Carolina O quão rápido alguém vende a própria alma ao diabo? Foi a pergunta que infernizou os meus pensamentos durante toda a noite entre cochilos e momentos nos quais deixava as lagrimas caírem soltas, nem mesmo as palavras duras de Razmunikin foram capazes de arrastar-me tão profundamente quanto uma das milhares de possibilidades sobre o paradeiro dele. Agora, observando os olhos veerdes com rajadas castanhas tão marcadas sinto uma raiva pertubadora, como pode se infiltrar na minha pele como um veneno e com esse charme vicioso. A maldade da sua beleza é perniciosa. “Deveria mesmo imaginar que sorriria depois de me abandonar aqui para foder uma mulher qualquer.” Cruzo os braços precisando manter a estabilidade enquanto ele dá passos a frente. Nem mesmo reconheço essa voz petulante dentro da mente que reclama em cada cogitação sobre ele estar com outra pessoa, ou a falta de moral recriminando uma mulher que nem deve ter culpa. A fagulha de preocupação que senti durante a noite co
Carolina Minha respiração pesada contra o tapete e o medo de olhar para trás, apesar de sentir o calor dos olhos nos quais aguardo como uma qualquer. O medo de ter o passado descoberto se coloca num recanto imaginário, Nicklaus se torna a única coisa da qual consigo pensar e desejar.“O que fez de errado Carolina?” A voz rouca reverbera.Estremeço e sinto os ombros tensos voltando ao pavor de dois dias atrás dentro daquele banheiro, o toque nojento e as palavras sombrias.“Não é como se você precisasse de uma desculpa Nicklaus” declaro buscando fugir dessa sensação, escondendo a verdade na alma.“Não preciso, sabe muito bem que mesmo sem ter errado ainda te castigaria.” Declara, a lembrança do que fez comigo naquele quarto volta e revolta como posso estar tão desesperada por alguém assim. “Mas tenho essa sensação de que você não está falando algo.”Fico assustada com a voz contra o meu ouvido, o calor dele as minhas costas, os dedos se arrastando dos meus fios expondo o pescoço, talv
Nicklaus São milhares de vozes repercutindo na minha mente o tempo todo como se cada uma das almas que levei ao inferno precisassem gritar e comungar das minhas decisões, mas no momento em que sinto as paredes internas dela apertando o meu pau como a porra de um punho. O cu deliciosamente intacto para receber apenas a mim, a boceta pingando com os nossos gozos misturados fazendo o cheiro do sexo flutuar, retiro o pau de dentro dela depois dos espasmos vendo o fio de sangue acompanhando a minha porra para fora. E o silêncio é a dadiva da qual não procurava, para homens como eu, o silêncio é acompanhado pela dor da morte mas o anjo deitado no chão de palpebras pesadas, pernas entre abertas, bochechas rosadas, seios marcados e o sorriso de satisfasão se misturando com as lagrimas por descobrir ser tocada pela perversidão. Como poderia um pagão não se converter diante de um anjo que perde suas penas para aderir ao mais sujo e antigo pecado do homem, o desejo. Minha Perséfone deitada em
Observar cada passo dela dentro da casa é um passatempo divertido,mas ver a minha garotinha nos braços dele foi como destroçar mil vezes cada uma das minhas vísceras.O modo como cada pelo do seu corpo responde ao desgracado, sua excitação ao ser subjugada por ele, será que ela vai gostar quando a fizer sentir o que estou sentindo agora?A primeira vez que a vi, era tão miúda os olhos alegres e cheios de amor rodeada por dois idiotas apaixonados sendo acolhida pelos abraços da mãe e mimada pelo pai. Não poderia deixar que continuasse ali, não, Carolina precisava ser minha. E para ser minha deveria aprender a andar sobre os cacos de vidro que jogaria aos seus pés, se ajoelhar no fogo para dar-me um orgasmo.Uma criança tão bela de cabelos curtos ainda, bochechas rosadas e olhar tão escuro brilhando para cada frase estupida ensinada pelos pais. Eu me apaixonei, tão tolo. Carolina…Doce Carolina…Livrar-nos dos pais dela foi fácil, comprei o orfanato , manipulei a tudo e todos para tê-l
Carolina “Pronto, use essa pomada para amenizar a dor da queimadura” Indico ao entregar a prescrição ao homem.Mantendo o olha baixo da mesma forma como entrou aqui, é um padrão frustrante mas muitas vezes sinto certa leveza em não encarar olhares assassinos ou com segundas intenções. Os homens de Nicklaus se machucam repetidamente, o pequeno consultório se tornou quase um pronto socorro as vezes fico sem saber o que fazer quando trazem casos mais graves.Preciso ligar para professores, buscando usar o máximo de tudo disponível, graças a Deus que até o momento ninguém morreu na minha maca apesar das grandes poças de sangue.Foi preciso fazer um pequeno reparo no chão para facilitar a limpeza trocando o carpete que estava causando uma bagunça na minha libido pelo chão liso com a canaleta e um ralo.As mulheres continuam vindo, agora, Maya está ficando mais comigo como assistente organizando os dias mais livres, principalmente para as gestantes. E o horário das minhas aulas.De tudo is
Carolina O ato parece demorar uma eternidade, mesmo que a carne suporte a dor as marcas dos rasgos feitos na alma sangram, o objetivo era derrubar alguns dos meus tijolos na muralha que construi para proteger meu coração. Razmunikin conseguiu abalar cada uma das minhas estruturas, seus gritos roucos enquanto empurra o meu corpo para a frente fazendo a pele deslizar pelo liquido que fica grudento, puxo o ar pelo nariz e acabo sentindo a bile regurgitando. Fazendo o ardor subir com força enquanto o vomito escapa pelos meus lábios sem ter forças para afastar os cabelos. Sua risada ecoa pelo lugar, a mão direita envolve o meu ombro com força apertando para tomar mais controle. Choro alto, com soluços fortes. “O som do seu choro é excitante Carolina.” Ele bate na minha bunda. “É por isso que ele casou com você não é?” Fico calada buscando segurar os pedaços do meu maldito coração, os olhos azuis de uma das garotas parece ler cada uma das minhas dores, cada pedaço dos meus pecados, as m
NicklausRetiro o celular do bolso enquanto limpo a lâmina da faca no blazer preto.“Alguma coisa está acontecendo”Bufo impaciente para as palavras repetidas do meu irmão, é como dar voltas em um carrossel.“Não e esse o motivo pelo qual estou a quase quinze dias fazendo uma limpeza pelos condados do país?” Questiono.“Você não está entendendo irmão”Posso até ver a forma como deve estar nervoso passando a mão nos fios loiros.“Explique melhor, então.”“Carolina sumiu.”“O que?!” Rosno quase perdendo a compostura na frente dos soldados que fazem uma limpeza no galpão sujo de corpos mutilados.“Três dias depois que você viajou, ela sumiu por horas”“E você está me contando isso agora porra?”A fúria que sinto apenas lateja um pouco mais dentro do peito fazendo tudo queimar, a preocupação com aquele anjo é assustadora.Sentir uma emoção tão injusta como essa é para aquele que podem sonhar com o paraíso, não faz o meu tipo.“Precisava verificar tudo antes de falar com você principalment
Sabe qual o maior problema dos jogadores? A gana para ganhar sem suportar o peso da derrota, ao entrar em um jogo a necessidade da competição instalada em nossas mentes desde a infancia busca uma aprovação que só vem com a vitória. E o que eles inventam agora? Dar a todos a vitória, mas nenhum deles experimentou o gosto dela nem aceitaram ou provaram do gosto azedo da derrota. Apenas fingiram que não existia e seguiram adiante. Como sei disso? Se fosse um homem fraco como eles, poderia ter seguido em frente descartando o gosto azedo em perder a minha garota, mas, ao contrário foi o desejo de sentir o sabor doce da vitória que permanece alimentando cada uma das minhas expectativas. Por isso quando descubro que Nicklaus irá antecipar a volta para casa, tenho a certeza de que algo no plano original deu errado. Um homem desprecavido? Esse não sou eu. Na verdade abrir mão de uma peça ou duas é fundamental para vencer no xadrez, no caso, a quantidade de corpos que ficam no caminho ban