Faço meu caminho pelas ruas sem destino enquanto a chuva cai sobre mim. Não me lembro de um dia já ter sentido esse aperto no peito. Tudo o que eu sonhei e planejei para mim... Sinto tudo desmoronando sobre minha cabeça, e eu não posso fazer nada para consertar isso. Estou vindo do hospital, depois de descobrir que minha mãe está com câncer, mas não é só isso que está me doendo. Eu já tinha me formado e faltava poucos meses para a faculdade, mas minha família não é rica. Passei dois anos da minha vida trabalhando para uma floricultura para ajudar em casa e juntando dinheiro para a minha faculdade. Mas agora tem o câncer da mamãe...
Tive que ouvir meu pai falando que eu teria que dar meu dinheiro da faculdade para ajudar no tratamento se eu quisesse que minha mãe conseguisse passar por isso. Nossa renda financeira não é tão grande assim, já que o papai é pastor e minha mãe, somente uma dona de casa. Sugeri que ele usasse o dinheiro da igreja, que eles entenderiam isso já que ela está com câncer, mas a única coisa que recebi foi um tapa na cara, por quê na cabeça dele eu estava sendo egoísta e afrontando com a igreja.
Eu não consigo entender...
As lágrimas deslizam pelo meu rosto se misturando com a água da chuva. Abraço meu corpo sentindo-o frágil, como se a qualquer momento ele fosse desmanchar.
Eu tenho que pensar pelo lado bom. Mamãe vai conseguir passar por isso, e depois eu começo a minha faculdade.
A faculdade só vai ter que esperar mais um pouquinho...
Meus pensamentos estavam fazendo uma conta mentalmente sobre o meu salário aqui na floricultura. Eu não ganhava muito, mas já era o suficiente para ajudar com as contas de casa e ainda sobrava um pouco para eu guardar para a minha faculdade. Dinheiro esse que agora seria direcionado para o tratamento da minha mãe, que definitivamente é muito mais importante do que qualquer outra coisa para mim. Eu cheguei a pensar em pedir uma porcentagem a mais em meu salário para Cristina, para que ela falasse com a sua mãe que é proprietária desse belo estabelecimento. Mas meu p
Estava nesse momento dentro de um avião, sentindo o famoso frio na barriga pois pela primeira vez na minha vida estava literalmente voando. E o olhar de Benjamin sobre mim revelava que eu deveria estar parecendo uma criança, mas eu não me importava. É verdade que eu estava com medo, assim como todos tem medo do desconhecido. É uma experiência nova para mim, e por mais que seja com um único intuito que é pagar o tratamento da minha mãe, eu estava me sentindo verdadeiramente animada. Com algo brilhando no fundo do meu coração, como se isso representasse
Eu não sei o que deu na minha cabeça para aceitar aquela proposta, mas Cristina parecia tão desesperada para dividir o mesmo quarto com Tadeu, que eu imaginei que ela mesma teria os seus propósitos. É claro que em meus pensamentos eu poderia imaginar o que ela queria e eles poderiam fazer por estarem sozinhos em um quarto, mas não queria ficar pensando sobre isso, e então logo aceitei a sua proposta, mesmo que eu meu peito eu estivesse receosa e com o medo de dormir ao lado de um homem que eu mal conheço. Mas tentei pensar positivo, e isso funcionou por ora. Logo ap&oacut
A realidade chegou em mim como um soco no estômago assim que eu abri meus olhos e me vi aninhada nos braços de Benjamin com tão pouca roupa que parecia algo puramente indecente. Benjamin tentou me proteger do frio e até mesmo cuidou de mim, e eu serei eternamente grata por isso, pois eu estava me sentindo tão desesperada quando perdi minhas forças no meio da tem
Sinto meu corpo ser acordado por vozes vindo lá debaixo, o que faz com que meu corpo acorde. Olho ao redor ainda grogue pelo sono, percebendo que estou completamente sozinha. Já escureceu, e são cerca de seis da noite de acordo com o relógio digital no armário logo na frente da cama. Me levanto da cama disposta a molhar a minha garganta, já que a mesma se encontra seca, e eu desço as escadas com o colar da minha mãe entre os meus dedos, lembrando dos acontecimentos de mais cedo. As vozes familiares aumentam e eu logo vejo Cristina, Tadeu e Benjami
O dia seguinte passou rapidamente. Todos, exceto eu, resolveram dar uma volta pela floresta e até mesmo passar pelo centro de vendas mais próximo. Eu acho que estava um pouco apreensiva pelos acontecimentos anteriores, e todos entenderam perfeitamente. Aproveitei o meu dia para ler um livro na enorme e empoeirada biblioteca de Benjamin, comendo alguns salgadinhos e até mesmo aproveitei para falar com a minha mãe.Apesar dessa sensação de paz, eu sentia no fundo do meu peito uma grande apreensão sobre o fato de eu não estar faz
Confesso que levei mais tempo para subir as escadas do que o normal. Eu estava nervosa por ter que encarar Benjamin depois do que aconteceu há alguns minutos, mas eu precisava tirar essa dúvida do meu peito, e me aliviaria bastante se ele dissesse que não foi ele, e que deve ter sido apenas ilusão da minha cabeça. Eu ficaria mais tranquila em pensar que minha mente projetou algo assim a saber que eu correspondi a um beijo.Assim que entro no quarto, mesmo que me sentindo rec
Os próximos dias podem ser basicamente resumidos em trilha, fogueira, compras, conversas, e principalmente muita diversão. Passaram cinco dias desde que tínhamos chegado ali, e só faltavam apenas três dias para o meu aniversário, que segundo Cristina, iríamos passar na Europa. Claro que aquilo me deixou feliz, mas com uma pulga atrás da orelha pelo fato de não termos feito absolutamente nada no Alasca associado ao trabalho, a não ser da Cristina e Benjamin terem saído a um dia atrás para resolver algumas coisas na