JadenEntrei na caminhonete e fui para lá. Ao estacionar, pela estrada, vinha um carro sedan, de luxo. Jame também estava chegando. Jantar em família ou um problema cabeludo? Lá se foi o meu sorriso.— Pai… — disse cumprimentando-o.— Vim checar a ordem do lugar — disse em um tom humorado, abraçando-me em seguida.— Oi, Jaden — disse Jannet, com um falso sorriso no rosto.Dei-lhe um curto aceno com a cabeça.— Governador — chamou Jame, empolgado em vê-lo.Os dois se abraçaram e todos entramos em casa. Logo Jason desceu de banho tomado. Ele era o único que não ficava muito feliz com essas visitas.— Alguém me sirva uma bebida — pediu o nosso pai, sentando-se na sua poltrona favorita.Apressadamente caminhei até o bar junto à parede e servi cinco doses do seu uísque favorito. Entreguei um copo em suas mãos e coloquei a bandeja na mesa de centro, com o restante das doses, apanhando uma.— E então… como estão as coisas por aqui?— Tudo certo — respondi-o, chegando mais perto da lareira ac
JadenDoze anos atrás…— Jaden… eu imploro! Quero você! Quero mais do que isso. Eu te amo! — Bonnie tinha a face banhada em lágrimas e desespero.— Já disse que não quero um namoro! É tão difícil entender? — gritei.— Deixei que você me tocasse da forma que quisesse. Deixei me amarrar, amordaçar, me punir e foder comigo até a exaustão!— Pare! Tínhamos um acordo! Era só sexo! Íamos experimentar isso juntos, mas nada além de prazer e diversão! Eu não te prometi amor!— Você me fez sua! Jurou cuidar de mim. É o meu Dom!— Não disse que seria para sempre.— Eu te amo! — disse novamente, agarrando-se em mim.— Mas eu não amo você! Nunca amei! Nunca senti nada além de tesão! — Desvencilhei-me das suas mãos.Foi como se eu pudesse ouvir o som do seu coração se quebrando. A sua face de decepção e dor era imensa. Senti-me muito mal por ela naquele instante. Mas não havia nada que pudesse fazer, além de dizer a verdade, por mais dolorida que fosse.— Você acabou comigo. — Afastou-se. — Com a m
JadenDurante todo o jantar, tivemos que assistir a um show onde Jannet era a estrela e o meu pai, o seu bajulador. Quando a sobremesa foi servida, dei graças que aquilo estava acabando.— Acho que podíamos sair para beber um pouco — sugeriu Jame.— Eu topo. — Jason concordou depressa.— Não vão me convidar para ir junto? — perguntou Jannet.— Só se for para te jogar dentro de uma vala no caminho para cidade — respondeu Jame, forçando um sorriso para ela em seguida.— Jame! — repreendeu o nosso pai.Jame riu e levantou-se, jogando o guardanapo de pano sobre a mesa.— Você vem, Jaden?— Sim.Coloquei-me de pé, seguindo-o para fora de casa. Jame entrou no seu carro e tomou frente no caminho.— Posso ir com você? — perguntou Jason.— Entra aí.Ele acomodou-se ao meu lado, e eu dirigi logo atrás do sedan para a cidade até um dos bares mais cheios de Helena.— Não tinha escolha pior? — perguntei para Jame, ao descer do carro.— Seja menos chato essa noite, irmão. Apenas encontre uma mulher
JadenSegui na direção para onde vi Olivia ir, mas não a encontrei. Daquele ponto, só havia um lugar para onde ela poderia ter ido. Seguindo por um corredor que levava aos banheiros e à saída de emergência, passei por algumas pessoas naquele espaço estreito. Mantive-me fora das filas e próximo do banheiro feminino. Se ela tivesse ali, teria que sair.Algumas garotas saíram enquanto eu esperava pela sua aparição. Talvez tenha ficado quase dez minutos esperando. Já começava a pensar que ela não estaria ali dentro, até que a porta foi aberta e Olivia saiu, deparando-se comigo. Seus olhos se arregalaram, e os seus lábios se entreabriram. Uma pequena raiva aflorou dentro de mim. Olhar para aqueles lábios e saber que foram tocados por outro homem segundos atrás me fazia sentir coisas estranhas. Fazia me sentir... traído?!— Jaden! — disse uma voz com muita empolgação ao sair do banheiro.Desviei o meu olhar e não acreditei muito em quem estava vendo. Sandra passou por Olivia, a empurrando p
Jaden— Jame vai trazer ele.Apanhei o celular e rapidamente mandei uma mensagem para ele, pedindo que trouxesse o nosso irmão para casa.No bar ao canto, servi-me de uma dose. Precisava só de mais aquela.— Tem feito um bom trabalho, Jaden.— Obrigado, pai.Sentei-me na poltrona à sua direita.— Espero que se mantenha assim. Odiaria ver você nos arruinar por causa de uma pequena distração.— Nos arruinar? — perguntei um tanto confuso e preocupado. — Tenho feito algo para fazê-lo pensar assim?— Eu sou um bom observador, filho. E as pessoas comentam coisas.Tirou os olhos do fogo, olhando-me pela primeira vez desde que pisei na sala.— Seja lá que diabos esteja acontecendo entre você e a mocinha que salvou na feira, é bom que não seja nada além de sexo barato! — disse em um tom firme, encarando-me de modo intimidador.Os meus olhos desviaram-se dele, fixando tímidos no tapete abaixo dos meus pés.— Sabe que estou dando o melhor aqui. Jamais faria qualquer coisa para nos arruinar.— S
JadenEu não havia ido assistir ao nascer do sol. Já passava das oito quando saí de casa; acordei bem tarde. Demorei a pegar no sono na noite anterior, passando horas pensando em Olivia e onde ela estaria. Começava a ficar um tanto preocupado, embora não devesse. A vida dela, quando não servindo a mim, não era do meu interesse. Mas não estava conseguindo ser indiferente quando se tratava dela.Meu pai já tinha voltado para a cidade. Depois de uma caneca de café puro, coloquei o chapéu na cabeça e fui até o estábulo. Jason estava lá, colocando algumas coisas na traseira da caminhonete. Sentia que precisava falar com ele sobre a noite passada. Aproximei-me vagarosamente e apoiei os braços na carroceria.— Jame trouxe você para casa?— É, ele trouxe — respondeu, sem me olhar.— Para onde vai com tudo isso?— Alguém torou a cerca outra vez. Estou indo arrumar.— Outro buraco?— Sim. — O seu tom era firme e demonstrava certa mágoa.Ele fechou a carroceria batendo-a com força e andou até a
JadenPassava das quatro da tarde quando terminei a lista de afazeres na cidade. No celular, não havia nem uma mensagem ou ligação da Olivia. A sua falta de retorno estava começando a me causar irritação. Entrei na caminhonete e dirigi até o estacionamento de trailers. Poderia ter ligado antes, mas deduzi que ela ainda não me atenderia.Ao chegar lá, avistei-a saindo do ônibus da banda. Quando me viu, caminhou para próximo do seu trailer e parou na entrada, esperando por mim.— Não sabe mais como atender o celular? — O meu tom soou mais rude do que eu gostaria.Olivia guardou as mãos nos bolsos de trás da calça e encarou-me com um sorrisinho sínico.— Como é mesmo que se faz isso? — O seu tom era de puro deboche.— Eu te liguei três vezes ontem à noite — disse, parando a um metro de distância. — Por que não me atendeu? — O meu tom soou alterado.— Eu não estava a fim de uma discussão por telefone.— Como pode ter certeza de que queria discutir? Eu sequer lhe disse algo no bar.— Consi
JadenSegurando um dos seus ombros, empurrei-o para baixo, incitando que ela se deitasse sobre a mesa. Com o tronco e a cabeça apoiados, suas mãos agarram as beiras. A respiração continuava ofegante. O arrepio agora se estendia lentamente pelas costas e braços.Apanhando os seus cabelos, retirei-os do pescoço, deixando-o livre para minha boca. Na sua nuca, depositei um beijo sobre a tatuagem de abelha, cujo significado ainda desconhecia. Olivia mordeu o lábio inferior e fechou os olhos.Minhas mãos desceram por suas costas, indo em direção às nádegas. Com leveza, acariciei-as sentindo a textura da sua pele. Era macia como veludo, e fazia-me querer passar a língua por cada centímetro.— Odeio quando é mal-educada e me desafia. Me sinto desrespeitado, e isso me enche de ira ao mesmo tempo que me deixa excitado, louco para enterrar o meu pau na sua boceta!Olivia ofegou um pouco mais, e engoliu em seco. Meus dedos deslizaram por entre os fios da sua nuca, cerrando o punho com uma mecha d