CAPÍTULO 96 Maria Eduarda Duarte Áudio de Robson para Cabelo: — Não, segura ela aí, só vou passar lá e ver se a Sarita tá de boa e já volto. Eu quero a mulher dele. — Mas não era só o dinheiro? Tu pode complicar as coisas assim. — Era a voz de Cabelo. — Não, eu quero mais. O idiota não perguntou nem pelo vira-latas que deixou comigo e que demos fim. Foi facilmente enrolado com a história da mãe pedindo para buscá-la, deixou a mulherzinha vulnerável, depois que perceber que aconteceu alguma coisa com a mãe e a mulher, já terei dado um trato naquela belezinha. Cabelo, você não encosta nela! Ela é minha! — Só dei um recadinho no rosto dela, a mulher é abusada e confia muito no babaca do Maicon, pensa que ele é muita coisa — gargalhadas. Ouço o áudio do Robson no momento em que eu, minha sogra e Ivete estavamos sob o domínio dele e dos seus comparsas, fiquei estarrecida. Ele se passou pelo melhor amigo, Don ficou furioso, eles são completamente repugnantes. Fiquei olha
CAPÍTULO 97 Maicon Prass Fernandes — Eu quero falar com o Don — falei para a Duda, pois a minha cabeça está uma bagunça, e sei perfeitamente que a italiana não vai dizer nada se ele deu uma ordem. — Posso chamar... com certeza virá — Duda respondeu sorrindo, essa danada sabe que o Don é firme, mas vou tentar. Vi que ela pegou um celular e digitou algo rapidamente, e só então percebi que usava o meu. Duda guardou na bolsa e depois higienizou as mãos, então estiquei a minha a chamando para perto de mim. — Como soube a senha? — perguntei. Ela olhou o celular dentro da bolsa, e depois pra mim e sorriu. — Ivete, ela é a melhor. Sabe, jamais imaginei que pudesse ser algo relacionado a mim. Ivete comentou, sussurrei “Italiana”, e fiquei surpresa. — Porque não? — movi os dedos acariciando sua mão. — Bom, sempre pensei que me odiasse. Também não acho que trocou a senha a muito tempo, então... — Eu confesso que tive raiva no passado, e você sabe..., mas nu
CAPÍTULO 98 Maicon Prass Fernandes 10 dias depois Eu nem acredito que estou de alta. Eu não aguentava mais ficar nesse hospital, agora serão apenas alguns procedimentos padrões e poderei ir para casa. Ficarei no hotel comprado pelo Don até amanhã, e se tudo correr bem, iremos para a Itália com a liberação médica daqui. Quando Maria Eduarda saiu para assinar, eu aproveitei para perguntar para o médico: — Doutor, como será agora? Sei que precisarei das fisioterapias, e vou fazer corretamente, mas a minha mulher nem me beija mais, e estou ficando louco. — Bom, entendo... o senhor pode voltar a ter relações sexuais a partir de 8 semanas, mas beijar já pode, já passou de 6 semanas. Se ambos estão sem riscos de infecção, quanto ao beijo não vejo problema. — Duas semanas, porra? Vou ter que esperar mais duas? — o médico me olhou assustado — Desculpe doutor, mas estou a ponto de explodir. Será que pode deixar anotado aí nos papéis as datas? De preferência já lib
CAPÍTULO 99 Maicon Prass Fernandes — O que diz aí, peste? Vai ficar rindo agora? — Questionei, enquanto ela lia aquela folha com as recomendações: — Bom, aqui diz... Cuidados pós-operatórios: - Evitar esforço físico intenso por pelo menos 12 semanas. - Repouso moderado nas primeiras 6 semanas, com caminhadas leves e supervisionadas. - Controle rigoroso da pressão arterial e frequência cardíaca. - Comparecer às consultas de acompanhamento a cada 15 dias no primeiro trimestre. - Atividade sexual: Recomenda-se aguardar “12 semanas” antes de retomar a vida sexual ativa, para garantir plena recuperação e evitar complicações cardíacas, já que o paciente é tão intenso — ela mal terminou a frase, e eu já explodi. — Doze semanas? Cê tá de brincadeira, né? Eu sei muito bem que são só oito semanas o tempo certo. Quem foi que disse pra esse doido que eu sou de porcelana, hein? Que porcaria de médico é esse?! Ela tentou disfarçar o riso, mas eu já tava i
CAPÍTULO 100 Maicon Prass Fernandes Aquela peste queria me deixar louco e conseguiu. Foi difícil me fazer de controlado, quando, na verdade, eu queria incendiar tudo, arrancar aquela roupa molhada e esquecer daquilo que me incapacitava de fodê-la com força e domínio. Ela se movia devagar, penso que, tentando me deixar estabilizado, mal sabendo que me deixaria pior, com vontade de gritar, segurar seus cabelos e fazer com que seu corpo se chocasse contra o meu com força. — Mais rápido, porra! Vai me enlouquecer! — ela de repente parecia ter me ouvido, seus movimentos se tornaram magníficos, e agora sim precisei controlar a respiração, até gozar na sua boca. — Respira, você está agitado demais. Parece que sair do hospital te acelerou... — falou enquanto lavava a boca e o meu corpo. — Tira essa roupa, italiana — segurei na peça encharcada, mas ela não deixou. — Nem pensar! Se me ver vai querer continuar, te conheço bem — foi firme, respirei fundo. — Você tamb
CAPÍTULO 101 Maicon Prass Fernandes Maria Eduarda estava ali, bem na minha frente, completamente nua como quando se deitou comigo... só que agora, estava sentada, praticamente deitada no chão parcialmente molhado, encostada no balcão da pia do banheiro. Seus olhos fechados, uma mão no seio, outra na boceta em movimentos circulares, pensei que enfartaria novamente. Meu sangue ferveu, meu corpo esquentou, passei a mão esquerda nos cabelos, precisei contar até três, encostar na parede do corredor e desacelerar. — Ah, nossa... — ouvi gemer. “Porra! Ela está se tocando sozinha?“ A peste nem se deu ao trabalho de encostar a porta, não cuidou com o barulho dos gemidos... “Essa italiana quer testar meu coração, queria que eu visse!“ — Sem suportar o tormento, voltei a aparecer na porta. — Porra, Maria Eduarda! Poderia ter me dito o que queria, pensei que não quisesse que eu encostasse em você. — Me observou parando por um momento com o movimento da mão.
CAPÍTULO 102 Maicon Prass Fernandes — Italiana... não vou te deixar ir lá fora, porra! — minha voz saiu firme, enquanto eu tentava me desvencilhar do aperto dela ao fechar o acesso do avião. Ela me olhou com aqueles olhos que só ficavam assim quando o medo tomava conta. Não era medo por ela, era por mim. A italiana podia ser teimosa, mas sabia o que estava em jogo. — E eu não vou te deixar sair, Maicon! Você não está nem pronto ainda! — ela olhou pro meu peito como se pudesse ver o coração novo batendo por baixo da camisa. Meus médicos tinham proibido qualquer esforço extremo, mas ela sabia que eu não cederia. — Não sou do tipo que escuta ordens, Italiana... você sabe! Segurei seu rosto entre minhas mãos, tentando acalmá-la, apesar do caos do lado de fora. O som dos tiros ainda ecoava, e eu sabia que o tempo estava contra nós. Daniel, meu homem, estava no chão, e os outros poderiam não durar muito mais. — Eles precisam de mim lá fora — sussurrei, quase im
CAPÍTULO 103 Maria Eduarda Duarte Eu mal conseguia respirar com tudo o que estava acontecendo lá fora. Os tiros, os gritos, o som dos carros blindados do Don chegando. O coração martelava no peito, mais pela preocupação com Maicon do que pelo medo. É teimoso como uma mula, mas isso não muda o fato de que eu o ame também por isso. Francesco saiu apressado do banheiro assim que os tiros começaram, como se já estivesse preparado, provavelmente ouviu. Corri até onde ele foi, mas me ignorou e fechou o compartimento antes que eu saísse, certamente ordens do poderoso Consigliere. — Droga! Me deixa sair daqui! — gritei irritada, sem resposta, batendo nas coisas. Vi o caos que se tornou, mas também vi como os homens do Don e o Maicon se sobressaíram. Vi o cardiologista trazendo o Daniel e pensei que pudesse sair, mas ele apontou uma arma pra mim. — Se afasta, é ordem do Don — estranhei, porque o Don deixaria que ele apontasse uma arma, assim? — Eu só quero ir até o meu marid