dizer, docinho
No dia do casamento de Helena, Ana primeiro arrumou as suas garotinhas, as deixando lindas como duas princesas. Depois delas arrumadas as deixou no quarto onde Helena estava acabando de se arrumar. Pedindo que ficassem quietinhas, ela sabia que Aurora obedeceria, mas Ágata iria precisar de algum de seus brinquedos para se entreter, por isso a deixou com um joguinho de montar.A maquiadora que Helena contratou já tinha feito a sua maquiagem, agora era só colocar o vestido. Depois de pronta se olhou no espelho e sorriu satisfeita, estava realmente linda. Antes de sair ao encontro de Luiz, que já a esperava, se olhou no espelho mais uma vez e sorriu, além de linda estava indo ao encontro daquele que a amava e a elogiava o tempo todo.Eles chegaram ao local do evento como um belo casal apaixonado. Ana parecia outra pessoa, estava segura e confiante, e não mais se importava de Luiz abraçá-la perante as pessoas, pelo contrário, adorava se perder nos braços dele. Ela sempre o envolvia pela c
Ao saber que a filha iria visitá-los, Elizabete chora, sentia saudade da sua filha mais velha, mas estava feliz por ela estar bem e bem longe de Marcus que ainda perguntava por ela aos irmãos dela. Elizabete há muito tempo não o via e nem fazia questão.Quando soube que Ana levaria alguém com ela, disse que faria um almoço para eles, Ana quis dizer que não precisava, mas iria entristecer a mãe, e com certeza Luiz não iria reparar nas condições em que viviam.Enfim, chegou o dia que iriam visitar os pais de Ana. Ela arrumou uma pequena bagagem, iriam pernoitar em um hotel. Ana estava muito nervosa, mas não mais com medo.Ao chegarem no bairro onde os pais dela moravam, Luiz pode ver o motivo de Ana ter passado por tantas dificuldades, pelo que ela lhe contou sua vida sempre foi sofrida e ao ver o lugar onde ela morava, tentou se colocar no lugar dela. As ruas eram de terra, com lixos jogados em alguns terrenos baldios e cheios de mato, era um lugar muito pobre.— Você morava aqui? — Lu
Luiz fica observando mãe e filha conversarem, ele acredita que tudo o que Ana fez foi pensando na mãe, por quem demonstrava muito carinho. Elizabete não tinha nenhuma vaidade, era uma mulher humilde, vestia um vestido de malha, talvez comprado com o dinheiro que a filha lhe mandava, e calçava uma sandália de borracha gasta. Os cabelos estavam presos em um coque e as unhas não eram pintadas, nem um batom ela usava, talvez por estar em casa ele pensa. Mas era difícil pensar em sua mãe vestida daquele jeito, nem os filhos ela gostava que a vissem desarrumada.Ao mesmo tempo ele pensa na irmã de Ana, que vestia um short jeans curto e um top, as unhas eram pintadas e chamativas, os olhos estavam maquiados e usava um batom vermelho. Nós pés usava uma sandália de borracha, mas não era uma chinelo simples como o que a mãe usava. A produção não combinava nada com nada, mas talvez por ela se sentir tão alto confiante não estivesse feio.Ademir não demora chegar trazendo duas garrafas de refrige
Anadeli fica sem reação, a última pessoa que esperava ver ali era o namorado de sua irmã, que nem se lembrava do nome, mas o olhar dele sobre ela, a intimidava a deixando sem saber o que dizer.— Calma aí meu camarada, não é nada do que está pensando, eu não tenho nada com ela.— Pouco me importa o relacionamento de vocês. — Marcus ri, pensando que o homem a sua frente estava com ciúmes de Anadeli.— Não se preocupe, o meu negócio é com a maldita da irmã dela que fugiu de mim.— Só vejo um maldito à minha frente — Luiz fala já sentindo os punhos ganhando vida própria.— Peralá, vamos com calma, já disse que o meu negócio é com a irmã dela, aquela desgraçada que fugiu de mim e pensou que vindo até aqui com um idiota qualquer iria me amedrontar.— CALA BOCA MARCUS!!!! QUE INFERNO!!! — Anadeli grita irritada.— Ei, o que está acontecendo? — Marcus segura Anadeli pelo braço — Quem é esse cara Anadeli?— O namorado da minha irmã — Anadeli revela enfim, puxando o braço que Marcus ainda seg
Sabendo que já estava fora há muito tempo, Luiz para no primeiro mercadinho que encontra pela frente, sem tempo de escolher o que quer comprar, ele pede a ajuda de um dos funcionários que se empolga e o ajuda a encher o carrinho, na verdade os carrinhos. Ao colocar as compras no carro, pensa ter feito compras para mais de meses, mas isso não era problema e sim a solução para a sua sogra que era a única que parecia sentir carinho por Ana e com isso ela ganhou alguns pontos com ele, pensa rindo enquanto guarda as compras no carro.Quando ele chega Ana estava olhando pela janela, talvez com medo de se mostrar na rua mas ele não iria dizer o que tinha acontecido. A camisa branca que vestiu e que ficou suja de sangue, ele não se deu o trabalho de guardar para lavar, jogou na única lixeira que encontrou no bairro de onde tinha acabado de vim.— Amor você demorou... — Ana corre para recebê-lo, e ao ver a quantidade de bolsas no carro fica sem ação — Eis aí o motivo da demora — Ela sorri, poi
Ana ao chegar em casa conta a Helena sobre o atropelamento de Marcus. Helena acha muita coincidência ele ter sido atropelado no dia em que Ana foi visitar os pais com Luiz.— Você sabe como foi esse atropelamento? — Helena pergunta com uma suspeita.— Na verdade, eu nem procurei saber.— Você fez bem, não vale a pena se preocupar com esse traste, melhor até esquecermos esse assunto.Assim elas fazem, e Ana conta sobre as compras exageradas de Luiz, e Helena ao saber que ele foi fazer as compras sozinho, acreditou estar certa sobre o que achava ter sido o atropelamento do maléfico Marcus.A noite, quando Luiz se junta a eles para mais um festival de pizza, Helena consegue um jeito de ficar a sós com ele.— Você agora é trator? — Luiz a olha de lado, mas não responde, apenas ri — Teria feito o mesmo se eu fosse do seu tamanho — Helena esbarra no ombro dele sorrindo.— Como soube que fui eu? — Luiz pergunta, vendo se Ana não estava por perto.— Não se preocupe, pedi a ela que desse uma o