No dia seguinte as meninas e eu estávamos em um grande impasse, pois a louca da Júlia cismou que tínhamos que ir com biquínis da mesma cor e a cor verde não me favorece muito, estávamos falando ao mesmo tempo parecendo uma assembleia e Carol chegou para por ordem.— Que gritaria é essa? Meninas são oito da manhã e vocês cacarejando, aqui não é a casa da mãe Joana, resolvam os B.Os de vocês sem gritaria, por que se eu voltar aqui novamente não vai ser nada bom pras cinco. – Ela bateu a porta do quarto e ficamos em silêncio por um momento. — Gente, eu quero que a gente vá na pegada de melhores amigas, então por que caralho você não pode vestir um biquíni verde? – Julia perguntou e para acabar com a confusão eu pus um biquíni verde e ela fez careta. — Realmente não te favorece essa cor, ficou tão sem graça, coloca outro aí pra gente ver. Peguei meu biquíni roxo com pedraria seu que ele é da coleção passada, mas aqui ninguém vai reparar nisso, assim que as meninas se viraram seus rostos
Julia nos chamou para dançarmos na rua, e rapidamente se formou uma roda à nossa volta. Os caras nos incentivaram a dançar, e estávamos adorando. Luana e eu ensinamos as meninas alguns passos básicos de ballet, e a melhor sensação que existe é deixar o corpo se mexer livremente ao ritmo da música. Fechei meus olhos e deixei que a música me guiasse, e quando terminei, todos começaram a aplaudir, e sorri em agradecimento.Marlon se aproximou e me cumprimentou com um abraço e um beijo no rosto.— Acabei de chegar da academia, desistiu de treinar depois que o babaca ficou te cercando? – Ele perguntou, e neguei.— Na verdade, minha vida está corrida, mas vou tentar conciliar meu tempo para poder ir à academia regularmente.— Soube que você ganhou um espaço para fazer um projeto, né? Se quiser, posso ensinar boxe para as crianças. – Ele disse, e eu logo me animei, e começamos a conversar. Ju se aproximou, me entregou outra long neck e se retirou.Continuamos a nossa conversa até que sinto a
Luana CastelloQuando me lembro do primeiro dia em que conheci Steph, não posso evitar rir. Nós éramos apenas duas crianças, com três anos de idade, que mal conseguia andar direito, muito menos entender os complexos movimentos do balé. Foi nesse momento que nossa amizade começou, em meio a um desastre de balé que acabou se tornando uma lembrança engraçada que carregamos conosco ao longo dos anos.Estávamos ambas na nossa primeira aula de balé, ansiosas para aprender as famosas posições e passos. Mas, como toda criança, tínhamos a ânsia de nos destacar. Naquele dia, nossa professora pediu que fizéssemos uma competição para ver quem poderia fazer o melhor movimento de arabesque. O desafio foi lançado, e Steph e eu nos enfrentamos com determinação infantil. Eu me lembro de suas pequenas perninhas tentando alcançar uma altura que estava fora do alcance de qualquer criança de três anos.A tentativa dela de fazer um arabesque perfeito resultou em uma queda desajeitada, mas sua expressão de
Stephanny Giacomelli Duarte Finalmente, o grande dia havia chegado. A inauguração da nossa ONG estava prestes a acontecer, e eu mal conseguia conter minha felicidade. Tinha passado muitas noites em claro, me dedicando a transformar esse sonho em realidade, e ver tudo se concretizando era uma sensação indescritível. As meninas haviam sido incríveis, ajudando a cadastrar tantas crianças necessitadas no projeto. Cada formulário preenchido era uma pequena vitória, a princípio alguns pais ficaram relutantes, mas Gui fez o papel de conversar com eles, pedi a ele que não fosse rude, mas Gui me disse que só trocaria uma ideia com eles e isso funcionou. Um dia antes da inauguração, enquanto fazia os últimos ajustes e verificava os detalhes, encontrei Dona Jussara. Ela havia sido uma benção, ela nos ajudou financeiramente e também sempre que podia ia até a ONG nos dá uma mãozinha com a decoração, ela até chamou uma de suas amigas decoradora para deixar o espaço mais bonito. — Stephanny, que
Quando saímos da tenda de pintura, Gui estava emburrado com a pintura que Lola havia feito em seu rosto. Parecia uma criança birrenta, e isso me fez rir.— O que tem de engraçado? – Ele perguntou com uma carinha emburrada.— Por que está com essa cara, amor? – Perguntei, mesmo sabendo qual seria a sua resposta.— Que Porra! Não pude fazer o Jhonny Brabo com fuzil, você não me deixou pintar uma K-47. Então fiz essa porcaria de bola, pelo menos ela está pegando fogo. – Eu ri da frustração dele.— Você é um empresário e dono de morro fantástico, mas agora está parecendo uma criança emburrada.— Está alegre só porque pode fazer a sua borboleta. – Gui reclamou, e sua expressão emburrada não desaparecia. Isso é o que acontece quando se está acostumado a conseguir tudo o que se quer. Quando é contrariado, Gui vira um monstrinho. Meu Zeus que nossos filhos nunca puxem o gênio de Gui, rapidamente balancei a cabeça para espantar esse pensamento era cedo demais para pensar em crianças. Ele cont
Arthur DuarteA história da minha vida é um emaranhado de emoções negativas, inveja e vingança. Sempre odiei o meu irmão, Benjamin. Desde criança, ele tinha o talento de conseguir tudo o que queria, enquanto eu ficava à sombra dele, sentindo o peso da sua sombra em cima de mim.Crescemos em uma família que parecia sempre favorecer o caçula. Ele era o filho dourado, o prodígio, e isso me corroía por dentro. Mesmo sendo o mais velho, eu nunca consegui superar o fato de que ele era o favorito de todos.Mas a verdadeira dor, o ponto que mais me atormentava, era o fato de que, desde jovens, eu amava Cristine. Ela era a mulher dos meus sonhos, a única pessoa que conseguia me acalmar e fazer o meu coração bater com uma intensidade que eu nunca experimentara antes. Infelizmente, ela amava o meu irmão.Cristine e Benjamin se casaram, e eu assisti ao homem que eu mais invejava na vida ser o escolhido dela. A única coisa boa que veio daquele casamento foi a existência da Stephanny. Mas, para mim
Stephanny Giacomelli DuarteEnquanto eu ia para o trabalho, aquela sensação incômoda de estar sendo seguida voltou a pulsar em mim. Olhei para os lados, buscando algo fora do comum, mas não encontrei nada. Talvez as palavras de Jarbas tivessem se internalizado em mim de tal forma que agora eu estava sempre alerta. Mesmo assim, continuei a minha jornada até a loja, tentando ignorar o medo que começava a se insinuar.Ao chegar na loja, fui calorosamente cumprimentada pelas meninas. Estávamos ocupadas com o trabalho, e isso me ajudou a distrair um pouco dos pensamentos sombrios que me assombravam. No entanto, aquela sensação de ser observada persistia, como uma sombra espreitando no fundo da minha mente.Próximo ao final do expediente, Fabi anunciou o "funcionário do mês". Para minha surpresa, meu nome foi chamado mais uma vez. Não conseguia entender por que eu estava ganhando repetidamente esse "prêmio", que na verdade consistia apenas em um saquinho de doces e aplausos. Apenas Maria es
Guilhermo estava inquieto, andando de um lado para o outro na sala, com uma expressão ansiosa. As meninas e eu tentávamos acalmá-lo, mas ele estava visivelmente nervoso. Era óbvio que estava preocupado com Julia e Lucas Guilherme, seu sobrinho, que estavam a caminho.— Gui, relaxa. Eles devem estar a caminho. Não adianta ficar assim. – Tentei acalmá-lo, mas ele parecia à beira de um ataque de nervos.As meninas assentiram em concordância. Ele se sentou por um momento, mas logo estava de pé novamente, indo até a janela e olhando para fora.— E se acontecer alguma coisa pelo caminho? E se tiverem problemas com o trânsito? E se...Antes que ele pudesse continuar sua lista de preocupações, ouvimos um barulho de buzina vindo da rua. Todos nós olhamos em direção à janela, e vi um sorriso iluminar o rosto de Guilhermo.— Eles estão chegando! – Exclamei, empolgada.Gui se apressou para abrir a porta, e lá estavam Julia e L.L.C, com o pequeno Lucas Guilherme no colo — maninho, conheça o seu s