Em quatro dias o avião de Benjamin estaria à nossa disposição, e eu já tinha começado a separar algumas roupas que eu iria levar, já que a minha mala é pequena e eu ainda tenho minhas roupas preferidas entre as antigas. Todo o salão de festas estava fechado, e eu não fazia ideia do quanto ela era grande até passar por perto e ver tantas pessoas trabalhando juntas para decorar o lugar. Benjamin também parecia ocupado, faltando aos nossos cafés e almoços para poder resolver assunt
O vento acariciava minha pele enquanto eu fumava do lado de fora do hotel. Estava extremamente confuso, e pensei que ficar sozinho para pensar era uma boa opção, mas pelo visto, me enganei. Queria estar com Mel, não importa o que tivéssemos fazendo, só queria estar na sua companhia e sentir seu cheiro, sua pele macia, sua risada contagiante e aqueles olhos que carregavam muito brilho. Algo estava errado comigo, e eu iria descobrir de um jeito ou de outro do que se tratava. Eu não queria que ela saíss
"Burra!"É tudo o que o meu subconsciente grita, por ter acreditado em tudo isso. Eu tive a chance de descobrir, mas eu a ignorei porque mais uma vez, se aproveitaram da minha inocência. Deus, eu estava cansada disso. Todos me usaram, e a prova disso estava nas minhas mãos. Todos os momentos que tivemos, que eu pensei serem verdadeiros, não passaram da merda de um contrato. Não passou de um fingimento para conseguir levar a virgem para a cama. Eu estava transtornada, pois eu sentia que o meu coração estava sendo destruído aos poucos enquan
Eu acho que fui capaz de ouvir, mas não fazia ideia se era o meu, ou o coração dela que estava se partindo no momento em que nossos olhos se encontraram. Quando ela passou por mim eu senti algo dentro de mim desmoronar, a mesma parte que a mesma havia ressuscitado após a morte dos meus pais. Quando a porta do elevador fechou com ela dentro, eu me senti desesperado, pois tinha certeza de que eu a tinha perdido.Um silêncio doloroso e co
--Capítulo 32--— Belinda! Onde ela está? Transferiram ela de quarto? — Pergunto exasperadamente, sentindo as minhas emoções à flor da pele.A expressão dela não está nada legal, na verdade me parece pesarosa, mas ainda assim, força um sorriso na minha direção.— Mel, minha querida. O médico está com ela nesse instante, você terá que aguardar.Franzo o meu cenho, achando toda essa situação patética. Como eles podem pedir para que eu espere, sendo que me ligaram e avisaram que ela estava à beira da morte? Isso é tão ridículo e desesperador!— Esperar? Eu não posso esperar, me diga onde ela está, por favor. &
--Benjamin--Sinto o líquido amargo do whisky deslizar pela minha garganta já na quinta ou quarta vez que eu viro um copo. Fecho os meus olhos, me sentindo um pouco surpreso pois pela primeira vez na vida, o álcool deslizou com bastante dificuldade e ardendo, quase como se eu estivesse experimentando aquilo pela primeira vez na minha vida. Um sorriso se desenha em meus lábios assim que eu percebo o quão patético e cômica essa situação me parece. Quer dizer, eu deveria estar aliviado por ela não ter insistido e ficado em meu pé, como várias já fizeram, mas aqui estou, me sentindo um lixo por não ter conseguido dizer que independente dela me querer perto ou não, eu não a deixaria sozinha. Ao menos era isso que eu senti vontade de dizer, e talvez se ela estivesse olhando em meus olhos, já entenderia as mi
~Epilogo~Logo sinto uma gota pingar na minha bochecha, mas não é uma lágrima, e sim a chuva que está por vir. Ao menos foi o que o homem da previsão do tempo deu a entender. O vento acariciava a minha pele, me causando arrepios, e é bem na hora que o barulho de trovão ressoa no céu, junto com várias gotas da chuva que ameaçam uma forte tempestade, fazendo com que todas as pessoas comecem a se distanciar de mim, indo para fora do cemitério, para dentro dos seus carros, de suas casas. Algumas acenam na minha direção, para me lembrar que estavam ali, presentes em um dia que deveria ser muito difícil para mim, outras me abraçam, me desejando boa sorte e dizendo que Deus irá me abençoar. Pessoas que acho que nunca vi na vida, outras que cheguei a ver de relance na igreja, mas eu sabia bem quem as tinha ch
Faço meu caminho pelas ruas sem destino enquanto a chuva cai sobre mim. Não me lembro de um dia já ter sentido esse aperto no peito. Tudo o que eu sonhei e planejei para mim... Sinto tudo desmoronando sobre minha cabeça, e eu não posso fazer nada para consertar isso. Estou vindo do hospital, depois de descobrir que minha mãe está com câncer, mas não é só isso que está me doendo. Eu já tinha me formado e faltava poucos meses para a faculdade, mas minha família não é rica. Passei dois anos da minha vida trabalhando para uma floricultura para ajudar em casa e juntando dinheiro para a minha faculdade. Mas agora tem o câncer da mamãe...Tive que ouvir meu pai falando que eu teria que dar meu dinheiro da faculdade para ajudar no tratamento se eu quisesse que minha mãe conseguisse pas
Meus pensamentos estavam fazendo uma conta mentalmente sobre o meu salário aqui na floricultura. Eu não ganhava muito, mas já era o suficiente para ajudar com as contas de casa e ainda sobrava um pouco para eu guardar para a minha faculdade. Dinheiro esse que agora seria direcionado para o tratamento da minha mãe, que definitivamente é muito mais importante do que qualquer outra coisa para mim. Eu cheguei a pensar em pedir uma porcentagem a mais em meu salário para Cristina, para que ela falasse com a sua mãe que é proprietária desse belo estabelecimento. Mas meu p