Capítulo 05 - Fulga

             Enquanto isso, na mansão de Renzo, Madison tentava achar alguma brecha para poder escapar daquele lugar. Uma parte dela pedia para ela ficar quieta e esperar quer Maxwell viesse a resgatar, mas o outro lado a incentivava tentar fugir daquele lugar. Presa no sótão, ela estava ficando agoniada. As horas iam se passando enquanto ela ficava olhando para a brecha da porta.

             Madison sabia que haviam dois seguranças do lado de fora fazendo sua guarda porque eles estavam conversando sobre um jogo de basquete que teve na noite anterior. Passos extras vieram em direção a porta do sótão e um dos homens perguntou:

             — É o jantar da prisioneira?

             — Sim, abra por favor — disse uma mulher.

             Madison correu para a pequena cama que havia ali e se deitou, fingindo estar dormindo. A porta se abriu e uma mulher, na casa dos 40 anos entrou. Ela se vestia como empregada e tinha um olhar pacífico.

             — Senhorita, aqui está seu jantar. Desculpe pelo atraso, a cozinheira havia esquecido e foi embora, eu preparei isso aqui para a senhorita. Espero que goste!

             Disse a mulher, sabendo que Madison não estava dormindo porque seus olhos estavam fechados com muita força. Sabendo que foi descoberta, Madison abriu os olhos e se sentou na cama. A mulher se aproximou e colocou a bandeja ao lado de Madison na cama. Eram dois sanduíches com um copo de suco.

             — Obrigada — Madison agradeceu.

             — Por nada, senhorita — disse a mulher. — Eu me chamo Eleonora e você, como se chama?

             — Madison, meu nome é Madison — respondeu pegando um dos sanduíches.

             — Certo, Madison. Eu tenho que ir agora, não estou aqui todos os dias, mas precisando de alguma coisa, pode pedir aos rapazes do lado de fora para me avisar ou a governanta que estiver aqui no dia.

            — Obrigada, Eleonora — Madison agradeceu.

            — Por nada, buon appetito!

             Eleonora se retirou daquele cômodo e a porta voltou a ser fechada. Madison estava com muita fome, mesmo que seu consciente lhe alertasse para não comer porque poderia estar envenenado, ela ouviu seu estomago roncar alto e sua barriga doeu. Então ela devorou os dois sanduíches e bebeu o copo de suco. Não havia nada de errado com o alimento, ela permaneceu bem e ativa.

             Mais algumas horas se passaram e tudo lá fora ficou em silêncio. Os seguranças ainda estavam ali, ela viu pela sombra, mas estavam quietos. Olhando em volta, ela viu um duto de ar. Mesmo sem saber onde iria dar, Madison decidiu arriscar. Com o botão de sua calça ela conseguiu desparafusar a tela do duto de ar. Era pequeno a passagem, mas daria para ela passar por ali se arrastando. E assim ela fez.

             Madison passou um bom tempo se arrastando entre os túneis do duto, ela acabou achando algumas áreas da casa que havia movimentação de seguranças, então foi testando outros caminhos. Por fim, quando sentiu uma brisa gelada, ela percebeu que estava se aproximando do exterior. Sorrindo animada ao ver o gramado vazio a sua frente, ela se virou e chutou a tela diversas vezes até conseguir arrancar a proteção.

             Se arrastando para fora do duto, Madison comemorou internamente por respirar o ar livre. Depois de deslizar totalmente para fora, Madison se levantou do chão e estava pronta para correr quando teve seu pescoço agarrado com força e suas costas se chocaram com a parede causando uma dor aguda. O cheiro de álcool invadiu suas narinas e um rosnado próximo ao seu ouvido lhe causou uma corrente de arrepios.

             — Aonde pensa que vai? — Renzo perguntou baixo e rouco.

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo