Na manhã seguinte, Madison acordou com a claridade que preenchia o ambiente. Ela demorou um tempo para se lembrar onde estava e memórias da noite passada vieram a sua mente, a fazendo despertar imediatamente. Ela se sentou na cama e percebeu que havia sido desamarrada durante a noite e seu corpo estava coberto por um lençol. Seu nariz captou um cheiro estranho, então ela olhou na direção de onde vinha aquele cheiro e viu Renzo fumando na varanda. Ele estava virado para o quarto e a olhava fixamente. Madison notou que ele estava vestindo apenas uma calça de moletom. Como ela havia imaginado, ele era cheio de tatuagens e seu corpo era bem definido. — Gostou do que está vendo? — Renzo perguntou com um sorriso sarcástico. Madison despertou do seu transe e revirou os olhos com deboche para ele. — Sou muito mais o seu irmão — disse ela, mentindo para si mesmo. Renzo riu e entrou no quarto enquanto tragava seu cigarro. Chegando próx
— Senhor Moretti? Andrea atendeu a chamada de Renzo. — Algum movimento de Maxwell? — Descobrimos que ele estava em contato com alguns policiais amigos dele, tentando descobrir para onde levamos a senhorita Bennett. Mas já resolvemos isso, os policiais não estão mais disponíveis para cooperar com ele. E quanto a sua identidade, por enquanto está segura. Não sabemos o porquê ele ainda não revelou. Talvez seja para tentar se desvencilhar de você de alguma forma. Ele não vai querer ser associado ao Don da máfia italiana — disse Andrea. — Entendi. Vou enviar um vídeo, talvez ele motive o meu querido irmãozinho — disse Renzo. — Que tipo de vídeo o senhor quer, senhor? — Pode deixar que eu me encarrego de gravar. Fique atento a qualquer movimento dele — disse Renzo. — Sì, Don. Renzo finalizou a chamada e foi para o banheiro fazer sua higiene matinal. Do outro lado do corredor, Madison t
Renzo terminou de subir as escadas e foi em direção a suíte de hóspedes onde Madison estava. O segurança que estava parado na frente do quarto, abriu a porta para seu chefe que entrou com a bandeja de café da manhã. Renzo viu Eleonora penteando os cabelos de Madison, elas estavam de costas para ele e não perceberam sua entrada. Renzo colocou a bandeja em cima da cama e se aproximou em passos lentos, fazendo seu reflexo aparecer no espelho. O corpo de Madison estremeceu de medo ao ver a imagem daquele homem surgindo no espelho. Seus olhos se encontraram por um momento através dos reflexos, Madison tratou de desviar o olhar imediatamente, o que fez Renzo sorrir. — Prenda o cabelo dela em um coque. Renzo ordenou com sua voz alta e rouca, fazendo Madison o olhar através do espelho, novamente, mas desta vez, desesperada. Os olhos dela ficaram vermelhos novamente e lágrimas silenciosas tomaram sua face. Eleonora ficou preocupada, mas não ousou perguntar na presença de seu chefe. Vendo Mad
Madison acompanhou os seguranças em silêncio, mas seu coração estava acelerado. Ela pensou que iria para o sótão e não que voltaria para a presença de Renzo. Eles subiram para outro andar e foram direto para o escritório de Renzo, que já os aguardava. Um dos homens bateu na porta e Madison ouviu a voz potente de seu cunhado liberando a entrada deles. No entanto, na hora de entrar, um dos homens ficou do lado de fora do escritório e o outro entrou com Madison. O corpo da mulher se arrepiou, a temperatura daquela sala estava muito baixa e nem era somente por conta do ar-condicionado ligado. O olhar gélido de Renzo sobre ela também era a causa. — Venha, sente-se! Renzo ordenou apontando para a cadeira a sua frente. Madison se sentou de cabeça baixa, tentando evitar contato com seu cunhado, enquanto o segurança ficou parado de pé atrás dela. — Parece que meu irmão não se importa com você — disse Renzo com um sorriso debochado no rosto.
Renzo jogou a navalha e o pedaço de orelha em cima de sua mesa. — Leve-a para o sótão — Renzo ordenou ao seu segurança. — Sim, senhor. O homem foi até Madison e segurou o braço dela, que passou a gritar como forma de desabafar. Renzo franziu o cenho confuso. Enquanto enrolava um pano em sua mão, ele caminhou lentamente até sua cunhada e puxou a mão dela que cobria sua orelha. Madison se assustou e abriu os olhos vendo Renzo a encarando seriamente. — Você é um monstro! — Madison gritou com raiva. Renzo franziu a testa e reprimiu sua raiva, caso contrário, ele seria capaz de desmembrar sua cunhada ali em seu escritório. Ele levou a mão até a orelha de Madison e beliscou o local a fazendo gemer de dor. Contudo, aquela dor causou surpresa a Madison que levou a mão diretamente a sua orelha novamente. Seus dedos começaram a vasculhar o local e ela notou que sua orelha estava intacta. Madison olhou para Renzo surpresa.
Em uma sala fracamente iluminada, Madison Bennett, uma professora de piano em uma escola primária, se perguntava o porquê de estar ali. Ela não se lembrava de qualquer inimigo iminente que pudesse raptá-la a luz do dia para fazer qualquer tipo de cobrança. Pois ela tinha plena certeza que não era por dinheiro, visto que, tinha uma vida simples e não vinha de família rica. Madison tentava controlar sua respiração com o intuito de desacelerar as batidas de seu agitado coração. O medo corria em suas veias, ela não conseguia enxergar perfeitamente devido a péssima iluminação do ambiente. Ela não sabia exatamente a quanto tempo estava ali, pois a última coisa que lembra é de um carro preto fechando seu caminho e um homem alto, corpulento e, vestido de preto saindo do carro e indo em sua direção. Logo depois ela apagou e acordou dentro daquele cômodo. Faziam, mais ou menos, 30 minutos que Madison havia despertado e não havia sinal de qualquer outro ser humano dentr
— Então o que você quer comigo? Eu não sou rica, sou uma mulher simples... — Eu quero Maxwell Cross — Sombra a interrompeu. — O Max? O que você quer com ele? Madison agora temeu pela vida de seu namorado ao ver a ira nos olhos de Sombra ao pronunciar o nome de Maxwell. — Ele fez algo que não devia e isso custou a vida de pessoas muito importantes para mim. Agora preciso acertar as contas com ele — disse o homem. — Você vai matá-lo? Madison sentiu um frio correr em sua espinha. Se seu namorado fez algo que custou a vida de pessoas importantes para aquele homem, certamente ele não o deixaria impune. — Oh não — o homem soltou uma risada fraca anasalada. — Eu não teria coragem de matar o meu próprio irmão. — O que você disse? — Madison perguntou incrédula. — Não entendeu, cunhada? Sombra se aproximou da mulher deixando seus corpos bem próximos.
Madison parou de se mover sentindo todo seu corpo se arrepiar e se concentrou no que estava acontecendo. Havia algo duro embaixo de sua bunda a pressionando. Seu rosto tomou um tom avermelhado e começou a esquentar. — Eu sou sua cunhada, seu pervertido — Madison rosnou. O motorista olhou através do retrovisor e segurou o riso, mas voltou a atenção a estrada ao receber um olhar de reprovação do seu chefe. Renzo suspirou fundo antes de responder: — Além disso, eu sou homem. E ter uma mulher rebolando no meu colo é impossível controlar minhas reações naturais como homem — ele disse baixo e rouco. — Então se não quer que eu te foda aqui no banco de trás desse carro, é melhor ficar parada o restante da viagem. A respiração ofegante de Renzo a fez perceber que ele estava se controlando. E isso a fez terminar a viagem totalmente paralisada, tendo seu corpo movido apenas pelo balanço do carro. Assim que chegaram n