Incoerente

Carolina

Precisei segurar a respiração diante do corpo musculoso, as tatuagens feitas em tinta preta cobrindo cada pedaço da pele branca, os mamilos presos por duas pequenas argolas de aço. As mãos grandes e fortes apoiadas contra a madeira da porta, senti cada uma das batidas do meu coração retumbando contra os ouvidos admirando pelo canto do olho o maxilar trincado sem reações enquanto a agulha cortava a carne atravessando o fio finalizando um ponto, repetindo o processo mais sete vezes. Segui os conselhos dos professores sobre manter a expressão neutra a todo momento, buscando de alguma forma não transparecer o quanto estava afetada por ele. Quase gritei de alegria quando as portas foram abertas e após declarar que havia terminado, fui liberada, mesmo que para esperar do lado de fora. Respirar um pouco fora da órbita dele para clarear a mente, estava pronta para buscar alguma maneira

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