OliviaTate e Merle voltaram meia hora depois. Lá fora estava muito frio, então ficamos dentro do ônibus, bebendo e comemorando, enquanto observávamos o cartão de visita. Eu fiquei com medo de perder aquele pedacinho de papel, então salvei os contatos e compartilhei com todos, incluindo Jason.Eram pouco mais de duas da manhã e Merle já roncava bêbado e largado em um dos sofás. Clay se levantou e deu-nos boa noite, indo para a sua cama.— Está bem tarde e acho que todos devíamos descansar. Eu já vou indo — disse Jason, levantando-se.— Também já vou.Despedi-me de Tate, e na companhia de Jason, deixei o ônibus. Ele me acompanhou até a porta do trailer e então segurou a minha mão.— Você merece a incrível vida que terá muito em breve.— E nem estarei do outro lado do país.— Pois é. Será mais fácil visitar você.Sorri.— Boa noite, Olivia. — Beijou a minha testa, demoradamente.— Boa noite, Jason.Ele se afastou e se foi, sem olhar para trás.Às vezes, tenho a sensação de que o nosso c
JadenUm sentimento horrível surgiu, causando dor no peito. Eu sentia, de alguma forma, que era ela ali no centro daquela aglomeração. Senti também que algo terrível havia acontecido com ela. Meu coração palpitou ansioso no peito.Embora quisesse me aproximar, não conseguia mover o meu corpo. Minhas pernas pareciam pesar toneladas e não me obedecer.— Tragam a maca — pediu um dos paramédicos, para o outro que estava ao lado da ambulância.Ele apanhou rapidamente a maca nos fundos e levou-a até lá. Meus olhos se fecharam involuntariamente, apertando as pálpebras.— Deus! Por favor, não. Que não seja ela. — Agarrei-me a toda esperança que tinha de que não seria ela a vítima daquela ocorrência.— Saiam da frente! — Alguém gritou novamente.Reunindo de toda coragem e força dentro de mim, vagarosamente e ainda mais cheio de medo, abri os meus olhos. Não era possível ver o rosto de quem os paramédicos estavam levando sobre a maca, mas quando os meus olhos repousaram sobre a manga da jaqueta
Jaden— Jaden.Ergui a cabeça, e lá estava Jason na companhia dos amigos de Olivia.— Tem notícias?Neguei com a cabeça, encarando os homens atrás dele.— Vocês não a ouviram nada? Não ouviram ela gritar? — perguntei com a voz carregada de raiva, tentando não berrar.— Estávamos bêbados e desmaiados — disse um deles, com um olhar molhado e cheio de culpa.— Ela não gritou. Acho que foi pega de surpresa e não a deixaram pedir por ajuda — disse o meu irmão. — Os vizinhos disseram que acordaram pelos latidos insistentes do cachorro. Uma senhora saiu para ver o que estava acontecendo e encontrou Olivia, desacordada.— Quem fez isso com ela? — perguntei desolado.— Não sei. Assalto? — sugeriu Jason.— De jeito nenhum. Estamos ali há três meses, isso nunca aconteceu! — disse Tate. — E se for o tal do Thommy?— Quem? — perguntou um dos outros caras da banda.— Longa história — falou Tate.— Ele não se atreveria — disse certo disso. — Mandei que ele deixasse a cidade.— Grant está solto. Pode
JadenJason o agradeceu e veio atrás de mim, alcançando-me no estacionamento.— Para onde vai?— Para casa.— Eu vou avisar os rapazes da banda sobre o quadro dela.— Okay. — Abri a porta da caminhonete, entrando.— O que vamos fazer com a polícia? Eles não podem descobrir sobre a identidade da Olivia.— Vou cuidar disso mais tarde. Se te procurarem, não diga nada. Afinal, você não estava lá.— Tudo bem. — Chegou mais perto, respirando fundo. — Vai procurar quem fez isso, não vai?Não o respondi, apenas continuei a encarar o volante, e dei partida no motor.— Eu quero estar lá quando achar quem fez isso.— Não acha que já se meteu em muitas merdas esse ano? — Olhei-o, com uma feição dura e feia.— Não tira isso de mim. Desejo tanta vingança quanto você.— Tchau, Jason. — Acelerei o carro, sem dar mais tempo para aquele assunto.É óbvio que irei atrás de quem fez isso e farei com ele pior do que fez com ela, mas não envolverei meu irmão mais novo nessa história.Havia uma parte dos Be
JadenAcordei sobressaltado e muito assustado ao escutar um estridente latido ao meu lado. Sentado na cama, com o coração disparado de susto, olhei para o lado e lá estava o cachorro, latindo para mim. Olhei-o irritado, e ele saiu correndo para fora do quarto.Segui-o e encontrei-o diante da porta da frente. Ao abri-la, ele saiu correndo, desceu a varanda e começou a cheiras o terreno à frente. O cão fez as suas necessidades, e eu fiquei ali, de pé, vestindo apenas uma cueca branca, esperando por ele.Havia dormido bem mais do que quatro horas. O sol já começava a se pôr. Meu estômago roncou de fome, e eu me lembrei que não comia nada desde as seis da tarde do dia anterior.O cachorro voltou para dentro de casa, e eu fechei a porta. Na cozinha, peguei mais alguns pedaços de pão e coloquei na sua tigela de comida, que já estava vazia. No armário, peguei um pote de macarrão instantâneo. Abri a tampa, cobri tudo com água e despejei os temperos, colocando-o por três minutos no microondas.
JadenDepois de algum tempo observando as pessoas entrarem e saírem do lugar estranho e alguns se socarem na calçada, Grant surgiu, deixando o motoclube. Ele estava sozinho, bêbado, e sendo empurrado para fora por uma mulher que gritava palavrões para ele.Grant chutou latas de cerveja pelo chão enquanto resmungava e caminhou até quase o fim da rua, em direção ao seu carro. No entanto, antes de entrar, ele se afastou novamente, deixando a porta do motorista aberta, e andou até o mato que cercava à direita daquele lugar, indo até a esquina.Sorrateiramente, desci da caminhonete sem chamar a atenção e atravessei a rua, indo na direção dele, que estava de costas para mim e de calças arriadas, mijando. Sem dizer nada, abordei-o com um mata leão, assustando-o para caralho.— Achou que podia machucar ela e que ninguém viria atrás de você? — falei baixo e entredentes no seu ouvido.— Quem?— Não se faça de sonso — disse, empurrando-o para frente, jogando-o no chão.Grant se virou rapidamente
JadenEle esboçou um sorriso e então começou a gargalhar.— Devia ter batido com mais força — disse, despertando em mim a fúria mais intensa que já senti.Então havia sido ele que a machucou?Sem pensar, bati com o cabo da pistola em seu nariz, quebrando-o e fazendo surgir, em segundos, e chafariz de sangue.— Ele mandou que fizesse isso? — berrei loucamente, batendo outra vez com o cabo na sua face.— Ninguém expulsa Thommy Villanueva de lugar algum — disse ele, com dificuldade pela tremenda dor que sentia.— Onde ele está? — perguntei, apontando a arma novamente para ele. — Diga logo! Onde ele está?Riu mais uma vez.Ele é louco?Estreitei os olhos, ficando cada segundo mais impaciente.— Lá em cima — disse ele, olhando para trás e para o alto do prédio. — Mas você não vai chegar nem perto. Tem seguranças lá.— Não duvide de mim. — Abaixei a arma. — Amarrem e calem a maldita boca dele. Vamos levá-lo com aquele porco para um lugar bem longe daqui.Afastei-me, depois de devolver a arm
JadenQuando chegamos no rancho, descemos para o pasto leste. Ao descobrir a carroceria, Thommy estava desacordado.— O que quer fazer? — Lloyd perguntou.Olhei para os homens à minha frente, ainda sentindo a raiva borbulhar intensamente dentro de mim. Meus punhos se cerraram, e a mandíbula contraiu. O filho de Thommy ergueu a sua cabeça, encarando-me cheio de ódio. Eu o encarei de volta, estreitando os olhos para ele.— Vou começar por ele. — Peguei-o pelas pernas e puxei-o na minha direção.Desatei a corda em seus tornozelos e, segurando-o pela nuca e a sua roupa, levei-o até mais adiante, parando em frente aos faróis da minha caminhonete, colocando-o de joelhos sobre o mato. Retirei o pano sujo da sua boca e encarei-o um pouco mais.— É bom que me mate. Porque se me deixar ir, vou atrás dela outra vez. E farei coisa bem pior. — Sorriu, diabólico. Ouvir isso, foi como girar uma chave, libertando o pior de mim.Acertei a sua boca com um pontapé, arrancando alguns dentes. Ele caiu pa