Eu estava sentado na limusine, observando a paisagem passar enquanto o carro deslizava suavemente pelas ruas em direção ao evento de polo. Ao meu lado, meus pais, Sub e Yuna Lee, conversavam sobre os convidados importantes que encontrariam lá. Minha mãe, Yuna, estava radiante, e meu pai, Sub, já revisava mentalmente a lista de contatos que planejava cumprimentar.Quando chegamos, o campo de polo se abriu diante de nós, com tendas elegantes e pessoas vestidas impecavelmente, como se tivessem saído de uma revista de moda. Muitos convidados se aproximaram para cumprimentar a família Lee, e eu mal tinha tempo para respirar antes de ser apresentado a mais alguém. Curvava-me respeitosamente para todos que se aproximavam, demonstrando a educação que meus pais tanto valorizavam.Durante o jogo, enquanto assistia distraidamente, senti o olhar insistente de meu pai e logo percebi o motivo. Um senhor de aparência distinta se aproximava com uma mulher elegante ao lado e uma jovem que, mesmo à dis
O restaurante era um dos mais sofisticados da região, com decoração tradicional coreana que incluía mesas baixas e tatames, criando uma atmosfera elegante e serena. As famílias Lee e Park se acomodaram em uma mesa reservada, e os garçons rapidamente trouxeram uma refeição completa com pratos tradicionais coreanos: galbi, kimchi, bibimbap e tteokbokki, tudo impecavelmente apresentado.Assim que começaram a comer, os pais de Mirae iniciaram a conversa. Jin Park, orgulhoso, mencionou:— Nossa Mirae sempre se destacou na escola. Ela está no topo da turma, não é, querida?Mirae sorriu, encolhendo os ombros modestamente.— Eu me esforço bastante, Sr. Lee, Sra. Lee.Minha mãe, Yuna Lee, respondeu com um sorriso gentil:— Hyun também sempre foi um excelente aluno. Temos muito orgulho de que ele esteja sempre entre os melhores da turma.Os pais de Mirae pareceram impressionados, e sua mãe, Yejin Park, acrescentou animadamente:— Os dois formariam um par maravilhoso de estudiosos, Mirae e Hyun.
Eu não conseguia esconder a empolgação enquanto lia a mensagem de Bella. Ela havia sugerido um cinema perto da casa dela e mencionou o filme que queria assistir. Sem pensar duas vezes, respondi rapidamente, dizendo que passaria para buscá-la. A ansiedade e o entusiasmo começavam a se misturar conforme eu caminhava para o quarto.Escolhi cuidadosamente o que vestir, pegando uma camisa escura e uma calça que eu sabia que valorizavam meu porte. Ao me olhar no espelho, ajeitei o cabelo e ajustei os punhos da camisa. Queria impressioná-la, mas, ao mesmo tempo, desejava que esse encontro fosse leve, sem as pressões que normalmente me cercavam.Pronto para sair, peguei o celular para checar as mensagens uma última vez, mas fui interrompido por uma leve batida na porta.O mordomo entrou, com a postura sempre formal e respeitosa, me entregando um pequeno envelope. — Senhor Hyun, este bilhete chegou há pouco. Pediram que eu o entregasse diretamente ao senhor.Franzi o cenho, pegando o envelope
Saí do carro rapidamente, dando a volta e abrindo a porta para Bella. Ela saiu devagar, me lançando um sorriso tímido, ainda com as bochechas levemente coradas. Fiquei ali por um momento, observando-a. A luz suave do estacionamento iluminava seu rosto, e, por um segundo, quis gravar aquela imagem na minha mente para sempre. Cada vez que eu a olhava, parecia que o mundo ao meu redor se tornava mais leve, mais simples.Caminhamos juntos até o cinema, lado a lado. O ar fresco da noite trazia consigo uma tensão agradável, um nervosismo misturado com a empolgação de estar finalmente ao lado dela, de um jeito que eu sempre quis. Mas, conforme nos aproximávamos da entrada do cinema, meu telefone vibrou no bolso, quebrando a minha tranquilidade.Hesitei, mas acabei puxando o celular. O nome de Mirae brilhava na tela. A primeira mensagem era simples: “Oi, Hyun! Como você está?”. Logo em seguida, vieram outras, todas carregadas com uma familiaridade que eu agora considerava desconfortável.Bell
Eu olhei pela janela enquanto o carro se afastava da casa de Hyun, uma sensação desconfortável apertando meu peito. Mesmo depois de me despedir dele, algo parecia errado. Durante o caminho de volta, uma estranha sensação de estar sendo seguida não me abandonava. Olhei para trás várias vezes, mas não havia nada visível. Talvez fosse apenas minha mente me pregando peças, ou pelo menos era isso que eu esperava.Assim que cheguei em casa, larguei minha bolsa no sofá e peguei o celular. — Deve ser coisa da minha cabeça — murmurei enquanto digitava uma mensagem para Hyun. “Ei, tudo bem? Espero que tenha chegado bem. Me avisa quando puder.” Apertei o botão de enviar e esperei. Nada. A mensagem não foi entregue.Um calafrio subiu pela minha espinha, mordi o lábio e mandei outra mensagem. Depois outra. E mais uma. Cada uma delas ficava ali, esperando, sem resposta, como se o telefone dele estivesse desconectado. A inquietação começou a me consumir, e meu peito se apertava cada vez mais, com
Eu me encolhi no chão, agarrando o celular contra o peito, chorando incontrolavelmente, enquanto a primeira luz da madrugada começava a iluminar a casa. Mas para mim, a escuridão parecia só crescer.Eu ainda estava no chão, abraçada a mim mesma, quando o celular vibrou de novo. O som foi suave, mas cortou o silêncio como uma faca. Minhas mãos trêmulas mal conseguiram agarrar o telefone. Quando finalmente olhei para a tela, meu coração disparou.“Cuidado com essa caixa, a polícia está vindo.”A mensagem anônima me congelou. Meu corpo enrijeceu. Quem sabia sobre a caixa? Por que a polícia estaria vindo? O pânico cresceu ainda mais. As lágrimas agora desciam mais rápido, uma mistura de desespero e confusão. Minhas mãos tremendo rapidamente fecharam a caixa, escondendo de novo o sapato de Hyun, como se isso pudesse apagar o terror que representava.Chorando, eu abracei a caixa com força, meus pensamentos rodando em um turbilhão de dor e medo. “Onde está Hyun? O que fizeram com ele?” Minha
Diante de mim, estava um jovem coreano, incrivelmente bonito. Seus cabelos longos caíam sobre o rosto pálido, e seus olhos escuros brilhavam com uma calma que parecia desafiar todo o caos que eu sentia por dentro. Ele era alto, talvez 1,80m, e sua presença, mesmo tranquila, me deixava inquieta. Por um momento, tudo pareceu uma miragem, algo irreal.— Fui enviado para levá-la em segurança — ele disse com uma voz suave, mas firme. — Meu nome é Jimin.Eu mal conseguia processar o que ele dizia. Apenas assenti, sentindo o peso da exaustão tomar conta do meu corpo. Quando tentei dar um passo em direção ao carro, minhas pernas falharam, e senti meu corpo ceder. Antes que pudesse cair, Jimin me segurou com cuidado, seus braços firmes, porém gentis, me envolveram. Ele me carregou com uma facilidade impressionante, como se eu fosse feita de vidro, tentando ao máximo me deixar confortável.O carro era grande, um SUV preto blindado, imponente na manhã fria. Jimin abriu a porta com delicadeza e m
O quarto estava envolto em uma penumbra suave quando eu abri os olhos. O sol já havia se posto, e a escuridão lá fora parecia acentuar o silêncio opressor da mansão. Pisquei algumas vezes, tentando ajustar minha visão. Meu corpo estava pesado, e minha mente confusa, como se tivesse saído de um sonho nebuloso. Quantas horas tinham passado? O tempo era um borrão. Quando tentei me levantar, senti meu corpo fraco e lento, como se todo o peso do mundo estivesse sobre mim. Foi então que a porta se abriu silenciosamente, e Jimin entrou. Ele carregava uma bandeja com uma tigela de sopa fumegante e um copo com remédio. Seu semblante era calmo, quase sereno, mas havia algo em seus olhos, uma preocupação sutil que eu não conseguia decifrar. — Você acordou — ele disse suavemente, colocando a bandeja ao meu lado. — Trouxe sopa para você. Precisa se alimentar. Eu olhei para ele, sentindo uma mistura de gratidão e desconforto. Jimin estava sendo incrivelmente cuidadoso, como sempre. Ele era t