O PASSADO DE ANA - PARTE 3A cada dia a vida de Ana se tornava pior, mesmo que ela acreditasse não ser possível, Marcus fazia questão de provar a ela que era. As vezes ela apanhava tanto que preferia que ele a matasse para acabar com o seu sofrimento, mas as vezes também ela queria que um milagre acontecesse e a tirasse daquela vida.Marcus com a sua beleza e os seus olhos claros, parecia mais ser um modelo de capa de revista, parecia mais ser um anjo do que o próprio demônio. Ele era mecânico, tinha uma oficina de automóveis e gostava de usar calça jeans justas tanto para trabalhar quanto para sair, as camisas que vestia costumavam ser justas e de botões, fazendo questão de deixar os primeiros botões abertos, talvez para mostrar o peito musculoso, atraindo os olhares feminino.Ana se sentia sozinha, sem ter a quem pedir ajuda. Da sua casa a única que demonstrava se preocupar com ela era a sua mãe, mas que nada podia fazer, o seu pai era o que mais defendia Marcus, já que adorava bebe
O PASSADO DE ANA - PARTE 4Na manhã seguinte Ana acorda passando muito mal e Marcus não a provoca por vê-la quase desmaiando.— Acho que você realmente está doente — Marcus diz ao vê-la pálida — Tome esse dinheiro é vá procurar um médico, desde ontem você está dizendo estar passando mal. — Marcus lhe dá algumas notas para ela pagar uma consulta.Assim que Marcus sai ela se veste e vai a pé até o posto de saúde, ela já conhecia as funcionárias do posto e conseguiu que coletassem seu sangue para enviar para o laboratório. Ela chega em casa se sentindo esgotada, mas mesmo assim ela faz a janta, não queria correr o risco de Marcus chegar e a agredir por não ter feito comida.— O que foi fazer no posto de saúde? — Marcus pergunta quando chega em casa e ela se pergunta como ele ficou sabendo.— Eu fui ao médico como me disse e precisei fazer alguns exames, fui no posto para poder marcar.— Eu te dei dinheiro não foi o suficiente?— guardei o troco, caso precise comprar remédio — Queria que
O PASSADO DE ANA - PARTE 5Ana fica em silêncio, era estranho alguém demonstrar preocupação com ela, geralmente as pessoas nem a olhavam, Ana permanece olhando para a jovem grávida que esperava uma responsta, e pensa não ter problema ela ser a primeira pessoa a saber sobre a gravidez.— Eu estou grávida — Ana responde desviando o olhar e continua a falar — Saber que estou grávida deveria me deixar feliz, mas eu não estou, e me sinto mal por isso — Ana volta a chorar — Sei que o bebê não tem culpa de nada, mas eu não queria estar grávida, e me sinto péssima por não querer essa criança.— Olha, eu não te conheço, mas acredito que você tenha motivos para não querer estar grávida, por isso eu não vou te julgar. Mas sei também que quando você sentir o bebê mexer em sua barriga, vai o amar, a sensação é mágica.— Seu marido ficou feliz quando soube da gravidez?— Eu moro com o meu pai, não sou casada. E você, é casada?— Infelizmente — Ana olha para a jovem ao seu lado — Me chamo Ana, e voc
O PASSADO DE ANA - PARTE 6Naquele dia Ana não aceitou as coisas pacificamente, estava cansada daquela vida e, sem conseguir se controlar, disse tudo o que pensava, tudo o que sentia mas, isso só serviu para aumentar a raiva de Marcus.— Por que escondeu a gravidez? — Ana não responde — FALA PORRA, POR QUE ESCONDEU DE MIM QUE ESTAVA GRÁVIDA? — Marcus gritava fora de controle.— Porque você é um monstro, um demônio em forma de gente. Eu te odeio com todas as minhas forças. Agora vai fazer o que? Me bater? Não será novidade, mas lembre-se que eu estou grávida de um filho seu.— Pensasse nisso antes de tentar fugir de mim.Como última punição ele lhe cobre o nariz e a boca, rindo ao vê-la se debater. Quando ele a solta, Ana tenta se recuperar, buscando o ar. Ana só sentia pena da criança, pois viveria com ela no mesmo inferno.— Como castigo você ficará trancada nesse casa até o bebê nascer. Acabou a sua liberdade.— VOCÊ NÃO PODE ME DEIXAR TRANCADA, NÃO PODE! EU TE ODEIO! EU TE ODEIO, S
O PASSADO DE ANA - PARTE 7 (FINAL)Ana acorda em um hospital e, a primeira coisa que faz é passar as mãos na barriga, mas o seu coração já dizia que a criança não estava mais ali. Não sente tristeza, mas um certo alivio, e se sente mal por se sentir assim.Depois de ter a confirmação de ter perdido o bebê, Ana não diz nada, o alívio que sentia a fazia se sentir uma pessoa má. Ana não sabia como tinha chegado ao hospital, ela só se lembrava de ter ligado para Helena, mas não sabia quem tinha a socorrido, mas a sensação que tinha era que Marcus a qualquer momento entraria por aquela porta.Ela estava olhando para o teto quando Helena aparece em seu campo de visão.— Eu sinto muito. — Ana olha para Helena e lhe sorri, era um alívio saber que foi Helena quem a socorreu.— Não sinta. Obrigada por me ajudar.— Você tem família, Ana? Pai, mãe?— Os meus pais moram na periferia — Ana olha para Helena e morde os lábios nervosa — Mas eu não quero que eles saibam o que me aconteceu, provavelment
E assim, Ana conta a sua história para Luiz, que ouviu tudo atentamente, sem a interromper. O sol já aquecia a manhã, e eles ainda estavam deitados abraçados, com Ana contando como um desabafo a sua história.— Eu sinto muito por tudo o que você passou. Confesso que não sei nem o que te dizer, sei apenas o que sinto vontade de fazer.— Promete que não vai procurá-lo, eu prefiro continuar assim, sem ele saber de mim.— Pequena, eu prometo não procurar esse verme, mas se um dia ele aparecer, eu também prometo que acabo com ele.— Eu te amo Luiz. — Ana o olha e sente as lágrimas descerem por seu rosto — Eu pensei que jamais viverei um amor assim, mas estar ao seu lado é tudo o que eu mais quero.— Eu também te amo pequena, como nunca pensei amar alguém, pois eu nunca acreditei nessa coisa de amor de filmes de romance. Mas hoje eu posso dizer que ele existe.Eles se abraçam, com Ana escondida naqueles braços fortes que a abraçavam como se quisesse a proteger. Não há beijos, apenas carinho
Depois daquele dia, o relacionamento deles evoluiu, e Luiz a levou para conhecer os pais dele. Carlos Henrique, o irmão de Luiz, fez questão de estar presente no jantar oferecido pelos pais para conhecerem a mais nova nora, mas ao conhecê-la, ficaram surpresos. Ana era diferente das ex de Luiz, ela era uma pessoa muito simples, era miudinha, como a mãe disse, e não usava muita maquiagem e mesmo assim era muito bonita.Rosangela a mãe de Luiz, adorou a nora e aprovou o namoro do filho de imediato.— Ah Ana, não sabe como estou feliz por Luiz ter te conhecido, você sim é a esposa ideal para ele.— Eu sempre soube disso, desde que a vi. Ela é a minha alma gêmea. — Luiz fala abraçando Ana com carinho e lhe beijando o alto da cabeça.— Assim eu fico envergonhada — Ana sussurra sentindo-se sem jeito.— Não fique Ana, aqui é todo mundo sem vergonha.— Érica, isso é jeito de falar? — Carlos Henrique pergunta a namorada a olhando com reprovação.— Todos entenderam o que eu quis dizer, docinho
No dia do casamento de Helena, Ana primeiro arrumou as suas garotinhas, as deixando lindas como duas princesas. Depois delas arrumadas as deixou no quarto onde Helena estava acabando de se arrumar. Pedindo que ficassem quietinhas, ela sabia que Aurora obedeceria, mas Ágata iria precisar de algum de seus brinquedos para se entreter, por isso a deixou com um joguinho de montar.A maquiadora que Helena contratou já tinha feito a sua maquiagem, agora era só colocar o vestido. Depois de pronta se olhou no espelho e sorriu satisfeita, estava realmente linda. Antes de sair ao encontro de Luiz, que já a esperava, se olhou no espelho mais uma vez e sorriu, além de linda estava indo ao encontro daquele que a amava e a elogiava o tempo todo.Eles chegaram ao local do evento como um belo casal apaixonado. Ana parecia outra pessoa, estava segura e confiante, e não mais se importava de Luiz abraçá-la perante as pessoas, pelo contrário, adorava se perder nos braços dele. Ela sempre o envolvia pela c