Caminhava pelo campus da faculdade, na parte onde ficam os dormitórios, é estranho eu estar aqui, pois como moro próximo da faculdade não é necessário que eu utilize os dormitórios, eu estou procurando alguém, só não consigo me lembrar quem.
- Marina.Marina. - Ouvi um sussurro. - Marina.
- Quem é? Quem tá ai?Aquela voz era familiar e me causava arrepios.
Entrei em um quarto, ele estava na penumbra, assendi a luz. Nada.Fui andando pelo corredor, uma porta bateu e eu me virei com o susto. Era a porta da frente. Voltei a me concentrar no corredor e fui passando de quarto em quarto. Entrei em um dormitório que estava totalmente iluminado.- Marina.
A voz vinha dali. Mas de onde?
-Marina.
Abri a porta do banheiro e ele estava lá. A teceira cena constrangedora entre nos dois, na última hora. Ele estava só de cueca, agradeci por não estar nu, como eu, ele ficou estatelado sem reação então foi ai que aconteceu. Eu não aguentei, voei até ele e beijei os seus lábios, necessitava dele, da sua pele cor de caramelo e de seu cheiro de sândalo. Seus olhos negros se suavisaram e a tensão da noite toda pareceu ser dicipada. Ele contribuiu o beijo e as carícias, ele tirou de mim o hobbie que eu vestia e jogou no chão. Se livrou de sua cueca e me pegou no colo. Colocou-me dentro da banheira e tomamos banho juntos trocando carícias. Saimos da água e mal nos secamos ele me pegou novamente no colo, dessa vez para a cama.Nossa como esse homem gosta de me pegar no colo! Ele cobriu o meu corpo com o seu, e começou a me beijar, sem jei
Ai Deus! Péssima hora para esse telefone resolver tocar.Decidimos que não iamos atender, seria fácil, se o telefone não tivesse ficado tocando sem parar, nos próximos vinte minutos e desconcentrado a gente de qualquer coisa que quisessemos fazer. Desci para atender a contragosto, com Kaue emburrado atrás de mim. Dava para ver a frustração em seu rosto.Pra quem tinha que casar virgem!- Alô. - Disse com raiva evidente na voz.- Oooô, calma, tá estressada é?- Antony...-Eu estava com saudades...- Tá ligando como?- Do orelhão oras!- Mas... Ah deixa para lá. Como estão as coisas?- Bem. A Iraí me trouxe...- Ah tá, entendi. - Revirei os olhos.- Não revire os olhos para mim.- Que... Como é que...- Quando você fala nesse tom, sei que está revirando os olhos.- Você tem certeza que tem só oito anos, garoto?- Boba. Bom, eu já matei a saudade, a Irai quer falar com você também.
Quando eu desliguei o telefone, Marina estava emburrada. Ela veio com um assunto de eu falar o que a gente"quase"fez, mas por sinal, fomos interrompidos duas vezes. Eu não queria ser grosseiro com ela, precisava esfriar a cabeça. Saí de lá, não queria mais ouví-la, mas precisava ficar próximo, eu não queria deixá-la sozinha. Fiquei horas ali, resolvi voltar para dentro para ver como ela estava, mas ela não estava lá.- Marina?Subi as escadas e olhei nos quartos, olhei por todos os lados, o celular dela estava sobre a mesa da cozinha. O telefone fixo estava exatamente na mesma posição que eu havia deixado.- Marina?A essa altura o desespero já tomava conta de mim. Sai correndo pela rua procurando por ela em todos os lados, ruas e vielas. Já estava ficando maluco, quando ouvi gritos.
Galera esse início vai se passar um tempo, mas quero que ao ler vocês imaginem a cena evoluindo da última cena do capitulo anterior.Como se fosse uma continuação. -------------------------------------------------- ---- Quase quatro anos depois ...- Eu, acordei sonolenta e sorri ao notar que Kaue dormia todo enroscado em mim, o que impedia que eu fizesse qualquer movimento.
Qual não foi o desespero de Kaue ao me ver desmaiar. Ele me disse depois que não sabia se ia para cima do Léo, ou se me socorria, lógico que ele não desampararia sua esposa, acertaria as contas com Léo depois. Me colocou dentro do carro de Marcela e fomos a toda velocidade para o hospital. Fui submetida a vários exames, após ser medicada e sedada, ele me disse que pude receber apenas a sua visita. Sonolenta, ouvi a conversa dele com o médico.- Como ela está? -Melhor, mas ela tem que ficar em repouso, pois ela teve um descolamento de placenta e corre serios riscos de perder o bebê. -Não. -Sussurrei.Passei o resto da semana no hospital.Isso já estava ficando chato. No dia da alta, Kaue insistiu que precisava me levar no colo. Novidade!- Eu estou bem, Kaue, posso andar sozinha. - Não pode não. Lembre-se que o médico disse repouso absoluto.- Para quem falava que médicos n
-Aqui está o cheque.- Obrigado, senhor Valverde. - Acompanhamos homem até a porta. - Em quantos dias terei a casa desocupada? Não que eu tenha pressa, mas...- Quinze dias, no máximo. E só o tempo de arrumarmos tudo para irmos.- Ok . Então. Até mais.-Até. - Marina fechou a porta e olhou para mim.- Vendida. Agora podemos ir.Ela havia melhorado muito com a idéia de ir para a aldeia de novo, seus fantasmas estariam sempre com ela, nós sabíamos, mas suponho que lá será bem mais fácil suportá-los. Nós levaríamos apenas nossos pertences pessoais, por isso junto com a casa vendemos também todos os móveis.- Vamos, precisamos arrumar nossas coisas.-A propósito, por que disse para ele que sairiamos em quinze dias?- É que antes de ir preciso fazer uma última coisa.- O que?- Minha mãe sempre sonhou em me ver casar de noiva, e eu também tinha esse sonho...- E não tem mais?- Tenho. Só queria saber se você a
Quando cheguei a aldeia, eu descobri o motivo de querer tanto chegar até lá, quando cheguei, encontrei Antony deitado desajeitadamente em uma rede. Seu rosto estava vermelho e ele parecia delirar. O pagé estava ao seu lado com uma porção de ervas que colocava em sua testa, suponho que para ajudar a febre a ceder. Me aproximei atônita.- O que há com ele?- Antony tá muito doente. - Tá, mas o que ele tem?- Os sintomas são de febre amarela. - Não, nessa região não se tem procedência para febre amarela.Nós estavamos próximos a região da serra da cantareira, por isso eu soube no instante em que ouvi falar os sintomas o que ele tinha.- Dengue, Antony está com dengue. Eu me aproximei de Antony e toquei sua face quente pela febre. - Vai ficar tudo bem, meu amor.
Juro que achei que estava louca, toda aquela coisa de espíritos me arrepiava. Mas agora que se tratava da minha familia, não era tão dificil acreditar. Era provável que eu estivesse impressionada com o rumo dos acontecimentos e estivesse vendo coisas. Mas de qualquer maneira, eu precisava me resolver. Só não sabia ainda. Ou sabia e não tinha me dado conta. Antony, com o passar dos dias foi melhorando, mas se distanciou de mim. Falava pouco comigo e aquilo me machucava. Ele era a única parte que restava da minha familia. Passaram-se quase duas semanas desde o episódio na gruta. Eu comecei a me sentir mal. Cheguei a pensar que estava grávida, mas logo descartei a idéia.Não poderia estar grávida, faz tão pouco tempo.Mas os mal estares só pioravam e Kaue já estava ficando preocupado. O pagé disse mais de uma vez que se tratava de gravidez, mas eu não tinha como estar grávida.- Precisamos descobrir o que eu tenho. - Eu disse limpando a boca apó