Em uma sala fracamente iluminada, Madison Bennett, uma professora de piano em uma escola primária, se perguntava o porquê de estar ali. Ela não se lembrava de qualquer inimigo iminente que pudesse raptá-la a luz do dia para fazer qualquer tipo de cobrança. Pois ela tinha plena certeza que não era por dinheiro, visto que, tinha uma vida simples e não vinha de família rica.
Madison tentava controlar sua respiração com o intuito de desacelerar as batidas de seu agitado coração. O medo corria em suas veias, ela não conseguia enxergar perfeitamente devido a péssima iluminação do ambiente. Ela não sabia exatamente a quanto tempo estava ali, pois a última coisa que lembra é de um carro preto fechando seu caminho e um homem alto, corpulento e, vestido de preto saindo do carro e indo em sua direção. Logo depois ela apagou e acordou dentro daquele cômodo. Faziam, mais ou menos, 30 minutos que Madison havia despertado e não havia sinal de qualquer outro ser humano dentro daquele ambiente.
Seus pensamentos foram diretos para o seu namorado, Maxwell Cross, um policial recém transferido para a Interpol devido as suas capacidades intelectuais. Madison desejava que nessa altura do campeonato Maxwell já soubesse do seu rapto e estivesse a sua procura.
Pouco tempo depois, um grunhido da porta de ferro preencheu o ambiente assim como um grande fecho de luz, fazendo Madison fechar os olhos pelo incômodo. Uma figura alta passou fechando a porta atrás de si fazendo a iluminação ficar fraca novamente. Enquanto estabilizava sua visão, Madison pode ouvir passos indo em sua direção com precisão. Ainda que o ambiente não estivesse totalmente escuro, ainda assim era difícil enxergar ali. Contudo, a pessoa que caminhava em sua direção parecia que conseguia enxergar no escuro.
Poucos centímetros de distância, os passos pararam e tudo ficou um total silêncio. Madison sentiu seu corpo se arrepiar e parecia que o ambiente havia abaixado alguns graus de temperatura. Ela não sabia o que estava prestes a acontecer e temeu por sua vida. Seu corpo passou a tremer involuntariamente e então ela ouviu um som. Foi uma risada grave e abafada.
— Quem é você? — Ela tomou coragem para questionar. — O que você quer de mim?
Com um clique, o ambiente foi iluminado por uma lâmpada que tinha uma luz amarelada e fraca. Madison não sentiu sua vista doer dessa vez, mas um leve incômodo que a fez fechar os olhos por alguns segundos e abri novamente.
Na sua frente havia a figura de um homem alto e postura imponente. Ele tinha um sorriso malicioso em seus lábios e seus olhos eram tão negros quanto uma noite sem estrelas. No entanto, ele parecia ter sido esculpido por anjos e moldado por demônios. Sua beleza era avassaladora. Dono de um corpo definido, sem músculos exagerados, mas seus ombros largos e braços forte lhe davam a estrutura de um homem altamente musculoso. O homem usava uma camiseta preta sem manga deixando seus braços expostos. Eram totalmente tatuados, assim como muitas partes do seu corpo. Por mais que ele exalasse uma beleza encantadora, ao mesmo tempo sua aura causava medo. Aquele homem emanava um poder amedrontador e aquilo fez o corpo de Madison estremecer mais ainda. Os lábios dele se curvam em um sorriso cruel à medida que ele deu mais um passo à frente, fazendo a luz reluzir nas tatuagens que cobrem seus braços como uma segunda pele.
— Olá, Madison! — Ele fala com sua voz potente e grave.
— Como sabe o meu nome? Quem é você? — Sua voz trêmula denunciava seu medo.
O homem sorriu ainda mais ao ouvir a pergunta de Madison, como se estivesse se deliciando com o medo dela.
— Oh, querida Madison, sei muitas coisas sobre você. E quanto a mim, bem, posso me chamar de muitas coisas, mas para você, pode me chamar de “Sombra” como muitos me conhecem. — Ele respondeu, sua voz ecoando no ambiente.
Madison engoliu em seco, sentindo um frio na espinha ao ouvir o apelido que o homem deu a si mesmo. Ela tentou manter sua compostura, mesmo que estivesse tremendo por dentro.
— O que você quer de mim? Por que me trouxe aqui? — Ela perguntou, tentando controlar o tremor em sua voz.
O homem deu uma risada sombria, seus olhos negros tinham um brilho perigoso.
— Oh, Madison, você é especial. E eu tenho planos muito interessantes para você. — Ele respondeu, sua voz enviando arrepios pela espinha de Madison.
Ela engoliu em seco novamente, lutando para não sucumbir completamente ao medo que a envolvia. Ela precisava manter-se forte, especialmente se quisesse sair dessa situação a salvo.
— Eu não sei o que você quer de mim, mas eu não vou facilitar para você — ela declarou, tentando soar mais corajosa do que realmente se sentia.
O homem apenas sorriu, como se estivesse se divertindo com o desafio que Madison representava.
— Oh, Madison, você não tem escolha. Você já está completamente nas minhas mãos. — Ele disse, seu sorriso se alargando ainda mais. — Você só escapa agora se eu o permitir. Ninguém conseguiu escapar de mim até hoje, querida.
Madison sentiu um calafrio percorrer sua espinha enquanto percebia a verdade nas palavras de Sombra. Ela estava completamente à mercê desse homem misterioso, e não havia nada que pudesse fazer para escapar dele.
— Você é um Serial Killer? — Ela perguntou temerosa.
Sombra dessa vez gargalhou achando divertido a pergunta da mulher.
— Não, baby. Eu sou o pesadelo de um Serial Killer — ele respondeu ficando sério.
— Então o que você quer comigo? Eu não sou rica, sou uma mulher simples... — Eu quero Maxwell Cross — Sombra a interrompeu. — O Max? O que você quer com ele? Madison agora temeu pela vida de seu namorado ao ver a ira nos olhos de Sombra ao pronunciar o nome de Maxwell. — Ele fez algo que não devia e isso custou a vida de pessoas muito importantes para mim. Agora preciso acertar as contas com ele — disse o homem. — Você vai matá-lo? Madison sentiu um frio correr em sua espinha. Se seu namorado fez algo que custou a vida de pessoas importantes para aquele homem, certamente ele não o deixaria impune. — Oh não — o homem soltou uma risada fraca anasalada. — Eu não teria coragem de matar o meu próprio irmão. — O que você disse? — Madison perguntou incrédula. — Não entendeu, cunhada? Sombra se aproximou da mulher deixando seus corpos bem próximos.
Madison parou de se mover sentindo todo seu corpo se arrepiar e se concentrou no que estava acontecendo. Havia algo duro embaixo de sua bunda a pressionando. Seu rosto tomou um tom avermelhado e começou a esquentar. — Eu sou sua cunhada, seu pervertido — Madison rosnou. O motorista olhou através do retrovisor e segurou o riso, mas voltou a atenção a estrada ao receber um olhar de reprovação do seu chefe. Renzo suspirou fundo antes de responder: — Além disso, eu sou homem. E ter uma mulher rebolando no meu colo é impossível controlar minhas reações naturais como homem — ele disse baixo e rouco. — Então se não quer que eu te foda aqui no banco de trás desse carro, é melhor ficar parada o restante da viagem. A respiração ofegante de Renzo a fez perceber que ele estava se controlando. E isso a fez terminar a viagem totalmente paralisada, tendo seu corpo movido apenas pelo balanço do carro. Assim que chegaram n
Ele ouviu batidas na porta e olhando para a tela do seu computador viu que era seu assistente do lado de fora, então autorizou a entrada: — Entre! A porta se abriu e o homem vestido com um terno cinza chumbo, extremamente alinhado ao seu corpo, entrou naquele cômodo. O som de seu sapato pisando no carpete era o som que mais sobressaia naquele momento. Parando em frente a mesa de Renzo, o homem fez uma leve curva em sinal de respeito e colocou a pasta com documentos em frente ao seu chefe. — Aqui está o relatório dos faturamentos dos nossos cassinos deste mês. Nossos lucros continuam com um crescimento exponencial não só em questão ao faturamento monetário, mas também em relação a sua fama — disse o homem. Renzo pegou a pasta e folheou os documentos por alguns minutos, analisando os dados com atenção a fim de entender a veracidade daquelas informações. — Isso é ótimo, Andrea. Eles estão fazendo um ótimo trabal
Enquanto isso, na mansão de Renzo, Madison tentava achar alguma brecha para poder escapar daquele lugar. Uma parte dela pedia para ela ficar quieta e esperar quer Maxwell viesse a resgatar, mas o outro lado a incentivava tentar fugir daquele lugar. Presa no sótão, ela estava ficando agoniada. As horas iam se passando enquanto ela ficava olhando para a brecha da porta. Madison sabia que haviam dois seguranças do lado de fora fazendo sua guarda porque eles estavam conversando sobre um jogo de basquete que teve na noite anterior. Passos extras vieram em direção a porta do sótão e um dos homens perguntou: — É o jantar da prisioneira? — Sim, abra por favor — disse uma mulher. Madison correu para a pequena cama que havia ali e se deitou, fingindo estar dormindo. A porta se abriu e uma mulher, na casa dos 40 anos entrou. Ela se vestia como empregada e tinha um olhar pacífico. — Senhorita, aqui está seu jantar. Desc
Madison estava um pouco tonta devido ao movimento rápido e surpresa de Renzo. Ela levou alguns segundos para se recompor e a falta de resposta da parte dela deixou o homem mais furioso, o que resultou em seu pescoço se apertado com mais força. — Responda! — Renzo esbravejou. Madison tentou se livrar do aperto do homem, mas não conseguiu. — Me solta — ela disse com dificuldades. Renzo percebeu que estava usando força demais e afrouxou, fazendo Madison buscar por ar incessantemente. — Você quer me matar? — Madison perguntou inconformada. — Ainda não — Renzo sorriu de lado. — Mas continue me irritando e eu vou te picar em milhares de pedacinhos. Por mais calmo que Renzo estivesse falando, havia ameaça real em suas palavras, o que fez Madison estremecer. — Sério que você estava tentando fugir? — Renzo perguntou com escárnio. — E continuarei tentando até que voc
Renzo ficou paralisado por um instante com aquela informação. Uma mulher de 24 anos, em pleno século XXI, ser virgem. Além de tudo, ela e o seu irmão tinham um relacionamento amoroso há 2 anos, como Maxwell consegue controlar seus instintos masculinos perto dessa bela mulher sem poder tocá-la? Sem saber como lidar com aquela situação, Renzo saiu de cima de Madison e foi direto para o banheiro a deixando sozinha no quarto. Dentro do banheiro, Renzo se olhou no espelho e sua feição estava sombria. Seu corpo estava queimando de desejo por aquela mulher em sua cama. Queimando a ponto de fazê-lo esquecer por um momento que a mulher que ele amarrou em sua cama é a noiva de seu irmão. A fim de conseguir controlar sua excitação, depois de se despir, Renzo entrou no box de seu banheiro e ligou o chuveiro no frio. A água fria deu um choque em seu corpo quente, finalmente, o controlando. Contudo, ao pensar na mulher deitada em sua cama, Renzo ficou novamente e
Na manhã seguinte, Madison acordou com a claridade que preenchia o ambiente. Ela demorou um tempo para se lembrar onde estava e memórias da noite passada vieram a sua mente, a fazendo despertar imediatamente. Ela se sentou na cama e percebeu que havia sido desamarrada durante a noite e seu corpo estava coberto por um lençol. Seu nariz captou um cheiro estranho, então ela olhou na direção de onde vinha aquele cheiro e viu Renzo fumando na varanda. Ele estava virado para o quarto e a olhava fixamente. Madison notou que ele estava vestindo apenas uma calça de moletom. Como ela havia imaginado, ele era cheio de tatuagens e seu corpo era bem definido. — Gostou do que está vendo? — Renzo perguntou com um sorriso sarcástico. Madison despertou do seu transe e revirou os olhos com deboche para ele. — Sou muito mais o seu irmão — disse ela, mentindo para si mesmo. Renzo riu e entrou no quarto enquanto tragava seu cigarro. Chegando próx
— Senhor Moretti? Andrea atendeu a chamada de Renzo. — Algum movimento de Maxwell? — Descobrimos que ele estava em contato com alguns policiais amigos dele, tentando descobrir para onde levamos a senhorita Bennett. Mas já resolvemos isso, os policiais não estão mais disponíveis para cooperar com ele. E quanto a sua identidade, por enquanto está segura. Não sabemos o porquê ele ainda não revelou. Talvez seja para tentar se desvencilhar de você de alguma forma. Ele não vai querer ser associado ao Don da máfia italiana — disse Andrea. — Entendi. Vou enviar um vídeo, talvez ele motive o meu querido irmãozinho — disse Renzo. — Que tipo de vídeo o senhor quer, senhor? — Pode deixar que eu me encarrego de gravar. Fique atento a qualquer movimento dele — disse Renzo. — Sì, Don. Renzo finalizou a chamada e foi para o banheiro fazer sua higiene matinal. Do outro lado do corredor, Madison t