Enquanto isso, na mansão de Renzo, Madison tentava achar alguma brecha para poder escapar daquele lugar. Uma parte dela pedia para ela ficar quieta e esperar quer Maxwell viesse a resgatar, mas o outro lado a incentivava tentar fugir daquele lugar. Presa no sótão, ela estava ficando agoniada. As horas iam se passando enquanto ela ficava olhando para a brecha da porta.
Madison sabia que haviam dois seguranças do lado de fora fazendo sua guarda porque eles estavam conversando sobre um jogo de basquete que teve na noite anterior. Passos extras vieram em direção a porta do sótão e um dos homens perguntou:
— É o jantar da prisioneira?
— Sim, abra por favor — disse uma mulher.
Madison correu para a pequena cama que havia ali e se deitou, fingindo estar dormindo. A porta se abriu e uma mulher, na casa dos 40 anos entrou. Ela se vestia como empregada e tinha um olhar pacífico.
— Senhorita, aqui está seu jantar. Desculpe pelo atraso, a cozinheira havia esquecido e foi embora, eu preparei isso aqui para a senhorita. Espero que goste!
Disse a mulher, sabendo que Madison não estava dormindo porque seus olhos estavam fechados com muita força. Sabendo que foi descoberta, Madison abriu os olhos e se sentou na cama. A mulher se aproximou e colocou a bandeja ao lado de Madison na cama. Eram dois sanduíches com um copo de suco.
— Obrigada — Madison agradeceu.
— Por nada, senhorita — disse a mulher. — Eu me chamo Eleonora e você, como se chama?
— Madison, meu nome é Madison — respondeu pegando um dos sanduíches.
— Certo, Madison. Eu tenho que ir agora, não estou aqui todos os dias, mas precisando de alguma coisa, pode pedir aos rapazes do lado de fora para me avisar ou a governanta que estiver aqui no dia.
— Obrigada, Eleonora — Madison agradeceu.
— Por nada, buon appetito!
Eleonora se retirou daquele cômodo e a porta voltou a ser fechada. Madison estava com muita fome, mesmo que seu consciente lhe alertasse para não comer porque poderia estar envenenado, ela ouviu seu estomago roncar alto e sua barriga doeu. Então ela devorou os dois sanduíches e bebeu o copo de suco. Não havia nada de errado com o alimento, ela permaneceu bem e ativa.
Mais algumas horas se passaram e tudo lá fora ficou em silêncio. Os seguranças ainda estavam ali, ela viu pela sombra, mas estavam quietos. Olhando em volta, ela viu um duto de ar. Mesmo sem saber onde iria dar, Madison decidiu arriscar. Com o botão de sua calça ela conseguiu desparafusar a tela do duto de ar. Era pequeno a passagem, mas daria para ela passar por ali se arrastando. E assim ela fez.
Madison passou um bom tempo se arrastando entre os túneis do duto, ela acabou achando algumas áreas da casa que havia movimentação de seguranças, então foi testando outros caminhos. Por fim, quando sentiu uma brisa gelada, ela percebeu que estava se aproximando do exterior. Sorrindo animada ao ver o gramado vazio a sua frente, ela se virou e chutou a tela diversas vezes até conseguir arrancar a proteção.
Se arrastando para fora do duto, Madison comemorou internamente por respirar o ar livre. Depois de deslizar totalmente para fora, Madison se levantou do chão e estava pronta para correr quando teve seu pescoço agarrado com força e suas costas se chocaram com a parede causando uma dor aguda. O cheiro de álcool invadiu suas narinas e um rosnado próximo ao seu ouvido lhe causou uma corrente de arrepios.
— Aonde pensa que vai? — Renzo perguntou baixo e rouco.
Madison estava um pouco tonta devido ao movimento rápido e surpresa de Renzo. Ela levou alguns segundos para se recompor e a falta de resposta da parte dela deixou o homem mais furioso, o que resultou em seu pescoço se apertado com mais força. — Responda! — Renzo esbravejou. Madison tentou se livrar do aperto do homem, mas não conseguiu. — Me solta — ela disse com dificuldades. Renzo percebeu que estava usando força demais e afrouxou, fazendo Madison buscar por ar incessantemente. — Você quer me matar? — Madison perguntou inconformada. — Ainda não — Renzo sorriu de lado. — Mas continue me irritando e eu vou te picar em milhares de pedacinhos. Por mais calmo que Renzo estivesse falando, havia ameaça real em suas palavras, o que fez Madison estremecer. — Sério que você estava tentando fugir? — Renzo perguntou com escárnio. — E continuarei tentando até que voc
Renzo ficou paralisado por um instante com aquela informação. Uma mulher de 24 anos, em pleno século XXI, ser virgem. Além de tudo, ela e o seu irmão tinham um relacionamento amoroso há 2 anos, como Maxwell consegue controlar seus instintos masculinos perto dessa bela mulher sem poder tocá-la? Sem saber como lidar com aquela situação, Renzo saiu de cima de Madison e foi direto para o banheiro a deixando sozinha no quarto. Dentro do banheiro, Renzo se olhou no espelho e sua feição estava sombria. Seu corpo estava queimando de desejo por aquela mulher em sua cama. Queimando a ponto de fazê-lo esquecer por um momento que a mulher que ele amarrou em sua cama é a noiva de seu irmão. A fim de conseguir controlar sua excitação, depois de se despir, Renzo entrou no box de seu banheiro e ligou o chuveiro no frio. A água fria deu um choque em seu corpo quente, finalmente, o controlando. Contudo, ao pensar na mulher deitada em sua cama, Renzo ficou novamente e
Na manhã seguinte, Madison acordou com a claridade que preenchia o ambiente. Ela demorou um tempo para se lembrar onde estava e memórias da noite passada vieram a sua mente, a fazendo despertar imediatamente. Ela se sentou na cama e percebeu que havia sido desamarrada durante a noite e seu corpo estava coberto por um lençol. Seu nariz captou um cheiro estranho, então ela olhou na direção de onde vinha aquele cheiro e viu Renzo fumando na varanda. Ele estava virado para o quarto e a olhava fixamente. Madison notou que ele estava vestindo apenas uma calça de moletom. Como ela havia imaginado, ele era cheio de tatuagens e seu corpo era bem definido. — Gostou do que está vendo? — Renzo perguntou com um sorriso sarcástico. Madison despertou do seu transe e revirou os olhos com deboche para ele. — Sou muito mais o seu irmão — disse ela, mentindo para si mesmo. Renzo riu e entrou no quarto enquanto tragava seu cigarro. Chegando próx
— Senhor Moretti? Andrea atendeu a chamada de Renzo. — Algum movimento de Maxwell? — Descobrimos que ele estava em contato com alguns policiais amigos dele, tentando descobrir para onde levamos a senhorita Bennett. Mas já resolvemos isso, os policiais não estão mais disponíveis para cooperar com ele. E quanto a sua identidade, por enquanto está segura. Não sabemos o porquê ele ainda não revelou. Talvez seja para tentar se desvencilhar de você de alguma forma. Ele não vai querer ser associado ao Don da máfia italiana — disse Andrea. — Entendi. Vou enviar um vídeo, talvez ele motive o meu querido irmãozinho — disse Renzo. — Que tipo de vídeo o senhor quer, senhor? — Pode deixar que eu me encarrego de gravar. Fique atento a qualquer movimento dele — disse Renzo. — Sì, Don. Renzo finalizou a chamada e foi para o banheiro fazer sua higiene matinal. Do outro lado do corredor, Madison t
Renzo terminou de subir as escadas e foi em direção a suíte de hóspedes onde Madison estava. O segurança que estava parado na frente do quarto, abriu a porta para seu chefe que entrou com a bandeja de café da manhã. Renzo viu Eleonora penteando os cabelos de Madison, elas estavam de costas para ele e não perceberam sua entrada. Renzo colocou a bandeja em cima da cama e se aproximou em passos lentos, fazendo seu reflexo aparecer no espelho. O corpo de Madison estremeceu de medo ao ver a imagem daquele homem surgindo no espelho. Seus olhos se encontraram por um momento através dos reflexos, Madison tratou de desviar o olhar imediatamente, o que fez Renzo sorrir. — Prenda o cabelo dela em um coque. Renzo ordenou com sua voz alta e rouca, fazendo Madison o olhar através do espelho, novamente, mas desta vez, desesperada. Os olhos dela ficaram vermelhos novamente e lágrimas silenciosas tomaram sua face. Eleonora ficou preocupada, mas não ousou perguntar na presença de seu chefe. Vendo Mad
Madison acompanhou os seguranças em silêncio, mas seu coração estava acelerado. Ela pensou que iria para o sótão e não que voltaria para a presença de Renzo. Eles subiram para outro andar e foram direto para o escritório de Renzo, que já os aguardava. Um dos homens bateu na porta e Madison ouviu a voz potente de seu cunhado liberando a entrada deles. No entanto, na hora de entrar, um dos homens ficou do lado de fora do escritório e o outro entrou com Madison. O corpo da mulher se arrepiou, a temperatura daquela sala estava muito baixa e nem era somente por conta do ar-condicionado ligado. O olhar gélido de Renzo sobre ela também era a causa. — Venha, sente-se! Renzo ordenou apontando para a cadeira a sua frente. Madison se sentou de cabeça baixa, tentando evitar contato com seu cunhado, enquanto o segurança ficou parado de pé atrás dela. — Parece que meu irmão não se importa com você — disse Renzo com um sorriso debochado no rosto.
Renzo jogou a navalha e o pedaço de orelha em cima de sua mesa. — Leve-a para o sótão — Renzo ordenou ao seu segurança. — Sim, senhor. O homem foi até Madison e segurou o braço dela, que passou a gritar como forma de desabafar. Renzo franziu o cenho confuso. Enquanto enrolava um pano em sua mão, ele caminhou lentamente até sua cunhada e puxou a mão dela que cobria sua orelha. Madison se assustou e abriu os olhos vendo Renzo a encarando seriamente. — Você é um monstro! — Madison gritou com raiva. Renzo franziu a testa e reprimiu sua raiva, caso contrário, ele seria capaz de desmembrar sua cunhada ali em seu escritório. Ele levou a mão até a orelha de Madison e beliscou o local a fazendo gemer de dor. Contudo, aquela dor causou surpresa a Madison que levou a mão diretamente a sua orelha novamente. Seus dedos começaram a vasculhar o local e ela notou que sua orelha estava intacta. Madison olhou para Renzo surpresa.
Em uma sala fracamente iluminada, Madison Bennett, uma professora de piano em uma escola primária, se perguntava o porquê de estar ali. Ela não se lembrava de qualquer inimigo iminente que pudesse raptá-la a luz do dia para fazer qualquer tipo de cobrança. Pois ela tinha plena certeza que não era por dinheiro, visto que, tinha uma vida simples e não vinha de família rica. Madison tentava controlar sua respiração com o intuito de desacelerar as batidas de seu agitado coração. O medo corria em suas veias, ela não conseguia enxergar perfeitamente devido a péssima iluminação do ambiente. Ela não sabia exatamente a quanto tempo estava ali, pois a última coisa que lembra é de um carro preto fechando seu caminho e um homem alto, corpulento e, vestido de preto saindo do carro e indo em sua direção. Logo depois ela apagou e acordou dentro daquele cômodo. Faziam, mais ou menos, 30 minutos que Madison havia despertado e não havia sinal de qualquer outro ser humano dentr