Ao saber que a filha iria visitá-los, Elizabete chora, sentia saudade da sua filha mais velha, mas estava feliz por ela estar bem e bem longe de Marcus que ainda perguntava por ela aos irmãos dela. Elizabete há muito tempo não o via e nem fazia questão.Quando soube que Ana levaria alguém com ela, disse que faria um almoço para eles, Ana quis dizer que não precisava, mas iria entristecer a mãe, e com certeza Luiz não iria reparar nas condições em que viviam.Enfim, chegou o dia que iriam visitar os pais de Ana. Ela arrumou uma pequena bagagem, iriam pernoitar em um hotel. Ana estava muito nervosa, mas não mais com medo.Ao chegarem no bairro onde os pais dela moravam, Luiz pode ver o motivo de Ana ter passado por tantas dificuldades, pelo que ela lhe contou sua vida sempre foi sofrida e ao ver o lugar onde ela morava, tentou se colocar no lugar dela. As ruas eram de terra, com lixos jogados em alguns terrenos baldios e cheios de mato, era um lugar muito pobre.— Você morava aqui? — Lu
Luiz fica observando mãe e filha conversarem, ele acredita que tudo o que Ana fez foi pensando na mãe, por quem demonstrava muito carinho. Elizabete não tinha nenhuma vaidade, era uma mulher humilde, vestia um vestido de malha, talvez comprado com o dinheiro que a filha lhe mandava, e calçava uma sandália de borracha gasta. Os cabelos estavam presos em um coque e as unhas não eram pintadas, nem um batom ela usava, talvez por estar em casa ele pensa. Mas era difícil pensar em sua mãe vestida daquele jeito, nem os filhos ela gostava que a vissem desarrumada.Ao mesmo tempo ele pensa na irmã de Ana, que vestia um short jeans curto e um top, as unhas eram pintadas e chamativas, os olhos estavam maquiados e usava um batom vermelho. Nós pés usava uma sandália de borracha, mas não era uma chinelo simples como o que a mãe usava. A produção não combinava nada com nada, mas talvez por ela se sentir tão alto confiante não estivesse feio.Ademir não demora chegar trazendo duas garrafas de refrige
Anadeli fica sem reação, a última pessoa que esperava ver ali era o namorado de sua irmã, que nem se lembrava do nome, mas o olhar dele sobre ela, a intimidava a deixando sem saber o que dizer.— Calma aí meu camarada, não é nada do que está pensando, eu não tenho nada com ela.— Pouco me importa o relacionamento de vocês. — Marcus ri, pensando que o homem a sua frente estava com ciúmes de Anadeli.— Não se preocupe, o meu negócio é com a maldita da irmã dela que fugiu de mim.— Só vejo um maldito à minha frente — Luiz fala já sentindo os punhos ganhando vida própria.— Peralá, vamos com calma, já disse que o meu negócio é com a irmã dela, aquela desgraçada que fugiu de mim e pensou que vindo até aqui com um idiota qualquer iria me amedrontar.— CALA BOCA MARCUS!!!! QUE INFERNO!!! — Anadeli grita irritada.— Ei, o que está acontecendo? — Marcus segura Anadeli pelo braço — Quem é esse cara Anadeli?— O namorado da minha irmã — Anadeli revela enfim, puxando o braço que Marcus ainda seg
Sabendo que já estava fora há muito tempo, Luiz para no primeiro mercadinho que encontra pela frente, sem tempo de escolher o que quer comprar, ele pede a ajuda de um dos funcionários que se empolga e o ajuda a encher o carrinho, na verdade os carrinhos. Ao colocar as compras no carro, pensa ter feito compras para mais de meses, mas isso não era problema e sim a solução para a sua sogra que era a única que parecia sentir carinho por Ana e com isso ela ganhou alguns pontos com ele, pensa rindo enquanto guarda as compras no carro.Quando ele chega Ana estava olhando pela janela, talvez com medo de se mostrar na rua mas ele não iria dizer o que tinha acontecido. A camisa branca que vestiu e que ficou suja de sangue, ele não se deu o trabalho de guardar para lavar, jogou na única lixeira que encontrou no bairro de onde tinha acabado de vim.— Amor você demorou... — Ana corre para recebê-lo, e ao ver a quantidade de bolsas no carro fica sem ação — Eis aí o motivo da demora — Ela sorri, poi
Ana ao chegar em casa conta a Helena sobre o atropelamento de Marcus. Helena acha muita coincidência ele ter sido atropelado no dia em que Ana foi visitar os pais com Luiz.— Você sabe como foi esse atropelamento? — Helena pergunta com uma suspeita.— Na verdade, eu nem procurei saber.— Você fez bem, não vale a pena se preocupar com esse traste, melhor até esquecermos esse assunto.Assim elas fazem, e Ana conta sobre as compras exageradas de Luiz, e Helena ao saber que ele foi fazer as compras sozinho, acreditou estar certa sobre o que achava ter sido o atropelamento do maléfico Marcus.A noite, quando Luiz se junta a eles para mais um festival de pizza, Helena consegue um jeito de ficar a sós com ele.— Você agora é trator? — Luiz a olha de lado, mas não responde, apenas ri — Teria feito o mesmo se eu fosse do seu tamanho — Helena esbarra no ombro dele sorrindo.— Como soube que fui eu? — Luiz pergunta, vendo se Ana não estava por perto.— Não se preocupe, pedi a ela que desse uma o
Como Ana estava sozinha, na hora do almoço ela decide fazer apenas uma omelete para ela almoçar, mas no jantar faria algo especial. Ela se senta no sofá com as pernas cruzadas e pesquisa alguns pratos mais sofisticados, mas que não fossem difíceis de preparar.Como Luiz não tinha um horário certo para chegar em casa, no final da tarde Ana decide deixar tudo pronto para a sua chegada. Depois de tomar um banho, ela veste um vestido vermelho de alcinha, tinha comprado aquele vestido com o incentivo de Sofia, que a ajudava nas escolhas das roupas quando iam as compras juntas, Sofia era uma boa companhia, geralmente ela saia com Helena, mas as vezes ela a chamava para irem ao shopping.Nos pés, pôs uma sandália nude com um pequeno salto, sua sorte foi ter escutado os conselhos de Luiz e ter deixado algumas peças de roupas no apartamento dele, que não cansava de repetir que o apartamento também era dela, e a verdade é que Ana já se sentia em casa ali.Por não gostar de usar maquiagem, optou
Ana o olha e confirma com a cabeça ainda sorrindo em meio às lágrimas. Luiz tenta lhe enxugar as lágrimas que molham o seu rosto. Ela solta o ar em um sopro, buscando controlar as emoções para conseguir falar.— Saiba que é tudo o que eu mais quero, ser a sua esposa.Dessa vez há muito mais que abraço, Luiz a coloca de pé no sofá, pois era mais fácil de beijá-la. Eles se beijam entre lágrimas e sorrisos, com Ana abraçada ao pescoço do homem que ama. Ela nunca pensou viver um dia como aquele, nunca imaginou que um dia sairia do inferno em que vivia e viveria dias de paz ao lado de alguém que realmente a amava. Nunca se imaginou noiva, noiva, ela estava noiva pensa ainda emocionada, vendo o lindo solitário que foi colocado em seu dedo anelar da mão direita.Não nega ter sonhado encontrar alguém para recomeçar, mas nunca imaginou que esse alguém fosse Luiz, aquele que a enchia de carinho, aquele que a escondia em seus braços e ria ao dizer que ali ela sempre estaria protegida por estar e
Luiz tinha ido buscar Ana no sábado, como sempre fazia quando estava de folga, e ao chegar no prédio ele aperta dois andares acima do dele, fazendo ela o olhar sem entender.— O corretor está nos esperando — Ele a abraça — Me desculpe, mas eu já fui dar uma espiadinha — Confessa rindo — O apartamento foi reformado para a venda, e confesso que gostei da reforma, mas podemos mudar alguma coisa se você quiser.Ao chegarem no apartamento a porta estava aberta e eles entram inde de encontro ao corretor. Ana ficou encantada. Mesmo vazio, o apartamento era bonito, a sala era bem maior a do apartamento de Luiz, a cozinha, podia ser da mesma largura, porém mais comprida, assim como a área de serviço, até mesmo a sacada era mais ampla.— E então? O que achou?— Sou suspeita falar alguma coisa, mas eu achei o apartamento lindo — Ana vai até a sacada que era separado da sala por uma parede de vidro e portas de correr — É muito lindo.— Então aqui será o nosso lar — Ele beija a sua testa — Irei ve