JadenAcordei sobressaltado e muito assustado ao escutar um estridente latido ao meu lado. Sentado na cama, com o coração disparado de susto, olhei para o lado e lá estava o cachorro, latindo para mim. Olhei-o irritado, e ele saiu correndo para fora do quarto.Segui-o e encontrei-o diante da porta da frente. Ao abri-la, ele saiu correndo, desceu a varanda e começou a cheiras o terreno à frente. O cão fez as suas necessidades, e eu fiquei ali, de pé, vestindo apenas uma cueca branca, esperando por ele.Havia dormido bem mais do que quatro horas. O sol já começava a se pôr. Meu estômago roncou de fome, e eu me lembrei que não comia nada desde as seis da tarde do dia anterior.O cachorro voltou para dentro de casa, e eu fechei a porta. Na cozinha, peguei mais alguns pedaços de pão e coloquei na sua tigela de comida, que já estava vazia. No armário, peguei um pote de macarrão instantâneo. Abri a tampa, cobri tudo com água e despejei os temperos, colocando-o por três minutos no microondas.
JadenDepois de algum tempo observando as pessoas entrarem e saírem do lugar estranho e alguns se socarem na calçada, Grant surgiu, deixando o motoclube. Ele estava sozinho, bêbado, e sendo empurrado para fora por uma mulher que gritava palavrões para ele.Grant chutou latas de cerveja pelo chão enquanto resmungava e caminhou até quase o fim da rua, em direção ao seu carro. No entanto, antes de entrar, ele se afastou novamente, deixando a porta do motorista aberta, e andou até o mato que cercava à direita daquele lugar, indo até a esquina.Sorrateiramente, desci da caminhonete sem chamar a atenção e atravessei a rua, indo na direção dele, que estava de costas para mim e de calças arriadas, mijando. Sem dizer nada, abordei-o com um mata leão, assustando-o para caralho.— Achou que podia machucar ela e que ninguém viria atrás de você? — falei baixo e entredentes no seu ouvido.— Quem?— Não se faça de sonso — disse, empurrando-o para frente, jogando-o no chão.Grant se virou rapidamente
JadenEle esboçou um sorriso e então começou a gargalhar.— Devia ter batido com mais força — disse, despertando em mim a fúria mais intensa que já senti.Então havia sido ele que a machucou?Sem pensar, bati com o cabo da pistola em seu nariz, quebrando-o e fazendo surgir, em segundos, e chafariz de sangue.— Ele mandou que fizesse isso? — berrei loucamente, batendo outra vez com o cabo na sua face.— Ninguém expulsa Thommy Villanueva de lugar algum — disse ele, com dificuldade pela tremenda dor que sentia.— Onde ele está? — perguntei, apontando a arma novamente para ele. — Diga logo! Onde ele está?Riu mais uma vez.Ele é louco?Estreitei os olhos, ficando cada segundo mais impaciente.— Lá em cima — disse ele, olhando para trás e para o alto do prédio. — Mas você não vai chegar nem perto. Tem seguranças lá.— Não duvide de mim. — Abaixei a arma. — Amarrem e calem a maldita boca dele. Vamos levá-lo com aquele porco para um lugar bem longe daqui.Afastei-me, depois de devolver a arm
JadenQuando chegamos no rancho, descemos para o pasto leste. Ao descobrir a carroceria, Thommy estava desacordado.— O que quer fazer? — Lloyd perguntou.Olhei para os homens à minha frente, ainda sentindo a raiva borbulhar intensamente dentro de mim. Meus punhos se cerraram, e a mandíbula contraiu. O filho de Thommy ergueu a sua cabeça, encarando-me cheio de ódio. Eu o encarei de volta, estreitando os olhos para ele.— Vou começar por ele. — Peguei-o pelas pernas e puxei-o na minha direção.Desatei a corda em seus tornozelos e, segurando-o pela nuca e a sua roupa, levei-o até mais adiante, parando em frente aos faróis da minha caminhonete, colocando-o de joelhos sobre o mato. Retirei o pano sujo da sua boca e encarei-o um pouco mais.— É bom que me mate. Porque se me deixar ir, vou atrás dela outra vez. E farei coisa bem pior. — Sorriu, diabólico. Ouvir isso, foi como girar uma chave, libertando o pior de mim.Acertei a sua boca com um pontapé, arrancando alguns dentes. Ele caiu pa
JadenApós me vestir, coloquei a foto dela em um chapéu limpo e segui para o hospital. Ao entrar na recepção, segui até o balcão. Perguntei por Olivia, mas uma mulher disse que um novo boletim médico só seria emitido às oito da manhã. Também perguntei se poderia vê-la, mas ela disse que só o médico era quem poderia autorizar, e em horário de visita. Eu não tinha muito o que fazer ali, mas não podia ir embora. Não conseguia. É quase como ouvir o meu coração sussurrar, implorando para que eu ficar.Caminhei até uma poltrona ao canto e sentei-me. Perdido em muitos pensamentos, encostei a cabeça na parede e meus olhos, secos, se fecharam. Parecia que havia sido um pequeno cochilo, mas quando acordei sobressaltado, a recepção estava clara com a luz do dia e pessoas circulavam para lá e para cá.Uma mão segurou o meu braço, e eu olhei para o lado, assustado, encontrando a enfermeira que me atendeu certa noite na emergência.— Me disseram que passou a madrugada aqui.— Desculpe. Só não conse
JadenMeu coração disparou outra vez. Lentamente, afastei-me dela e virei em direção à porta. Jack estava ali, de pé. O fato de uma só pessoa por vez poder fazer a visita, não foi empecilho para o grande governador de Montana conseguir entrar naquele quarto.— O que quer? — perguntei.— É deste modo que fala com o seu pai?Nada disse.Ele se aproximou, ao mesmo tempo que dei um passo na sua direção, tentando impedir que chegasse mais perto dela.— Não tem que estar aqui! — disse em baixo tom, mas com a voz carregada de desgosto e uma pitada de ira. — Ela não é problema seu!Encarei-o sentindo a irritação me possuir. Era muito atrevimento da sua parte vir até aqui!— Você não decide o que é problema meu — falei firmemente, encarando-o duro nos olhos.Ela não gostou do meu afrontamento. Os ombros inflaram, e seu nariz arrebitou-se.— Volte para o rancho! Existe muito trabalho esperando por você! — ordenou, falando mais alto.Minha mandíbula se contraiu, e a respiração pesou um pouco no
JadenNo sótão, apanhei malas e algumas caixas organizadoras, que estavam vazias. Nas malas, coloquei todas as minhas roupas e sapatos. Nas caixas, guardei itens pessoais. Na carroceria da caminhonete, coloquei as caixas que não couberam no banco traseiro, e as malas. Também acomodei os dois aparatos sexuais, que também estavam no sótão.Assobiei, e Norman veio saltitando por cima do mato um pouco alto. Abri a porta do passageiro, e ele entrou sozinho, sentando-se no banco. Fechei a porta e tranquei a cabana, deixando a chave sob o vazo de plantas na pequena mesa da varanda.— Está indo a algum lugar? — Olhei para trás e lá estava Jason.— Estou. — Desci os degraus, indo em direção à carroceria.— E o que aconteceu? — Havia preocupação em sua voz.— Jack mandou que eu vá embora, então, estou indo.— O quê? — perguntou com espanto.Fechei a traseira da caminhonete e cobri-a em seguida.— Está com dificuldade para ouvir? — O meu tom soou mais rude do que eu gostaria, e senti-me mal por
Jaden Aquele nascer do sol foi diferente, visto por uma janela em um quarto de visitas no segundo andar da casa do meu irmão. O que foi um pouco triste, porque gostava muito da vida no campo. Não sei se conseguiria ficar longe dela. Talvez tenha chegado o momento de eu ter o meu próprio rancho. Preciso pensar bem nisso.Depois do café da manhã, entrei no carro e dirigi rumo ao hospital. Estava quase lá quando o meu celular tocou. Era um número desconhecido.— Alô.— Jaden Bennett? Aqui é Arlind, enfermeira do hospital Santa Barbara. Estou ligando para avisar que a senhorita Daves acordou.Imediatamente parei o carro no acostamento da avenida. Meu coração começou a bater rápido, e suspirei imensamente aliviado.— No momento não tenho mais informações sobre o quadro dela. Olivia está nesse momento sendo avaliada pela nossa equipe médica. — Já estou chegando. — Encerrei a chamada, e segui para lá o mais rápido que pude.No caminho, liguei para Jason e dei-lhe a notícia. Pedi que ele av