O baile continuou animado e divertido. A tensão causada pela aparição de Larissa e suas amigas logo se dissipou, e nós voltamos a nos divertir na pista de dança. Era meu aniversário, afinal, eu estava determinada a aproveitar cada momento. Gui desceu do camarote e dançamos como se o mundo ao nosso redor não existisse. Seu toque, sua presença, tudo nele me envolvia de uma maneira tão única que me fazia esquecer de todos os problemas. A música alta, as luzes coloridas e o ritmo contagiante preenchiam nosso espaço e nossas almas. Carol e Jarbas surgiram e Manu e eu nos juntamos a eles. — Pensei que não viessem. – Digo lhes dando um abraço. — Não vamos num baile a anos, mas como esse é especial estamos aqui. Parabéns de novo minha linda. – Jarbas me abraçou. Fiz um sinal para Manu que logo se retirou e voltou com Jhenny ao seu lado. — Mãe, pai, quero que conheça a Jhenny, minha namorada. – Manu gaguejou a última parte, Jarbas e Carol olharam para as duas e seus rostos não expressa
No dia seguinte estava exausta, mas acordei no horário e me aprontei para o trabalho, ao chegar às meninas perguntaram como foi a festa e eu disse que haviam realizado um baile em minha homenagem, as meninas ficaram incrédulas por isso. — Você conhece o dono do morro? – Gabi perguntou curiosa. — Nos tornamos amigos, por isso o baile. — Seu namorado não se importa com isso? As mulheres sempre tem quedas por bandidos, ele não acha que você pode ser uma dessas que ficam deslumbradas com a riqueza desses caras? – Eram muitas perguntas. — A Stephanny nunca se deslumbraria por dinheiro roubado de bandido, ela tem pedigree. – Olhei para Marluce sem entender. — Pedigree? Não sabia que havia me tornado uma cadela. – Gabi e eu rimos da confusão de Marluce. A única coisa boa é que elas não fizeram mais perguntas sobre o morro, como pode ninguém saber que o Guilhermo é o famoso Gui, dono do morro, continuamos conversando e Fabi chegou. — Já que as três estão animadas para bater papo
Guilhermo Montenegro (Gui)As palavras de Phanny me deixaram em estado de alerta, ela respirou fundo e começou a explicar a situação, detalhando o envolvimento de Julia e L.L.C, a existência de um filho, quando a minha irmã teve um filho? Eu me senti paralisado, incapaz de expressar minhas emoções imediatas. Stephanny continuou a falar, oferecendo detalhes que eram difíceis de processar. E então, quando ela terminou, tudo o que eu podia fazer era ficar ali, olhando para ela sem esboçar reação. — Guilhermo, você está ouvindo? – Ela perguntou, sua voz carregada de preocupação.— Isso é... isso é sério? Não pode ser verdade. Minha irmã... envolvida com o L.L.C? – Finalmente encontrei a minha voz. — Gui, por favor, entenda os dois, o amor é algo que não...— CALE A BOCA UM INSTANTE! – Acabo gritando com ela. *157, vai atrás do L.L.C e trás ele aqui pra minha casa.* – Quando desliguei meu radinho Phanny havia sumido. Não demorou muito e 157 trás L.L.C, estava com a minha arma em punho
Quando cheguei em casa minha irmã estava sentada no sofá, passei para subir para o quarto, mas ela me chamou. — Gui, maninho, senta aqui um pouquinho. – Ela pede e acabo fazendo. — Gostaria de te agradecer e me desculpar por toda a confusão que causei, eu não sabia o que fazer? Ou como agir? E por isso tomei essa decisão. — Ju, você voltou a algum tempo e só pensou em me contar agora? Não estou com raiva de você e sim decepcionado, mas vai passar. — Maninho, eu sei disso, mas mudando de assunto um pouquinho. Por que você está com essa cara de cu? – Escorreguei um pouco mais no sofá e contei a minha irmã a forma que eu tinha tratado Stephanny e ela me deu um "se liga".— Por que bateu na minha cabeça doida?— Você mereceu! Gui, a minha cunhada não igual essas vadias que agem como cachorrinha atrás de você, ela é uma pessoa incrível e o seu dever é respeitá-la, senão ela irá correr de você e não vai adiantar e nem sobre ameaça ela vai voltar, não seja um grande filho da puta. – Enca
No dia seguinte as meninas e eu estávamos em um grande impasse, pois a louca da Júlia cismou que tínhamos que ir com biquínis da mesma cor e a cor verde não me favorece muito, estávamos falando ao mesmo tempo parecendo uma assembleia e Carol chegou para por ordem.— Que gritaria é essa? Meninas são oito da manhã e vocês cacarejando, aqui não é a casa da mãe Joana, resolvam os B.Os de vocês sem gritaria, por que se eu voltar aqui novamente não vai ser nada bom pras cinco. – Ela bateu a porta do quarto e ficamos em silêncio por um momento. — Gente, eu quero que a gente vá na pegada de melhores amigas, então por que caralho você não pode vestir um biquíni verde? – Julia perguntou e para acabar com a confusão eu pus um biquíni verde e ela fez careta. — Realmente não te favorece essa cor, ficou tão sem graça, coloca outro aí pra gente ver. Peguei meu biquíni roxo com pedraria seu que ele é da coleção passada, mas aqui ninguém vai reparar nisso, assim que as meninas se viraram seus rostos
Julia nos chamou para dançarmos na rua, e rapidamente se formou uma roda à nossa volta. Os caras nos incentivaram a dançar, e estávamos adorando. Luana e eu ensinamos as meninas alguns passos básicos de ballet, e a melhor sensação que existe é deixar o corpo se mexer livremente ao ritmo da música. Fechei meus olhos e deixei que a música me guiasse, e quando terminei, todos começaram a aplaudir, e sorri em agradecimento.Marlon se aproximou e me cumprimentou com um abraço e um beijo no rosto.— Acabei de chegar da academia, desistiu de treinar depois que o babaca ficou te cercando? – Ele perguntou, e neguei.— Na verdade, minha vida está corrida, mas vou tentar conciliar meu tempo para poder ir à academia regularmente.— Soube que você ganhou um espaço para fazer um projeto, né? Se quiser, posso ensinar boxe para as crianças. – Ele disse, e eu logo me animei, e começamos a conversar. Ju se aproximou, me entregou outra long neck e se retirou.Continuamos a nossa conversa até que sinto a
Luana CastelloQuando me lembro do primeiro dia em que conheci Steph, não posso evitar rir. Nós éramos apenas duas crianças, com três anos de idade, que mal conseguia andar direito, muito menos entender os complexos movimentos do balé. Foi nesse momento que nossa amizade começou, em meio a um desastre de balé que acabou se tornando uma lembrança engraçada que carregamos conosco ao longo dos anos.Estávamos ambas na nossa primeira aula de balé, ansiosas para aprender as famosas posições e passos. Mas, como toda criança, tínhamos a ânsia de nos destacar. Naquele dia, nossa professora pediu que fizéssemos uma competição para ver quem poderia fazer o melhor movimento de arabesque. O desafio foi lançado, e Steph e eu nos enfrentamos com determinação infantil. Eu me lembro de suas pequenas perninhas tentando alcançar uma altura que estava fora do alcance de qualquer criança de três anos.A tentativa dela de fazer um arabesque perfeito resultou em uma queda desajeitada, mas sua expressão de
Stephanny Giacomelli Duarte Finalmente, o grande dia havia chegado. A inauguração da nossa ONG estava prestes a acontecer, e eu mal conseguia conter minha felicidade. Tinha passado muitas noites em claro, me dedicando a transformar esse sonho em realidade, e ver tudo se concretizando era uma sensação indescritível. As meninas haviam sido incríveis, ajudando a cadastrar tantas crianças necessitadas no projeto. Cada formulário preenchido era uma pequena vitória, a princípio alguns pais ficaram relutantes, mas Gui fez o papel de conversar com eles, pedi a ele que não fosse rude, mas Gui me disse que só trocaria uma ideia com eles e isso funcionou. Um dia antes da inauguração, enquanto fazia os últimos ajustes e verificava os detalhes, encontrei Dona Jussara. Ela havia sido uma benção, ela nos ajudou financeiramente e também sempre que podia ia até a ONG nos dá uma mãozinha com a decoração, ela até chamou uma de suas amigas decoradora para deixar o espaço mais bonito. — Stephanny, que