Jaden Aquele nascer do sol foi diferente, visto por uma janela em um quarto de visitas no segundo andar da casa do meu irmão. O que foi um pouco triste, porque gostava muito da vida no campo. Não sei se conseguiria ficar longe dela. Talvez tenha chegado o momento de eu ter o meu próprio rancho. Preciso pensar bem nisso.Depois do café da manhã, entrei no carro e dirigi rumo ao hospital. Estava quase lá quando o meu celular tocou. Era um número desconhecido.— Alô.— Jaden Bennett? Aqui é Arlind, enfermeira do hospital Santa Barbara. Estou ligando para avisar que a senhorita Daves acordou.Imediatamente parei o carro no acostamento da avenida. Meu coração começou a bater rápido, e suspirei imensamente aliviado.— No momento não tenho mais informações sobre o quadro dela. Olivia está nesse momento sendo avaliada pela nossa equipe médica. — Já estou chegando. — Encerrei a chamada, e segui para lá o mais rápido que pude.No caminho, liguei para Jason e dei-lhe a notícia. Pedi que ele av
OliviaEu não me lembrava de nada do que havia acontecido comigo, embora me esforçasse. Mesmo que minha memória tivesse falhado com isso, eu tinha suspeitas de quem pudesse ter sido. A polícia apareceu e fez centenas de perguntas que me deixaram nervosa. Tinha muito medo de descobrirem a minha identidade falsa com a investigação. Mas Jame apareceu e disse que estava me representando e que cuidaria de tudo.Quando o questionei o porquê, falou que seu irmão havia pedido esse favor. Ele não disse qual irmão, e eu não perguntei. Não porque não me importo com quem está me ajudando, mas porque não quero saber se é Jaden o responsável por isso. Estava tentando não alimentar qualquer esperança em relação a ele, que está sempre pelo hospital, me visitando. São visitas curtas, sem muita conversa, sem olhar nos meus olhos. Qual é a dele com isso, afinal?Escorada na cama, observava o tempo lá fora pela janela. Eu mal podia me levantar; tudo ainda doía dentro de mim quando me movia, exceto a cica
OliviaNo dia seguinte, à noite, todos vieram me fazer companhia. Enquanto eu estava acamada, todos se espalhavam pelo quarto, enquanto comíamos chocolate e salgadinhos do frigobar. À meia noite, Clay estourou champagne. Eu não pude beber, mas brindei com suco de laranja.Lá fora, fogos explodiram no céu. Com ajuda de Merle, levantei-me e fui com eles para a varanda, assistir à queima de fogos que acontecia alguns metros dali, em frente à prefeitura.— Aí, pessoal... — disse Clay.Olhamos para ele, que estava sério e levemente pálido.— O que foi? — perguntou Merle.Clay olhou para mim.— Você está por toda parte. Alguém postou um vídeo seu na internet, e várias páginas musicais estão repostando no Instagram.— O quê? — perguntei com espanto.Ele entregou-me o seu celular, e eu pude ver. O vídeo em questão era da noite no bar em que conheci Hugo. A música, é claro, é aquela que escrevi expressando a minha dor de ter que partir após ser rejeitada.O vídeo ter viralizado é algo incrível
OliviaDepois da meia noite, todos foram embora, incluindo Tate. Eu o assegurei de que ficaria bem sozinha, precisava desse tempo. Deitada, na companhia de Norman, que dormia aos pés da cama, lia aos comentários do vídeo que vários perfis compartilharam. Era gratificante receber tantos elogios, mas, é claro, sempre tinha aquelas pessoas para dizer algo desagradável. Porém, não me importei com elas. Estava feliz, ponto.Aos poucos, estava me conformando que Jaden logo veria isso. E estava tudo bem, no fim. Não havia nada ali que ele não soubesse. Mas, ainda assim, era um pouco vergonhoso que me vesse tão exposta ou vulnerável ao que acontecia ao nosso respeito.Com o telefone na mão, adormeci, e acordei com ele tocando sobre a minha barriga. Vagarosamente, sentei-me, colocando os pés no chão, tentando deixar a coluna mais reta possível. Cocei os olhos e passei as mãos pelo rosto, apanhando o celular em seguida.— Alô — disse ao atender, sem nem mesmo ver quem ligava.— Bom dia, Olivia.
Foi inevitável não sorrir com isso. Era engraçado que um homem cheio de dominância e orgulho estivesse tão nervoso daquele jeito com uma ação tão simples como bater em uma porta.Dei um passo para o corredor ao mesmo tempo que ele abaixou a sua mão, virando-se para ir embora. Quando seus olhos me viram, arregalaram-se um pouco, mas ele logo tentou disfarçar a surpresa em me ver. A passos lentos, aproximei-me dele, que permaneceu estático. Parei à sua frente, deixando míseros trinta centímetros de distância entre nossos corpos. Nós nos encaramos, em silêncio. Esperei que ele dissesse algo, mas nada disse, talvez estivesse nervoso demais para isso. Então, quebrei o gelo que se construía ao nosso redor. — O que veio fazer aqui? — perguntei, encarando-o olho no olho.Ele desviou o olhar, e um pequeno sorriso triste surgiu em seus lábios.— Apenas saber como está.Foi a minha vez de sorrir.— Se é apenas isso poderia ter ligado.Vi seus ombros murcharem, lentamente.— Tem razão. Mas eu
OliviaDo outro lado, um Bennett, mas não quem eu desejava que fosse. Senti um leve desapontamento, mas tentei ao máximo disfarçar isso, sorrindo para Jason.— Imagino que ainda não tomou café da manhã. Eu trouxe cappuccino e croissant.— Entre. — Dei-o passagem, fechando a porta após a sua entrada.Jason colocou o saco de papel e os copos com as bebidas quentes sobre e mesinha redonda ao canto do quarto. Ele ajudou a me sentar e depois pegou um copo entregando-o para mim. Rasgou o saco ao meio, que continha dos pãezinhos franceses recheados de queijo. Eu peguei um e ele, o outro. Comecei a comer, enquanto Jason se desculpava pelas poucas visitas feitas após o coma.— Eu queria ter vindo aqui antes, eu sinto muito mesmo, mas estou trabalhando em dobro desde que Jaden foi embora.Parei de mastigar e olhei para ele. Engoli o pedaço de croissant que tinha na boca, sentindo-o descer arranhando a garganta.— Foi embora de onde?— Do rancho — falou como se me dissesse o obvio.Fiquei de que
OliviaEle engoliu em seco e tentou disfarçar as lágrimas que estavam prestes a cair. Seu corpo ficou ainda mais tenso e a respiração, mais forte.— Mesmo suspeitando que me ame, se você me disser não, vou embora e nunca mais me verá no seu caminho. Não vou mais insistir. Vou entender que acabamos, que essa é a sua decisão final, mesmo achando ela burra.Jaden parecia ter engolido a própria língua, ou apenas estava emotivo demais para conseguir falar naquele minuto. Toquei o seu rosto com a duas mãos, e seus olhos se fecharam.— Por favor... responda — pedi, baixinho. — Você me ama?— Mais do que tudo nessa vida.Soltei com imenso alívio o ar preso nos meus pulmões pela enorme tensão que sentia. Lágrimas desceram abundantemente pela minha face, e sorri, feliz em finalmente ouvir isso. Jaden abriu os olhos e colocou as suas mãos sobre as minhas.— Eu escolhi você, Olivia. E escolheria outras mil vezes. Me desculpe por ter demorado tanto para tomar a decisão certa.— Isso não importa ma
JadenO verde dos seus olhos estava um pouco mais escuro. Olivia tentava conter a sua ansiedade enquanto tremia de tesão. Chegando nossos corpos mais próximos, eu vagarosamente a beijei um pouco mais. Os dedos se apertaram em mim e um gemido manhoso ecoou dela, soando como uma súplica para ser fodida.Preparei-me para penetrá-la, e ela logo soltou-me erguendo os braços para cima e segurando à beirada do colchão.— Não, hoje não. — Puxei uma das suas mãos de volta para mim.Ela olhou-me um pouco confusa, mas desceu seu outro braço, tocando-me novamente com as duas palmas.— Quero te sentir por inteira.As mãos deslizaram-se em mim com carícias leves, sem pressa.E, lentamente, penetrei-a.Seus olhos se fecharam e ela suspirou com alívio. Quando tornou a me olhar, comecei a me mexer com cuidado. Olivia estava recuperada, mas ainda assim tinha medo de lhe causar dor.Eu nunca havia feito sexo lento ou com tanto contato físico. Parecia que nossos corpos estavam se fundindo. Olivia me agar